30/08/2016

Modelo da Semana: Selma de Oliveira



A Modelo da Semana é a baiana Selma de Oliveira, de quem já falamos no post A Semana nº 10, no domingo. A foto postada hoje, assim como a de anteontem, foi feita em Jequié, Bahia, em 12 de setembro de 2015, logo após a gravação do primeiro take do meu curta Você é África, Você é Linda, e pouco antes da gravação do segundo take, que é a base do filme. A rigor, o único trecho do primeiro take que restou na versão final é justamente a fala de Selma que inspirou o título da obra, no qual ela diz que os cachos do cabelo remetem a História, "à África em nós". 

Selma nasceu e mora em Jequié. Conheci-a em Taquaruçu, distrito de Palmas, em julho do ano passado, durante a realização do Mutum - 1ª Mostra de Música Instrumental e Cultura Popular do Tocantins (leia aqui minha resenha do evento para o Som do Norte). Havia um espaço de serviços próximo ao palco dos shows, onde Selma ficou elaborando turbantes para as moças interessadas em, como ela dizia, 'africanizar'. Quando ela me contou ser ligada a movimentos sociais, propus realizarmos uma sessão dos meus curtas-metragens da série As Tias do Marabaixo em Jequié. Seguimos conversando nas semanas seguintes, nascendo daí a ideia de estrear naquela cidade a minha Oficina de Cinema Independente

A foto foi feita com a Nikon S3500, e recebeu um filtro Portrait ao ser editada no Fotor. Foi publicada na página FabioGomes FotoCinema do Facebook nove dias após as filmagens. Clique aqui para ver o álbum completo no Facebook. 




29/08/2016

Belezas Culturais: Monumento à Literatura



É famosa no mundo inteiro a escultura de Léo Santana em homenagem ao poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade existente desde 2002 na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro - tanto pela homenagem em si, quanto (infelizmente!) pelas constantes notícias de vandalismo que a obra sofre, em geral com alguém levando embora os óculos do poeta.

Menos famosa é outra obra de arte pública que também retrata Drummond - no caso, é uma escultura feita em parceria por Xico Stockinger Eloísa Tregnago. Instalada desde 26 de outubro de 2001 na Praça da Alfândega, em Porto Alegre, apresenta Drummond indo visitar seu colega gaúcho Mario Quintana, sentado num banco da praça. Menos famosa, mas nem assim imune a vandalismos, como comentei no site Jornalismo Cultural em 2007 (republicado no blog de mesmo nome em 2013). À falta de óculos, o conjunto escultórico teve furtado o livro que Drummond leva a Quintana. 

Stockinger foi um artista austríaco nascido em Traun que passou praticamente a vida toda no Brasil, onde chegou com a família aos 4 anos, em 1923 (naturalizou-se brasileiro em 1958). Depois de estudar artes e viver entre Rio de Janeiro e São Paulo, Stockinger foi morar em Porto Alegre em 1954, contratado como chargista pelo jornal A Hora, onde atuou por dois anos. Após se desligar do veículo, seguiu na capital gaúcha, dedicando-se à xilogravura e desenvolvendo uma carreira de escultor que o colocou entre os maiores nomes dessa expressão artística no Brasil na segunda metade do século 20. Tive o privilégio de estar presente na festa que comemorou seus 85 anos, em 2004; ele faleceu em 2009, a poucos meses de seu 90º aniversário. 

Natural de Bento Gonçalves, RS, onde nasceu em 1958, Eloísa Tregnago mora em Porto Alegre desde 1985, tendo estudado com Stockinger e Vasco Prado, dois dos mais destacados artistas do Rio Grande do Sul. Tem participado de diversas exposições coletivas tanto no Brasil (Porto Alegre e Belo Horizonte) quanto no exterior (Áustria). Em 2014, realizou no Studio Clio (Porto Alegre) a exposição individual Rostos Revelados

Uma característica que muito me agrada nesta obra é o fato de ela apresentar de uma só vez dois grandes nomes da literatura, a imensa maioria das esculturas públicas similares é de artistas sozinhos, aguardando a companhia de admiradores que com eles queiram tirar selfies (são assim todas as outras que conheço - a de Elis Regina também em Porto Alegre, a de Ruy Barata em Belém, a de Vinicius de Moraes em Salvador, a de Drummond e a de Dorival Caymmi no Rio de Janeiro, a de Antônio Maria no Recife, as de Aurélio Buarque de Holanda e de Graciliano Ramos em Maceió, acho que não esqueci nenhuma). Com dois poetas, só mesmo o Monumento à Literatura em Porto Alegre! 

As fotos que vemos aqui foram feitas com um celular, na minha penúltima estada na capital gaúcha, em janeiro de 2013. A foto que abre o post é do dia 15, a que o encerra é do dia 16. 



28/08/2016

A Semana nº 10

  • Na sexta, 26, Selma de Oliveira escolheu uma foto de minha autoria para ilustrar a postagem que fez no Facebook de um texto de Carol Shanti. A foto foi feita em Jequié, Bahia, em setembro de 2015, durante o ensaio resultante da filmagem do meu curta Você é África, Você é Linda, do qual ela é uma das atrizes. Eis o texto de Carol: 
Eu Mulher de Mim, me desfaço de tantas certezas e padrões...
Quem eu era ontem? Não Lembro
Quem Sou eu amanhã? Não Imagino
Quem Sou Eu Hoje? Um menina, Uma mulher que busca, vivencia, erra, sorri, chora mas levanta-se incontáveis vezes para seguir o caminho que meu coração acredita.
Vivo para amar, sentir e ser
Vivo para me encontrar, me perder, mas acima de tudo para SER
Ser como sou
Ser Essência
Ser Luz
Ser Mulher.




Eu por Bruno Pellerin



Bruno Pellerin é um fotógrafo francês, natural de Limoges e radicado em Belém, Pará, Amazônia, Brasil. Conheci seu trabalho quando ainda morava em Porto Alegre, em maio de 2010, quando ele fotografou o show de estreia da cantora Nanna Reis, Brasilidade (posteriormente, vim a produzir o trabalho de Nanna e dirigir novas edições do show). Chamou-me a atenção já nesse primeiro momento o belo uso que Pellerin faz da técnica do preto-e-branco, um pouco em desuso após o fim do predomínio da foto analógica. 

Morando em Belém entre 2010 e 2014, tive o privilégio de ser fotografado por Pellerin em algumas ocasiões. Considero muito especial esta imagem que posto hoje aqui, devido a ter sido feita em pleno Bar do Parque, em 8 de novembro de 2013, durante a realização de um dos Batuques da Praça da República.

Localizado ao lado da Praça, o Bar do Parque é um local profundamente ligado à história cultural de Belém, tendo sido frequentado por artistas e intelectuais do porte de Ruy Barata. Além disso, Pellerin relata em seu álbum "Bar do Parque" no Facebook que o lugar lhe lembra muito os cafés parisienses, desde a arquitetura até a roupa usada pelos garçons. O álbum reúne fotos feitas entre maio de 2013 e maio deste ano. 


27/08/2016

Coisas do Mundo: Monumento a Maria Taquara



No meio da tarde de ontem, ao subir a Rua Clóvis Huguenei, aqui em Cuiabá, esta escultura chamou-me a atenção, a ponto de atravessar a rua para vê-la melhor. Uma placa, como as que indicam ruas, tombada no chão, revelava se tratar de um Monumento a Maria Taquara. Fiz a foto com a Nikon S3500, e ao editar no Fotor apliquei um filtro Sunset e um efeito Retro/Sepia. 

A placa fixada ao pé da estátua tem os seguintes dizeres:

MARIA TAQUARA
Na década de 40, viveu em Cuiabá, MARIA TAQUARA, muito alta, magra, negra, tinhosa, sisuda, esperta, maltrapilha e desembaraçada. Não tinha filhos. Sempre soube que a vida não seria fácil, ainda mais em uma sociedade conservadora. Mas foi neste contexto histórico que Taquara se transformou em uma Lenda da nossa cultura. Foi a primeira mulher a abolir saias. Ela viu na calça comprida a sua marca registrada. O motivo era a profissão, que exigia roupas práticas e resistentes para o trabalho no córrego da Prainha. Sempre com uma trouxa na cabeça, de casa dos patrões para sua casa e vice e versa. Não há registro de seu nome completo, data de nascimento e morte... simplesmente desapareceu.
MARIA TAQUARA... Apenas MARIA!! 
Um dos tipos populares que se imortalizou na frase:
"De dia Maria Taquara... de noite Maria meu bem!!" 
Novembro de 2009 

Ali em volta, próximo da esquina das avenidas Tenente-Coronel Duarte (popularmente conhecida como Av. da Prainha) e Generoso Ponce (da qual a Clóvis Huguenei é uma continuação), nada mais consta sobre a homenageada. As outras informações que seguem obtive pesquisando agora de manhã na internet. 

A escultura é de autoria do artista plástico Haroldo Tenuta, mineiro de nascimento, radicado em Cuiabá a partir dos anos 1940, e já falecido. A placa foi colocada após a restauração da escultura, derrubada por um vendaval em 2009. Reportagem do G1 Mato Grosso de abril de 2016 informa que a obra teria sido uma encomenda de João Balão, dono de um hotel na capital, para quem Maria Taquara "fazia serviços" (é a expressão usada no texto de Denise Soares). 

Que serviços seriam? Bem, como a escultura indica e a placa dá a entender, Maria trabalhava como lavadeira de dia, enquanto à noite era "Maria meu bem". O que isso queria dizer, exatamente? A professora de semiótica Marília Beatriz Figueiredo Leite, ouvida pelo site Olhar Conceito em 2014, não tem dúvidas de que Maria Taquara seria, além de lavadeira, uma profissional do sexo; cito trecho do texto de Marianna Marimon: "Marília Beatriz Figueiredo Leite analisa um pouco desta figura folclórica e gosta de comentar que Cuiabá é uma das poucas cidades em que se ergueu uma estátua para uma prostituta". 

Porém isto é desmentido por alguém que conheceu Maria pessoalmente: o escritor e historiador Aníbal Alencastro, hoje com 72 anos. Na citada matéria do G1, Alencastro afirma que, quando serviu no 16º Batalhão de Caçadores - atual 44º Batalhão de Infantaria Motorizado, localizado no início da Av. Lava-Pés, no bairro Goiabeiras -, o barraco de Maria ficava próximo ao quartel. "Ela não era prostituta. Os soldados pulavam o muro do quartel e dormiam com ela”, disse Alencastro ao G1. Há dois anos, ao falar ao Olhar Conceito, Alencastro foi mais eloquente a respeito:

“Durante a vigília da noite, os soldados deixavam seus postos e pulavam os muros para se encontrarem com ela, cujo barracão ficava ao lado do quartel. Depois, o sargento passava e olhava para os fuzis deixados do lado do muro e com isso, vários homens eram presos pelo abandono de posto. Tudo pela Maria Taquara.”

Em 2011, o poeta e compositor Moisés Martins publicou em seu blog a letra de sua música em homenagem à figura popular de Cuiabá:

Maria Taquara

Maria Taquara, Maria meu bem.
Mulher de todos, que não é de ninguém.
Taquara de dia, de noite meu bem,
Maria Taquara, não é de ninguém.
Muié de sordado, de Meganha também.
De dia Maria, de noite meu bem.
Maria é Cuiabá, Cuiabá é Maria
Não importa se é noite, não importa se é dia.
Maria é Taquara,
Taquara é Maria,
Avançada no tempo,
Mulher fantasia.

  • Em abril deste ano, o artista plástico João Sebastião promoveu uma grande homenagem a Maria Taquara ao convidar outros 58 (!) artistas a criarem obras sobre a popular figura; o convite resultou na exposição Transmitologismo João e Maria, que esteve em cartaz na Casa do Parque de 14 de abril a 25 de junho. Saiba mais sobre a exposição aqui e aqui



26/08/2016

Belezas Naturais: Chimbuva do Morro da Caixa d'Água Velha



Na sexta passada, 19, o Dia Mundial da Fotografia, publiquei em minhas redes sociais esta foto, feita no mesmo dia no Morro da Caixa d'Água Velha aqui em Cuiabá (a visita rendeu também a minha selfie azulejo). Como legenda, apenas: Natureza, sua maravilhosa, e a lembrança da efeméride daquele dia.

Só dois dias depois, justamente pesquisando sobre o Museu para escrever o post da selfie, é que descobri se tratar de uma árvore histórica - uma chimbuva que tem por volta de 80 anos! Esta árvore domina a praça que existe na parte frontal do museu, e sob ela foi construído um deque de madeira. 

A chimbuva, também chamada ximbuva ou timbaúva, é uma árvore nativa do Brasil cuja madeira é utilizada na fabricação da viola de cocho. Instrumento trazido pelos portugueses, a viola-de-cocho hoje está totalmente integrada à cultura dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Em 2004, a viola-de-cocho foi registrada no livro dos saberes do patrimônio imaterial brasileiro.



25/08/2016

"Essa foto tu vai vender, né?"

Na quinta passada, iniciei o texto "O que você vai fazer com esta foto?" relatando perguntas comuns que quem viaja e fotografa costuma ouvir; o artigo seguia questionando a forma como nós fotógrafos somos abordados dentro de espaços públicos e privados, sem dúvida um resquício de comportamento analógico nesses tempos digitais que vivemos. 

Já hoje a idéia é conversar um pouco sobre outro tipo de pergunta, a que intitula o texto. Melhor começar do começo, com um exemplo real.

Terça, 16 de agosto, meio da tarde. Estou fotografando com a Nikon L330 a fachada da Catedral Metropolitana Basílica do Senhor Bom Jesus, sede da arquidiocese de Cuiabá, quando um cidadão se aproxima e me pergunta se a reforma está pra começar, né? Sem fazer a menor idéia de a que ele se referia, respondi apenas que não tinha essa informação. Ele então me disse que achava que eu estava fotografando em função da reforma que vai haver no prédio, então confirmei que não sei nada a respeito, que as fotos eram pro meu blog. Aí o cidadão veio com uma variação da pergunta que intitula o texto: Ah tá, essas fotos tu vende né? Acabei dizendo que sim né (risos) e em seguida entrei na catedral, um prédio relativamente recente (foi consagrada em 1973, substituindo a anterior, construída entre 1739 e 1740 e demolida em 1968), onde fiz a foto deste vitral que vemos aqui no post. 

Esse tipo de pergunta sobre a possível venda das fotos que fazemos por aí é bastante comum e não deixa de ser tão intrigrante quanto a do que vamos fazer com a foto (aliás, não deixa de ser uma variação daquela, só que aqui já supondo um destino específico). Em geral eu acabo mesmo dizendo que é pra vender, até porque isso geralmente sacia a curiosidade da pessoa e encerra o assunto. E por que considero a pergunta intrigante?

Porque ela supõe que haveria um imenso mercado para a fotografia que, na realidade e infelizmente, não existe. A possibilidade de eu tirar uma foto da Catedral de Cuiabá, por exemplo, e conseguir vendê-la para algum veículo de comunicação ou site é basicamente nula. Talvez quando o profissional tenha a sorte de efetuar um registro que tenha valor jornalístico, ele possa contar com jornais e sites interessados em pagar pelos direitos de reprodução daquela imagem. Mas aí seria mais um lance de sorte do que de um mercado real mesmo. 

(E não pensem que isso é algo dessa era digital que já citei antes, em que todo mundo tem em mãos aparelhos que filmam e fotografam. Já era assim ali por 1992/93, quando, ainda morando em Bento Gonçalves, RS, resolvi fotografar eventos por conta própria para tentar vender as fotos para os jornais da cidade. Lembro que cheguei a cobrir uma etapa do campeonato de canoagem em Santa Tereza, município vizinho; não houve interesse nem dos jornais, nem da própria entidade que promovera o evento. Na época, havia ainda o custo da revelação/impressão da foto - não havia ainda foto digital -, ao que se devia somar a demora em ter a imagem disponível: só na segunda de manhã você poderia mandar revelar um filme batido no final de semana, e a foto teria que estar em sua mão no máximo na quarta, mesmo dia em que os jornais fechavam a edição de sexta, único dia em que a maioria dos jornais de Bento circulava. Enfim, não compensava meeeesmo.)

Inexistindo esse mercado que muitos imaginam que haveria para nossas fotos, seguimos fotografando na esperança de que, ao circular pelo mundo, as imagens que produzimos possam manifestar a dedicação que colocamos em cada clique, mostrar que temos equipamentos que poderão produzir um bom registro do seu evento, demonstrar que podemos fazer uma boa edição do material que viermos a produzir para você, e assim, indiretamente, gerarem negócios vantajosos para ambas as partes. 
:) 






24/08/2016

Vídeo: Lavadeiras - Bado (RO)

O primeiro vídeo que publicamos aqui no blog trazia o roraimense Ben Charles tocando "Carimbó Transcedental" em Macapá em sua participação no SESC Amazônia das Artes de 2014. Hoje vamos assistir outro vídeo do mesmo evento, mais exatamente o seu encerramento, que ficou a cargo do rondoniense Bado, em show realizado no antigo SESC Centro em 28 de agosto de 2014. O espetáculo teve ainda a participação do cantor e compositor Enrico Di Micelli, paraense radicado em Macapá.


Bado é o de boné, ao violão


A canção que aparece no vídeo é "Lavadeiras", um clássico da parceria de Bado com o conterrâneo Binho, e que foi o bis do show (aliás, foi um pedido meu ao Bado, que fiz já com a intenção de filmar, pois a canção não integrava o repertório da turnê). A filmagem foi feita com a Canon T3i Rebel, sem edição posterior. Publiquei o vídeo no canal do Som do Norte no YouTube em 2 de setembro e o incluí na resenha postada no Som do Norte no dia seguinte.



Clique na imagem


"Lavadeiras" foi lançada em 2005 no CD Aldeia de Sons, de Bado. Contei a história desta composição ao destacá-la como "Música do Dia" do blog Som do Norte em 14 de agosto de 2009. O CD está disponível para audição integral na seção Acervo Rondônia do blog Música do Norte.


23/08/2016

Modelo da Semana: Janaína Rodriguês

Há exatamente um mês, em 23 de julho, publicamos o primeiro Ensaio do Dia 23, estrelado pela linda amapaense Janaína Rodriguês. O post se tornou um sucesso instantâneo, mantendo-se omo o terceiro mais visto desde que o blog é blog - já são até agora 197 acessos. Se você ainda não viu, clique aqui.

Este mês a publicação do ensaio comemorativo foi antecipado em alguns dias (o Ensaio de Agosto estrelado por Bruna Xavier já está no ar há uma semana); de todo modo, me pareceu oportuno marcar o dia em que completamos dois meses no ar com a publicação de uma foto inédita da Janaína - e por inédita eu quero dizer inédita meeeeesmo, pois a versão editada que ela recebeu desta foto tinha um efeito preto-e-branco. Aqui utilizei um filtro Landscape e um efeito Retro/Sepia.





A foto, assim como as do ensaio já publicado, foi feita em 12 de março no Parque do Forte, em Macapá, dentro da Campanha Vamos Sonhar Juntos



22/08/2016

Belezas Culturais: Floração



Fiz o registro acima durante o show que o cantor, compositor e instrumentista Paulo Bastos apresentou em Macapá em 1 de abril de 2014 no Projeto Botequim, que na época acontecia no SESC Centro. 

Na foto, Paulo está à direita, com o bandolim, enquanto seu convidado Beto Oscar, sentado, toca violão. Ao fundo, o percussionista Nena Silva, a quem Beto, logo ao chegar ao palco, pediu um ritmo de "marabaichoro" (ou seja, uma junção de Marabaixo com choro), para acompanhar a execução de "Floração", parceria de Beto com Paulo. 

Paulo aproveitou a ocasião para interpretar várias de suas composições, e mostrar seu lado multi-instrumentista - ao longo da noite, tocou, além de bandolim, violão, teclado e bateria (curiosamente, não tocou nessa ocasião a caixa de Marabaixo, da qual ele também é um exímio executante). Além de Beto Oscar, o espetáculo contou com as participações especiais de Oneide Bastos, Patrícia Bastos e Brenda Melo. Ao final, ainda houve canjas de Naldo Maranhão (com a participação especial de Rebecca Braga) e Cley Lunna. 

Publiquei a resenha do show, junto com a foto deste post e outras, no Som do Norte dois dias após o show. O álbum completo pode ser visto na página FabioGomes FotoCinema do Facebook




21/08/2016

A Semana nº 9

  • Na terça, 16, postei nas redes sociais a foto que intitulei Sol e chuva no fim de tarde em Cuiabá. A imagem foi feita no quintal do hostel onde estou hospedado. Segundo minha amiga Carol Damasceno, também cineasta, "agosto é o tempo seco em Cuiabá, mas perto do final do mês vem uma chuva que a gente chama chuva do caju". O nome tem a ver com ser o tempo de formação dos primeiros frutos do cajueiro, e se não chover por esta época a safra estaria prejudicada. 




  • Também na terça, antecipei excepcionalmente em uma semana a publicação do ensaio do dia 23. A estrela do ensaio é a modelo mato-grossense Bruna Xavier. No mesmo dia o ensaio entrou no ar aqui no blog e no YouTube. Bruna já havia sido nossa Modelo da Semana em 5 de agosto - esse post aliás se tornou no sábado, 20, nosso primeiro a ultrapassar a marca dos 300 acessos (até o momento, são 305).


Selfie azulejo


Esta foto eu fiz na sexta, 19, justamente o Dia Mundial da Fotografia, dentro do Museu da Caixa d'Água Velha aqui em Cuiabá

O prédio, construído em 1882, abrigou o primeiro (e por mais de um século único) reservatório d'água que abastecia a capital. Desativado nos anos 1960, em 2007 foi transformado em museu que abriga a memória do saneamento e também abre espaço para mostras de artistas do Mato Grosso. 

Para quem pretende visitar o espaço (situado à rua Comandante Costa, s/nº, no centro da cidade), um aviso: o museu está sem ar-condicionado, o que torna complicada a permanência prolongada dentro dele. Também no momento que visitei (começo da tarde da sexta), não estavam acesas todas as luzes, impedindo que se visse adequadamente todas as obras em exposição. 

A foto foi feita numa parte um pouco mais iluminada do museu, no caso a última das três galerias paralelas de exposição, que no momento abriga uma mostra de fotos antigas de Cuiabá. Temos na imagem então a parede de barro do antigo reservatório d'água; um espelho que lembra um azulejo, com sua moldura craquelada simulando um sol radiante; eu (risos) segurando a Nikon L330; e atrás de mim um pedaço de uma foto antiga da cidade e acima dela um pouquinho da parede que divide a terceira galeria da segunda. Foi sem flash mesmo porque adoto esse procedimento ao fotografar exposições, que era o que estava fazendo no momento (aliás, a impossibilidade de usar flash, somada à pouca luminosidade presente no ambiente, fez com que eu efetuasse muito poucos registros no museu. E mesmo que as pinturas da segunda galeria estivessem numa parte mais iluminada do prédio, preferi não registrá-las por não terem junto delas a identificação da autoria de cada uma). 





20/08/2016

Coisas do Mundo: Centro Geodésico da América do Sul

Quem chega a Cuiabá logo nota uma inclinação a uma certa afirmação (talvez orgulho fosse uma palavra forte demais) em se assumir como sul-americano, o que é raro em outras capitais brasileiras, mesmo as situadas em estados fronteiriços como Porto Alegre ou Macapá. Basta dizer que aqui há um shopping center denominado Três Américas e uma rede de comunicação batizada como Centro América. Mas eu demorei um pouco a entender isso, mesmo vendo pelas ruas do centro da cidade placas como esta indicando o Centro Geodésico da América do Sul.




Agora, você imaginaria, vendo esta placa, que estaria a poucos metros de um obelisco de 20m de altura?

Olhe esta outra imagem antes de responder (risos)

Pois é, você está andando pela avenida Barão de Melgaço e de repente...

... não mais que de repente...

(obrigado Vinicius de Moraes)

... se depara com este obelisco! Vraaaa!



O obelisco assinala o ponto onde, em 1909, o então major Cândido Mariano da Silva Rondon determinou o Centro Geodésico da América do Sul - ou seja, o ponto que fica equidistante tanto do Oceano Atlântico quanto do Pacífico -, nas coordenadas 15°35'56",80 de latitude sul e 56°06'05",55 de longitude oeste. 

Hoje esse ponto é conhecido como praça Pascoal Moreira Cabral,  mesmo nome do palácio que também se vê na foto acima (um prédio côncavo), sede da Câmara Municipal de Cuiabá. Moreira Cabral era um bandeirante paulista que em 8 de abril de 1719 fundou Cuiabá. Mas em 1909 o local ainda se chamava Campo d'Ourique, um centro de cavalhadas e touradas, e antigo local de castigo público de escravos. 

O cálculo de Rondon foi por algum tempo objeto de contestação, por dois principais motivos. O primeiro era a alegação de que seus cálculos estariam defasados hoje, porém, como em todos os casos onde precisou instalar marcos (e ele o fez por toda a fronteira Oeste do Brasil), Rondon partiu da posição dos astros celestes, que é invariável (tanto que é a base do atual uso de GPS). Os cálculos de Rondon foram confirmados em 1975 por estudiosos do Exército Brasileiro. O segundo motivo é a existência, na Chapada dos Guimarães, próxima à capital, do Mirante do Centro Geodésico da América do Sul, que nada mais seria um local de onde se veria (ou seja, se miraria) o verdadeiro Centro Geodésico, localizado em Cuiabá. 

Contestações à parte, ainda em 1909 teria sido erigido pelo artesão Júlio Caetano este marco com as coordenadas do local.








Não há como fotografar o marco de frente, devido à existência do obelisco - posterior à passagem de Rondon, ao contrário do que dá a entender a placa existente próxima ao monumento. Mas enfim, se você olhar o obelisco de frente, o marco estará inteiramente encoberto por ele.


  • Uma curiosidade: no chão da praça, há círculos representando capitais de países sul-americanos (indicando sua distância em relação a Cuiabá) e de estados brasileiros (não todos, mesmo considerando que sendo o monumento antigo, não incluiria Palmas, por exemplo; também não há Aracaju ou Maceió). Das cidades brasileiras incluídas, apenas Brasília tem sua distância referida. Outra curiosidade é que algumas capitais têm seu círculo ligado à base do monumento por uma reta, e outros não, sem que eu tenha conseguido atinar o porquê disto. O único critério seguido parece ter sido ligar todas as capitais de outros países, porém em relação às dos estados brasileiros o critério para ligar algumas e não outras não ficou claro para mim. 



Círculo indicando Porto Alegre, ligado á base




Estive fotografando no local na quinta, 18, e na sexta, 19 (porque na quinta as pilhas da Nikon L330 descarregaram logo - risos. Esse é o maior senão deste equipamento). Todas as fotos incluídas no post são da sexta, publicadas sem edição.


19/08/2016

Belezas Naturais: Lagoa da Jansen



Neste Dia Mundial da Fotografia, compartilho com vocês uma das primeiras fotos que fiz na recente passagem por São Luís

Na tarde de dia 25 de maio, pouco depois de receber pelo Correio a nova Nikon L330, fiz este registro na Lagoa da Jansen (fiquei três semanas hospedado num hostel a poucos metros da lagoa, foi raro o dia em que não fiz algum clique por ali). 

Nesta imagem, gosto do aspecto de "quase pintura" que ela tem, com as nuvens carregadas parecendo pinceladas no céu, refletindo-se na água, mas não conseguindo esconder de todo o sol que dá o ar de sua graça, embora um pouco oculto, ali à esquerda. Não fiz edição alguma na imagem. 


18/08/2016

"O que você vai fazer com esta foto?"

Quem viaja com uma certa frequência já está acostumado com perguntas do tipo De onde você é?, Tá viajando a trabalho ou a lazer?, Tá gostando da nossa cidade? (essa geralmente feita no máximo 5 minutos depois que você desceu do avião ou do ônibus - risos) etc etc. No meu caso, assim como acredito que seja de outros profissionais da fotografia, soma-se às já citadas uma outra, não menos intrigante --> Vai fazer o quê com esta foto?

Digo intrigante porque quem se arvora a perguntar isso (já chegamos nos exemplos) parece ignorar que, de atividade muito específica até a virada do milênio, hoje a fotografia literalmente invadiu todos os espaços e momentos de nosso dia, basta haver alguém com um celular em mãos (e onde é que não há?, me digam).

É claro que a pergunta pode vir num tom casual, tipo você está num parque, e aí alguém que você recém conheceu, ou que apenas viu você ali fotografando a paisagem, chega e lhe pergunta, por curiosidade mesmo. Dependendo da abordagem, ou do meu humor na hora, a resposta pode variar de pro meu acervo pessoal até algumas devem ir pro meu blog (e aí já aproveito pra divulgar este espaço - modo marqueteiro ativado ;) Considero esse tipo de abordagem tranquilo e até natural.

O que me intriga mesmo é uma abordagem como a que recebi anteontem ao iniciar a visita ao Museu de Arte de Mato Grosso (visita esta que já rendeu o post de ontem)(a foto que ilustra o post foi feita na manhã de 11 de agosto, é uma vista aérea do Museu, feita do mirante no alto do Palácio Alencastro). Bastou eu tirar a câmera da minha sacola para a atendente me pedir para assinar um termo, no qual eu devia informar todos os meus dados, além de declarar o uso futuro das fotos (escrevi que seria para veiculação neste blog e em minhas redes sociais; futuramente, em casos semelhantes, se houver, vou adotar como padrão "veiculação na internet", o que me deixa menos restrito). Aproveitei - lóóógico - para comentar que nunca tive que assinar nada parecido antes na vida, mas convenhamos, apesar de estranha, não considerei a exigência descabida. No caso, me parece apenas que o Museu está na contramão da tendência mundial de estimular o registro de selfies ao lado de obras do acervo, como os maiores museus do mundo estão fazendo, o que os torna ainda mais conhecidos - sim, porque não acredito que um estudante que eventualmente visite o Museu em Cuiabá irá assinar um termo assim, apenas para fazer uma ou duas fotos suas ou de algum(a) colega ao lado de uma obra em exposição.

O que considero descabida, e no limite do intolerável, foi uma abordagem que recebi ainda em junho, poucos dias após chegar a Maceió. Estava dentro de um centro comercial a duas quadras da praia de Pajuçara quando me deparei com um cartaz no mínimo muito curioso, no qual uma empresa informava o que ela não fazia - no caso, não fazia empréstimos consignados, coisas do tipo. Fiz a foto do cartaz e me dirigi para a saída do prédio, quando um segurança me abordou com a pergunta-título deste texto. Deduzi que era um segurança pelo modo da abordagem, embora ele não estivesse uniformizado, o que talvez tenha me levado a responder algo como "Para nada, é para mim, eu faço fotos de coisas que acho curiosas". Não satisfeito (evidentemente!) com esse tipo de resposta, ele já localizou numa mesa do café próximo o dono do estabelecimento cujo cartaz eu fotografara e o chamou, enquanto eu seguia pela escada, rumo à saída do prédio. Porém antes que eu conseguisse sair o dono se aproximou e ficou em meu caminho, repetindo-se as perguntas já feitas. Não adiantou eu dizer que não havia cartaz algum proibindo fotos no interior do prédio (sempre que há, eu acato a determinação), mostrar as outras fotos que havia feito no trajeto até ali (todas de árvores, da praia e do pôr-do-sol), nem mesmo apagar a foto que estava gerando a discórdia. Nesse meio tempo, juntou-se ao grupo o chefe da segurança do prédio, este sim uniformizado. Os três formavam uma barreira que me impedia de sair, e seguiam com as mesmas perguntas. A bem da verdade, devo dizer que nenhum deles encostou em mim, nem me ameaçou formalmente, mas foram cinco ou talvez dez minutos muito tensos, que não se encerraram antes do dono do estabelecimento me perguntar se podia me fotografar (respondi que sim), acrescentando que podiam me deixar ir, porque ele já havia me "fotografado" em sua memória. Esse realmente é o tipo de atitude que não acredito que traga algum benefício para quem quer que seja. Se não querem fotos, bastaria colocar um cartaz em local visível.

Não tão amedrontadora, mas de todo modo bastante discutível, foi outra abordagem que recebi de uma profissional de segurança de um shopping center em Belém, creio que em abril último. Nesse shopping há uma joalheria chamada "Fábio" e da qual fiz um rápido registro com meu celular, postando em seguida no meu Facebook pessoal. Enquanto descia pela escada, a segurança me abordou chamando "Psiu, psiu" - abordagem que considero inadequada, o que lhe disse tão logo constatei que era a mim mesmo que ela chamava. Muito longe da truculência da abordagem referida acima, a segurança apenas me informou que não era permitido fazer fotos de lojas do shopping, ao que eu perguntei onde isso estava escrito, respondendo-me ela que se trata de "uma norma interna". Concluí dizendo que não há como os frequentadores do shopping obedecerem normas das quais eles não têm conhecimento, e segui descendo, não sem pensar no absurdo que era a pessoa me dizer isso, quando na praça de alimentação a cada minuto são feitas dezenas de fotos (que, logicamente, acabam pegando fachadas de lojas)!



17/08/2016

Belezas Culturais: É sobre o tempo e o amor...baby

Ontem à tarde visitei aqui em Cuiabá o Museu de Arte de Mato Grosso, onde uma das exposições atualmente em cartaz é NATUREZA substantivo feminino. A mostra abriu em 16 de junho e só irá encerrar em 4 de setembro, portanto os interessados não têm desculpa: há tempo, o museu não cobra ingressos e é de fácil acesso (fica na Rua Barão de Melgaço, 3665, em pleno Centro da capital). 

As duas curadoras da exposição, Ruth Albernaaz e Imara Quadros, convidaram 31 artistas mulheres das áreas da pintura, gravura, fotografia, colagem, escultura, grafite, instalação, performance, videoarte, poesia e música a pensar a natureza e o próprio fazer artístico por uma perspectiva feminina. Há também uma sala dedicada a três importantes artistas mato-grossenses já falecidas: Conceição dos Bugres, Ignêz Corrêa da Costa e Osvaldina dos Santos. 

Posso dizer que, no geral, a mostra, que ocupa todo o interior do Museu (dois andares) e ainda conta com um painel em dupla face na área externa, tem inúmeros destaques e merece sim sua visita. De todo modo, nesse post quero destacar a obra que mais me chamou a atenção, pela proposta e pelo nível de realização artística: a instalação É sobre o tempo e o amor...baby, da paranaense radicada em Cuiabá Adriana Milano, que ocupa toda uma sala no segundo andar do Museu. 

Aqui, uma visão geral da obra. 


Detalhe da parte central da instalação. 






Na sequência, duas imagens: a primeira (com um leve efeito sépia) destaca o espelho que fica na base da obra; a segunda oferece uma perspectiva de baixo para cima.


Por fim, trago o texto da própria Adriana que fica em uma parede da sala que abriga a instalação. Apesar do que possa sugerir, não há músicas de Janis Joplin ou nenhuma outra sendo usada como trilha sonora da obra (em outras salas, o recurso sonoro foi utilizado). Agradou-me que, no texto, Adriana não pretendeu "explicar" a própria criação, como por vezes acontece; ela investe mais na criação de outro sentido, faz praticamente uma crônica que prescinde da instalação para fazer sentido (o que, por outro lado, também se dá com a própria instalação). 


16/08/2016

Ensaio de agosto: Bruna Xavier

O ensaio que comemora o segundo mês deste blog no ar é uma seleção de fotos que fiz da modelo Bruna Xavier, 16 anos, em Rondonópolis (Mato Grosso), sua cidade natal, na primeira semana de agosto de 2016.

Descendente de indígenas, Bruna é a atual Gata Dourada Brasil, título conquistado em março na cidade de Pelotas (RS). A jovem também conquistou, em 2015, as faixas de Miss Mato Grosso Universal e 2ª Princesa no Miss Brasil Universal, entre outros títulos. Ela já foi nossa Modelo da Semana, em 5 de agosto.











Ideia: Suzana Santos
Foto: Fabio Gomes





As fotos com o vestido preto foram feitas no Cais em 4 de agosto. Já as fotos em que Bruna está vestida de índia fizemos no Horto Florestal (exceto a última, onde ela está junto a uma imagem de carro de bois, feita na Praça dos Carreiros), no dia 7 de agosto, mesmo dia da foto com o vestido bordô. A foto em que Bruna está com a camiseta estampada com a capa do meu livro As Tias do Marabaixo foi feita numa rua no bairro São Sebastião I, em 5 de agosto. 

Agradeço à modelo e a sua mãe, Suzana Santos, todo o apoio recebido durante minha estada em Rondonópolis. 

  • Veja o ensaio em vídeo:




Clique na imagem

14/08/2016

A Semana nº 8

  • Na quarta, 10, o blog atingiu a marca de 3.000 acessos desde sua entrada no ar, em 23 de junho. No momento, são 3.165, numa média diária de 60. Até ontem, tínhamos 58 posts no ar, cada um com 54 acessos em média. 




  • Minha previsão de não conseguir postar todo dia na atual temporada em Mato Grosso (expressa aqui) felizmente não se confirmou, só deixei de postar de fato nos três primeiros dias do mês, quando estava no ônibus que me levou de Maceió a Rondonópolis. Tecnicamente eu poderia já deixar posts programados para todos os dias (afinal, foto é que não me falta, não é? - risos), mas prefiro fazer como tenho feito, postando a cada dia, o que possibilita alegrias como a da última quinta, 11, quando postei uma foto feita momentos antes no mirante que fica no alto da Prefeitura de Cuiabá.  

  • Lembrando: fico no Mato Grosso até começo de setembro, podendo aceitar encomendas para ensaios fotográficos ou outros trabalhos, em Cuiabá ou cidades distantes até cerca de 200km, até o dia 5/9.

Eu por Prsni Nascimento (2)



Se eu estava feliz? SIM! E com toda a razão: era o dia da abertura da minha exposição As Tias do Marabaixo no Amapá Garden Shopping (Macapá), em 15 de setembro de 2014. Convoquei minha amiga Prsni Nascimento para fazer os devidos registros (além de ser minha grande amiga, a Prsni é certamente a pessoa que mais me fotografou até hoje, como já falei anteriormente aqui no blog). 

Ainda vamos falar mais sobre a exposição no Garden, sem dúvida a maior homenagem que eu já recebi - basta dizer que foi criado todo um ambiente numa área de circulação do shopping, inteiramente dedicada à minha mostra itinerante sobre as Tias do Marabaixo (veja as fotos da mostra clicando aqui). 

A vontade de lembrar disso foi porque, durante a semana que passou, completaram-se dois anos da reunião que tive com Kelly Paulino, então atuando no marketing do Garden, reunião ocorrida em 13 de agosto de 2014, na qual ficou acertada a abertura da exposição praticamente um mês depois. Parecia pouco tempo, mas foi o suficiente para tudo dar certo!



13/08/2016

Coisas do Mundo: Aviso em Itapuã



Em outubro de 2013, fiquei algumas semanas hospedado em Itapuã, a praia de Salvador que todos conhecemos da música de Toquinho e Vinicius. Aliás, estive no local até a véspera do centenário do Poetinha, sem que isso houvesse sido planejado pra ser dessa forma. Explico.

Eu comprara uma passagem Belém-Rio-Salvador-Belém num desses ofertões-de-final-de-semana que os sites das companhias aéreas faziam na época (acho que acabou, nunca mais ouvi falar). Creio que tinha sido em fevereiro, já que a idéia era viajar em abril. Mas pra variar o balanço das horas mudou tudo - em abril, acabou que usei o pedaço carioca da passagem para atender o pedido de palestra que recebi da PUC-SP. Fiquei então com a parte baiana para usar antes de fevereiro do ano seguinte, para não perder o valor da compra. Acabei marcando para outubro, antes que os preços da capital baiana entrem no clima da 'alta temporada' que pega todo o verão e só acaba após as férias de julho. 

Itapuã é uma boa opção de hospedagem em Salvador se você chega de avião, o bairro tem praias lindas, vários atrativos e é bem próximo ao aeroporto. E dali você se desloca facilmente de ônibus para os outros recantos da capital. 

Esta foto eu fiz, creio que com um tablet Sony, em um bar da orla de Itapuã. Achei muito curioso que até um determinado horário você possa ficar no local sem camisa, e dali em diante não possa mais. Sinceramente, nunca vi nem antes nem depois um aviso como esse, em lugar nenhum. 
:)





12/08/2016

Belezas Culturais: Poeta Amadio



Em 1 de novembro de 2015, cheguei a Porto Velho vindo de Cuiabá, e de imediato entrei em contato com a Poeta Amadio, a artista de Rondônia cujo trabalho produzo há quatro anos; entre outras parcerias já efetuadas, sou o responsável pela produção artística do seu CD Bem que Podia, lançado em 2014. Na mesma hora em que telefonei, ela já me convidou para acompanhá-la a um sarau poético em casa de amigos do qual ela estava participando naquela noite.

Esta foi uma das fotos que fiz durante o evento, mostrando a Poeta, de turbante, jogando com a luminosidade de uma vela  segurada próxima ao nível d'água da piscina do quintal da residência. As cruzes verde-esmeralda, que simulam moinhos de vento, eram projeções feitas na parede (os formatos iam alterando periodicamente). Outras velas, dentro de copos, estavam dispostas na pilha de tijolos empilhados junto à parede, imprimindo características mágicas ao ambiente; nota-se na água da piscina o reflexo de uma destas velas. 

A foto foi feita com a Nikon S3500, e editada agora no Fotor com um pequeno corte e aplicação do filtro Sand/Snow. 



11/08/2016

Coisas do Mundo: Cuiabá vista de cima



Agora pela manhã tive uma experiência única. Pude fotografar a área central de Cuiabá vista de cima, do mirante que fica no alto do Palácio Alencastro, sede da Prefeitura Municipal - mais exatamente em seu oitavo andar. 

Embora mencionado na maioria dos guias turísticos referentes à capital do Mato Grosso, o mirante atualmente está fechado à visitação. Estive ontem à tarde na Prefeitura para me informar, solicitaram que eu retornasse agora pela manhã e bastou eu explicar que sou fotógrafo e queria fazer fotos da cidade para ter o acesso liberado. 

A foto mostra um trecho de calçada que parece um tabuleiro de xadrez, em frente a uma ótica. Vê-se também um bem-te-vi sobre fios elétricos, recebendo diretamente os raios solares, e quase na base das imagem alguém que certamente estava conferindo as últimas atualizações de suas redes sociais. Utilizei um filtro Sand/Snow no Fotor para contrastar o preto das pedras do calçamento com o restante da imagem.

O atual prédio da Prefeitura, em frente à Praça Alencastro, foi construído em 1959 no local onde nos 140 antes anteriores havia uma casa em estilo neoclássico, sede do governo do Mato Grosso desde a época do Império. Em 1982, com a transferência do governo estadual para o Centro Político Administrativo (CPA), o prédio foi doado ao município de Cuiabá, que ali instalou a sede da Prefeitura. 


10/08/2016

Atualização: Minha temporada em Mato Grosso



Como já cantou Joe Euthanázia, No balanço das horas tudo pode mudar, e isso acabou de acontecer com minha temporada em Mato Grosso, então vamos atualizar as informações.

Como cheguei a divulgar, eu estaria na primeira quinzena fazendo alguns ensaios (que efetivamente fiz em Rondonópolis) e cobrindo eventos. Porém esta cobertura não irá mais acontecer, de modo que a nova programação é:

  • Até 6/9, estou em Cuiabá, disponível para fazer ensaios na capital e em cidades cuja distância seja até 200 km, aproximadamente (já tenho ensaios agendados em Nova Olímpia, Nortelândia e Tangará da Serra). Quem tiver interesse pode consultar valores e datas disponíveis mandando e-mail para gomesfab@gmail.com ou mensagem através do Facebook, Twitter e LinkedIn. 
  • Passado o feriado, retorno a Macapá. 




Coisas do Mundo: Futelama Feminino



Em tempos de Seleção Brasileira de Futebol Feminino brilhando nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, quero compartilhar com vocês estas imagens peculiares de um torneio muito característico de Macapá: o futelama. 

Esporte praticado na área de vazante do Rio Amazonas, o futelama (também chamado futlama) existe a década de 1990, tendo campeonatos de 2002 em diante (saiba mais sobre o esporte nesta reportagem do UOL Copa de 2014). O campeonato deste ano foi programado pela Federação Amapaense de Futelama agora para iniciar agora em agosto. 

Logicamente, há tanto o campeonato masculino quanto o feminino de futelama. No caso, publico as fotos do campeonato feminino porque em 1 de novembro de 2014 coincidiu que, durante o horário de minha caminhada habitual pela orla do Amazonas (pode-se ver na foto que abre o post o Trapiche Eliezer Levy e a estátua de São José sobre a Pedra do Guindaste), estava-se disputando uma partida do campeonato feminino entre as equipes do Cobra Coral (de preto) e do Urubu (de cinza, com a goleira da equipe usando rosa). O jogo acabou empatado e a decisão foi para os pênaltis, para apontar quem seguiria na competição, cabendo a vitória à Cobra Coral. O campeonato daquele ano encerrou em 14 de dezembro. 


Goleira do Urubu defende cobrança de pênalti do Cobra Coral



  • Além de Macapá, Belém e Manaus, cidades citadas na reportagem do UOL como praticantes do futelama, o esporte também existe em Joinville, Santa Catarina, como se pode ver nessa matéria publicada pelo site do jornal A Notícia em maio passado.