30/09/2016

Belezas Naturais: Hora do lanche do pato



Na tarde de 31 de julho de 2014, tive a felicidade de registrar a hora do lanche desse pato preto que nadava no Rio Amazonas aqui em Macapá, à altura do bairro Santa Inês. Nessas fotos, vemos o pato todo pimpão com um peixe na boca. 






Agora, a questão é saber que pato é esse. Já fotografei essa espécie diversas vezes aqui em Macapá desde junho de 2014, e a registrei também próximo ao Encontro das Águas, no Amazonas, em novembro do ano passado. Uma macapaense me disse que na verdade se trataria de um mergulhão, mas pesquisei em alguns sites e não estou certo de que seja, até porque o chamado "pato mergulhão" é considerado em vias de extinção, haveria não mais que 250 espécimes vivos - será que todos se concentram no Amapá e no Amazonas? Difícil, mas não impossível, claro.

Se alguém souber de que espécie se trata, por favor me diga nos comentários. 



29/09/2016

Afinidade, maestria e demanda

"Amar a profissão não significa 
gostar de trabalhar de graça." 
- Mary Camata
jornalista e fotógrafa
Um dos mantras da sociedade atual é “Você deve fazer o que gosta”. Há até quem atribua ao chinês Confúcio a frase “Escolha um trabalho que você ama e você nunca terá que trabalhar um dia sequer na vida” – sem levar em consideração que há 2.700 anos não existia o modelo atual de trabalho assalariado.

Não conto nenhuma novidade ao dizer que nem sempre você conseguirá se manter fazendo só o que gosta. Isto porque existe uma tríade que preside qualquer trabalho que nos proponhamos a fazer: afinidade, maestria e demanda. 

Por afinidade, designo a inclinação que tenhamos para uma atividade específica – é o mais próximo do tal conceito de “amar o que se faz”. Vamos a um exemplo pessoal: sempre apreciei MPB, o que me levou a lançar, em 2002, um site de jornalismo musical, o Brasileirinho, onde comentava shows e abordava aspectos históricos da música brasileira. O site teve boa audiência durante algum tempo, mas já não repercutia muito nos últimos anos, até sair do ar no último dia 17.

O fato de ele ter repercutido e tido uma boa audiência por vários anos indica que obtive maestria em sua execução. Esse conceito está ligado à forma como executamos o que nos propomos. Tenho toda certeza que ao comentar um recital de violão me saio muito melhor do que se fosse tocar em público aquelas peças de Segovia e Villa-Lobos. Só amor à música poderia não ser suficiente, seria necessário muito tempo de estudo e mesmo talento. Pois é, (só) querer não é poder!

Por fim, temos a questão da demanda, a mais decisiva. Que mercado existe para quem comenta shows? Nunca um artista me contratou para resenhar um show seu. Já com fotografia as chances aumentam muito - o artista X vê você fotografando o show da cantora Y, ou vê as fotos que você fez publicadas por aí, gosta e lhe chama pra registrar a apresentação dele, artista X, mas também não é a toda hora.

Eu (de camiseta verde) fotografando o show Zulusa
de Patrícia Bastos - Macapá, 3.8.14 - (foto: Chico Terra)


Portanto, por mais que eu tenha afinidade com o jornalismo musical, e acredite ter maestria em sua execução, estou consciente de que a demanda que ele gera é muito pequena, tornando impossível que eu possa me manter apenas com ele.

Se você consegue fazer bem (maestria) o que gosta (afinidade) e isso tem uma boa procura (demanda), que ótimo! Mas e se não tiver? Há que buscar alguma outra coisa que tenha demanda e em que você tenha maestria (ou se não tem hoje, possa vir a ter, fazendo um curso, por exemplo) e com a qual você encontre afinidade - ou, no mínimo, que faça sentido para você. 

28/09/2016

Vídeo: Sarau da Diversidade - 2º Simpósio sobre Diversidade e Gênero


Clique na imagem


Filmei este vídeo em 17 de outubro de 2014 durante o Sarau da Diversidade, evento que marcou o encerramento do 2º Simpósio Sobre Gênero e Diversidade, realizado no anfiteatro da Unifap (Universidade Federal do Amapá), em Macapá. Minha exposição de fotos As Tias do Marabaixo foi uma das atrações do evento (inclusive ficou montada por dois dias exatamente onde ocorreram estas apresentações).

O Simpósio apresentou discussão teórica pelas demandas por reconhecimento e igualdade, que movimentam organizações de grupos sexuais e de gênero, fazendo interseção com vários marcadores sociais como: classe, raça, etnia e outros.

No vídeo, Lara Utzig, vocalista da banda Desiderare, canta sua "Marchinha para Maria"; na sequência, a poetisa Mary Paes declama poemas rapidinhos (e brincando com isso, ao final de sua participação); e finalmente, a cantora Rebecca Braga apresenta "Carnavalesca Capitânia", parceria sua com Naldo Maranhão.

O repertório daquele final de tarde contou ainda com composições próprias, clássicos amapaenses e sucessos da música brasileira. Além de Mary, outros participantes do Simpósio declamaram poesias. Este foi o primeiro vídeo publicado a trazer Mary interpretando seus famosos poemas eróticos, uma das principais linhas de seu trabalho literário. 


Apresentação de Rebecca Braga


O vídeo foi postado no canal do Som do Norte no YouTube em 30 de outubro de 2014, e inserido na resenha do evento publicada no mesmo dia pelo Som do Norte. 

A filmagem foi feita com a Sony HD Bloggie, e as fotos com a então-recém-adquirida Nikon S3500 (que já tá durando mais que a Canon T3i Rebel - abre o olho, Canon!). 



27/09/2016

Modelo da Semana: Sonia Chagas



Destacamos hoje a beleza da macapaense Sonia Chagas. Professora, Sonia foi retratada por mim dançando o Marabaixo durante o Encontro dos Tambores em novembro de 2014. Anualmente, na Semana da Consciência Negra, este evento reúne no Centro de Cultura Negra da União dos Negros do Amapá (UNA), em Macapá, todos os grupos de Marabaixo e Batuque em atividade no estado. 

Em 20 de abril de 2015, Sonia publicou esta foto em seu Facebook, acompanhada do seguinte texto (os ladrões a que ela se refere são os cantos do Marabaixo):

Eu... tão entregue à dança, o bailado da saia, da melodia dos ladrões, a batida do tambor, som que acelera meu coração e me faz esquecer de tudo... 
Eu sou isso, eu não sou aquilo, pra me amar não precisa me entender, basta me respeitar... 
Sonia Chagas.. Marabaixo minha cultura, Marabaixo minha raiz, só quem conhece o Marabaixo entende porque sou tão feliz.
Obrigada Fabio Gomes pela bela foto.

26/09/2016

Post nº 100: Raiara Neves



Para comemorar a centésima postagem deste blog, trazemos hoje uma foto inédita de Raiara Neves, a paraense moradora de Macapá que no momento é a detentora do maior número de acessos a um post nosso - seu destaque como Modelo da Semana passada já foi visto até o momento por 392 pessoas. 

A postagem já foi comentada várias vezes, inclusive pela própria modelo e por sua mãe, Joelma Bandeira. 

Esta foto foi feita na mesma noite da que já foi publicada, 26 de agosto de 2014, no antigo SESC Centro de Macapá. Nesta usei um filtro Sunset para destacar ainda mais a beleza da modelo. 


25/09/2016

Oportunidade: Portfólio em Destaque (inscrições encerradas!)

Portfólio em Destaque é uma oportunidade para profissionais da Fotografia, de qualquer estado do Brasil, expor virtualmente suas fotos aqui no blog. As inscrições iniciam hoje, 25/9, e vão até 10/10, uma segunda-feira. São portanto 16 dias, um período bem razoável. A data não será prorrogada. 

As inscrições serão feitas exclusivamente pelo formulário existente neste post, que pode ser acessado diretamente no Google Docs. Outras formas de participação não serão aceitas. 

A promoção não envolve valores financeiros: você não precisa pagar para se inscrever, e também estará ciente, ao enviar a inscrição, que o blog não irá remunerar você pela eventual publicação de seu trabalho.

Estão previstas três publicações de Portfólio em Destaque neste ano, nos dias 20 de outubro, 20 de novembro e 20 de dezembro. Cada uma ficará destacada na lateral esquerda do blog por 30 dias e será amplamente compartilhada nas redes sociais do blog. Após o período de 30 dias mencionado, o post será mantido acessível no blog, a menos que o/a autor/a das imagens solicite sua retirada do ar.

No dia seguinte ao encerramento das inscrições, ou seja, 11 de outubro, entrarei em contato com as pessoas selecionadas para que façam o envio de 10 imagens de sua autoria a serem postadas no blog. O envio deve ser feito, na data combinada de comum acordo com ambas as partes, via WeTransfer (tendo qualquer dúvida sobre esta ferramenta, basta nos perguntar, ok?).


Aguardamos suas imagens!


Fabio Gomes 


A Semana nº 14

  • No domingo, 18, republiquei no blog Cinema Independente na Estrada, que mantenho na plataforma Digestivo Blogs, o artigo 10.049km pelo Brasil, que saiu originalmente aqui na quinta, 8. 

  • A semana registrou novos recordes de acessos ao blog. Primeiro foi a marca de 259 visitas na segunda, 19 - para avaliar o quanto isto representa, trata-se de um acesso a cada 6 minutos. A marca anterior havia sido 252 views, em 2 de setembro. Mas nada comparável aos 497 (eu disse QUATROCENTOS E NOVENTA E SETE) acessos recebidos na terça, 20, sendo 286 especificamente para apreciar a Modelo da Semana, Raiara Neves. Na tarde da quarta, 21, o post se tornou o mais visto deste que este blog entrou no ar, atingindo até este momento 379 acessos! E não parou por aí: como se fosse combinado, exatamente no dia em que o blog completou 3 meses no at, na sexta, 23, registramos o acesso de nº 9.000, às 9h40 da manhã!


497 acessos = 1 acesso a cada 3 minutos!



  • Tambem na terça, 20, eu por acaso descobri um link que permite o acesso direto do blog no formato para dispositivos móveis (celulares, tablets, smartphones). É este: https://fabiogomesfotocinema.blogspot.com.br/?m=1 . O visual resultante é basicamente o que eu perseguia ao tentar adaptar o modelo do blog (como já comentei aqui), de modo que não vejo porque mexer no formato atual - como lemos acima, os acessos não param de crescer, e boa parte deles já vem de dispositivos móveis, então pra mim tá tudo certo! 

  • Na quinta, 22, não foi possível exibir no Rio de Janeiro meu curta Tia Chiquinha no evento 5ª Cultural Encontro de Artes Integradas, como anunciamos no A Semana nº 13. Informaremos nova data oportunamente.

  • E ontem, sábado, 24, inovamos no nosso Ensaio mensal ao destacarmos não uma pessoa, como geralmente se faz, mas sim um oceano: o Atlântico. Como cheguei a comentar naquele post mesmo, noto um crescente interesse pelas minhas fotos de natureza - embora, evidentemente, os posts que geram mais interesse seguem sendo os que retrato garotas. O que quero dizer é que, no começo do blog, minhas fotos de árvores, jabutis e corujas mal tinham acessos, e hoje as visitas que recebem estão na mesma média que os outros posts. Para mim isso é ótimo, afinal um verdadeiro pai não faz distinção entre seus filhos ;) 

  • Também ontem tive um agradecimento público da cantora Myrian Fox, que inspirou o post do ensaio com o Oceano. Eis sua postagem no Facebook na noite deste sábado:



  • Por fim, hoje, 25, decidi alterar o conceito de uma tag usada aqui no blog - Foto do Dia. A partir de agora, ela só será usada quando a foto publicada no post houver sido tirada naquele dia mesmo (foi esta a ideia que me levou a passar o horário de postagem para o final da tarde, lembram?). Por outro lado, pretendo usar esta denominação "Foto do Dia" ao compartilhar imagens de minha autoria nas redes sociais, ligada ou não a post aqui do blog. 

24/09/2016

Ensaio de setembro: Oceano Atlântico

Estava tudo pronto ontem para eu fazer um novo ensaio aqui em Macapá, que viria a ser o Ensaio de Setembro, quando a modelo me avisou que precisávamos cancelar, ou melhor, adiar a realização das fotos. Na hora fiquei meio sem saber o que fazer.

Mais tarde, depois que fiz o post sobre o Pau-Brasil, fiquei pensando: mas quem afinal disse que ensaio precisa ser 'estrelado' por uma pessoa? Tenho observado o aumento no interesse pelos posts de Belezas Naturais aqui no blog. Há 3 meses, essa seção era o nosso patinho feio; agora enquanto escrevo isto, ela tem 2 entre os 5 posts mais vistos esta semana (parece que o jogo virou, não é mesmo?). E para me incentivar mais, descobri esse texto do fotógrafo Edeson Souza que afirma ser o ensaio fotográfico um conjunto "de imagens que guardem coerência entre si".

Pronto, isto me animou a remelexer nos meus arquivos buscando fotos em que o Oceano Atlântico aparece com destaque. Segundo maior oceano do mundo, é o que banha o maior número de países, além de ser o mar presente em nosso litoral inteiro, 7.491 km abrangendo 2.095 praias em 17 estados - todos os do Nordeste e do Sul, mais São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo, no Sudeste, e o Amapá ao Norte. A ligação do Brasil com o Atlântico é tão forte que 11 dos estados que ele banha têm sua capital à beira-mar. Dos outros cinco, Curitiba e São Paulo se situam a menos de 100km da costa, e Porto Alegre, Belém e Macapá (por coincidência, as três cidades onde já morei) estão próximas a grandes rios navegáveis que fazem parte de bacias hidrográficas que deságuam no Atlântico. A exceção a ambas estas "regras' é Teresina, situada a 343 km do litoral. 

Localizei em meus arquivos fotos do Atlântico em dois momentos - 2013 e 2016. 

  • 2013

As fotos do mar que fiz este ano são de duas viagens. A primeira, em setembro, ao Rio de Janeiro. Foi uma breve estadia, onde fiquei hospedado em Copacabana, ocasião em que fiz esta foto onde aparece com destaque a estátua em homenagem ao poeta Carlos Drummond de Andrade (uma obra do escultor mineiro Léo Santana, inaugurada em 2002) e um trecho da praia e do mar - sim, esta foi a imagem daquela viagem em que tem "mais mar" (risos). 



Rio - setembro/13



A outra imagem de '13 é dos dias que passei em Salvador, mais precisamente na praia de Itapuã, em outubro. Uma curiosidade: das 1.500 fotos que fiz na Bahia ano passado, nenhuma é do mar, já que as praias mais próximas de onde eu estava (fiquei no Pelourinho, então essas praias eram as da Cidade Baixa) estão situadas na Baía de Todos os Santos. 


Itapuã - outubro/13


  • 2016

Na recente viagem, estive em três estados do Nordeste com praias maravilhosas - Maranhão, Paraíba e Alagoas. Algo que me surpreendeu nesta viagem, e que me parece estar bem visível nas fotos, é a diferença da cor do mar de um estado para outro - água muito clara no Maranhão, azul na Paraíba e verde quase esmeralda em Alagoas. Alguém explica?


Pescadores na Praia do Calhau
- São Luís, 30.5.16


Mar rebentando perto do muro de contenção
da Praia da Ponta d'Areia - São Luís, 30.5.16


A beleza do 'rendilhado' formado pela espuma
das águas do Atlântico - Praia do Tambaú, João Pessoa, 12.6.16



Barcos próximo à orla
- Praia da Ponta Verde, Maceió, 16.6.16


Barco navegando no crepúsculo
- Praia da Ponta Verde, Maceió, 16.6.16


Uma vagem pintada no céu?
Não, alguém praticando windsurf na Praia do Calhau

- São Luís, 7.6.16


Banhista caminha pela Praia do Calhau
- São Luís, 7.6.16


Pôr-do-sol no Calhau
- São Luís, 7.6.16


Em tempo: Quero agradecer à pessoa que, sem saber, foi decisiva para eu resolver encarar o desafio de postar um ensaio não "estrelado" por uma modelo. Falo da cantora e compositora Myrian Fox, de Macapá, que fez o seguinte post no Facebook ontem á noite:






  • Veja o video do ensaio:



Clique na imagem


23/09/2016

Belezas Naturais: Pau-Brasil


Anteontem foi Dia da Árvore e ontem iniciou a primavera, logo o tema das Belezas Naturais desta semana teria que girar em torno da nossa flora.

Coincidentemente, hoje é também o dia em que este blog completa 3 meses no ar (logo de manhã cedo, atingimos a marca de 9 mil acessos, o que dá uma média de incríveis 100 visitas/dia!).

Para marcar esta data, escolhi apresentar pra vocês estes dois exemplares de pau-brasil existentes na Praça da Bandeira, em Macapá. Desde a reforma da praça, reinaugurada em 4 de fevereiro, há placas indicando o nome de várias árvores ali existentes.

A foto que abre o post mostra o pau-brasil que fica junto à Rua Eliezer Levy, que parece ser bem mais antigo que a outra árvore fotografada, mais próxima da Rua Gen. Rondon. Esta planta apresenta as flores vermelhas que caracterizam a espécie, ausentes na outra (desconheço o motivo dessa dessincronia). As fotos foram feitas hoje ao meio-dia com a Nikon S3500.

Creio que todos saibam, mas não custa dizer: o Brasil tem este nome por causa justamente desta árvore. Entre tantas peculiaridades que temos, esta é mais uma: somos o único país com nome de árvore - e creio que o único cujo gentílico (ou seja, a palavra que designa quem nasce em um lugar) é designa um ofício: brasileiros eram, nos primórdios da colonização portuguesa, aqueles que trabalhavam na extração da madeira do pau-brasil, abundante na Mata Atlântica, do Rio Grande do Norte ao Rio de Janeiro (observem que em geral os gentílicos terminam em -ense: amapaense; ou -ano: alagoano; o único outro gentílico que me ocorre com final em -eiro é mineiro, que também inicialmente denominava uma profissão).

Esta espécie de árvore é nativa do Brasil, e recebeu este nome dos portugueses devido à sua semelhança com outra, também chamada brasil, natural da Ásia, porém mais difícil de encontrar, e valiosa por fornecer a tinta vermelha, cujos preços estavam em alta na Europa no século 16. Por esta razão, tão logo invadiu o atual Brasil em 1500, Portugal se dedicou de imediato a explorar o pau-brasil, só mais tarde ocupando efetivamente nossas terras. Nomeado símbolo nacional em 1978, o pau-brasil é atualmente considerado em perigo de extinção, o que fez com que se começasse a plantar sementes desta árvore em vários estados do país. 

22/09/2016

Saudade da Bahia!

Hoje, dia de textão no blog, eu estava pensando em fazer um artigo abordando algum aspecto do mercado profissional para fotógrafos. Mas, desculpem, toda a objetividade pretendida foi descendo num samba a Ladeira da Praça quando comecei a vasculhar meu acervo de imagens feitas na Bahia ano passado. 

(A justificativa objetiva para esse remelexo nos arquivos é um concurso promovido pela Wikipedia, que inscreve para a fase nacional até o dia 30 e dá prêmios em dinheiroooooo - além disso, os melhores da fase brasileira participam do concurso internacional. O Wiki Love Monuments foi considerado pelo Guiness Book, em 2011, o maior concurso fotográfico do mundo. Se joga!)

Minha estada em Salvador estava prevista para durar três semanas, sendo uma etapa da viagem dos 11.920 km em que buscava exibir os curtas-metragens e expor as fotos do projeto As Tias do Marabaixo. As três semanas, inclusive, foram pensadas para que eu pudesse ir a Jequié, onde já tinha agendado uma exibição dos curtas, e antes e depois de ir para lá fazer contatos na capital. Mas quando cheguei a Salvador, procedente de Palmas, já tinha uma sugestão para fazer aos amigos de Jequié: estrear lá a Oficina de Cinema Independente, cuja ideia me ocorrera exatamente durante a viagem de busão TO->BA!

A sugestão foi prontamente aceita, porém minha ida para Jequié, que devia acontecer perto do dia 15 de agosto, acabou ficando para meados de setembro. Utilizei esses 30 dias para preparar o material do curso; ao voltar do interior, decidi ficar mais um mês na capital para divulgar a nova atividade a instituições culturais de Salvador, públicas ou privadas, visando sua contratação. Desse modo, das 3 semanas previstas, minha estada na Bahia acabou durante praticamente 3 meses. 

Nem preciso dizer que foi um trimestre maravilhoso, e foi a um certo custo que peguei o ônibus rumo a Goiânia, em meados de outubro. O resultado em termos de Foto & Cinema? Ter estruturado e estreado a Oficina; expor as fotos e exibir os curtas das Tias numa sessão para estudantes na Biblioteca Pública da Bahia; dirigir e lançar um novo curta-metragem (Você é África, Você é Linda); e formar um acervo invejável com aproximadamente 1.500 fotos de Salvador, Jequié, Itaparica e Ilha dos Frades. Quase todas feitas com a intrépida Nikon S3500. 

Eu havia deixado a Canon T3i Rebel em Macapá, já que ela emperrara em maio, às vésperas da viagem. Quando vi que iria ficar um tempo beeeeem razoável em Salvador, pedi à amiga e colega Mary Paes, com quem deixara o equipamento, para me enviar a Canon. Com a câmera em mãos, acabei descobrindo uma triste verdade: embora as empresas (estrangeiras) que fabricam equipamentos fotográficos os vendam no Brasil todo, em muitos poucos lugares eles têm de fato assistência técnica autorizada. A Canon, por exemplo, só tem autorizados em São Paulo e Porto Alegre (ou ao menos era o que tinha ano passado, segundo o site deles próprios). Duas cidades só nesse país imenso!!!!

Enfim, acabei deixando a Canon aos cuidados de um técnico na Rua Chile, que me devolveu a câmera desemperrada (ou seja, ela voltara a fotografar), mas sem conseguir filmar continuamente mais que 8 segundos!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! :P 
Preferi então deixar o equipamento à venda ali na loja dele mesmo, e pouco antes de sair da Bahia me desfiz da Canon, depois de menos de dois anos (eu a adquiri em dezembro de 2013, considero um tempo muito curto de vida útil). O próprio técnico acabou me aconselhando a investir em Nikon, já que (palavras dele) "Nikon não estraga". 

Entardecer na Ladeira do Pelourinho - ago/15
Mais acima: Pôr-do-sol visto do Elevador Lacerda 
para a Baía de Todos os Santos, tendo ao fundo a ilha de Itaparica - ago/15 
(a foto parece ser em preto e branco, mas não é, repare bem! ;)

  • Dicas para quem está ou pretende ir a Salvador e quer fazer fotos em locais abertos:
  • No Pelourinho, há bastante policiamento, seja nas ruas, seja nos prédios históricos, e sempre que você ver guardas é relativamente seguro fotografar. Tome um certo cuidado se você ver um grupo de turistas com guia mas sem guardas próximos; eventualmente, grupos assim são alvo de pequenos furtos. Naturalmente, evite circular tendo expostos carteira, jóias, relógios ou objetos de valor nem deixe bolsas abertas. 
  • Você pode fotografar dentro das igrejas históricas, mas quase todas cobram taxa de visitação. Caso não queira pagá-la, você pode aproveitar horários de missa (fotografando discretamente, é claro), ou momentos culturais. A Secretaria de Cultura promove concertos eruditos nas manhãs de domingo em igrejas históricas.
  • Dentro dos museus de Salvador, não é permitido fotografar (à exceção, talvez, apenas da Fundação Casa de Jorge Amado). Você poderá fazer apenas uma foto panorâmica do ambiente, mas sem focalizar um objeto específico. 
  • Quase sem chance de erro, dá para dizer que se você ver policial perto ou outra(s) pessoa(s) fotografando, é um indício de bom lugar para fotografar. 



21/09/2016

Vídeo: Mana Manauara - Bado (RO)


Clique na imagem

Há quase um mês, em 24 de agosto, publiquei aqui um dos vídeos que gravei no show que o artista Bado, de Rondônia, fez no antigo SESC Centro (Macapá) em 28 de agosto de 2014 - falo de "Lavadeiras"

Hoje destaco aqui o outro vídeo que fiz nesse dia, o de "Mana Manauara". Assim como "Lavadeiras", trata-se de uma parceria de Bado com o poeta Binho; ambas integram o CD Aldeia de Sons, que Bado lançou em 2005 (e que você pode ouvir no blog Música do Norte).


O show de Bado encerrou a programação daquele ano do SESC Amazônia das Artes em Macapá e contou com a participação especial do paraense radicado no Amapá Enrico Di Miceli (à esquerda na foto). Esta e outras imagens foram publicadas no blog Som do Norte em 3 de setembro de 2014; o vídeo foi publicado no canal do Som do Norte no YouTube dois dias antes. 


20/09/2016

Modelo da Semana: Raiara Neves



Na volta da "Modelo da Semana", destaco hoje a beleza de Raiara Neves. Paraense moradora de Macapá, Raiara é formada em Enfermagem. 

A foto foi feita com a Canon T3i Rebel em 26 de agosto de 2014, no antigo SESC Centro (Macapá), na noite do show de Ben Charles cujo vídeo já mostramos aqui. Inclusive se você observar atentamente vai perceber Raiara dançando em certo momento do vídeo. 

Postei a foto cinco dias depois do show em meu Facebook pessoal, tendo como legenda Raiara Neves pensando: "Ah, esses paparazzi..."


19/09/2016

Belezas Culturais: Nanna Reis na MTV Belém



Em junho de 2010, dias após ir morar em Belém, fui convidado pela cantora Nanna Reis para produzir seu trabalho. Fiquei honrado com o convite, só hesitando um pouco por não ter experiência na função (afora um breve período trabalhando com o Clube do Choro de Porto Alegre, mas isso tinha sido sete anos antes). Nanna me convenceu dizendo que ela também nunca tinha sido produzida por ninguém. Foram seis meses de um rico aprendizado; posteriormente, vim a produzir outros artistas de diversos estados. Atualmente, sigo na área produzindo o trabalho da Poeta Amadio (já destaquei aqui, aliás, seu CD Bem que Podia, produzido por mim). 

Fiz a foto publicada hoje durante a entrevista que Nanna concedeu ao MTV Belém em 3 de novembro de 2010 (foi gravada à tarde e exibida à noite, com reprise na manhã do dia seguinte). Na época a MTV Brasil ainda era bastante ativa e tinha um certo percentual de programação local nas suas retransmissoras pelo país (enquanto em Porto Alegre, por exemplo, havia drops ao longo dia, em certa época apresentados pela futura atriz Tainá Müller, em Belém a VJ Carol Bambolê apresentava um programa diário com os destaques da música paraense). Quero destacar a linha editorial diferenciada do programa, evidenciada no convite que recebemos para esta participação, já que Nanna não tinha nenhum show programado para os dias seguintes, o que cada vez mais parece ser o único motivo para um profissional da música ser convidado a falar na televisão. 

Após ser entrevistada por Carol, Nanna cantou acompanhada ao violão por Elaine Valente. A instrumentista fazia parte da banda que tocava com Nanna na época, e que ajudei a montar (completavam o trio a baixista Inês Fernandes, que mais tarde adotou o nome artístico Inesita e o baterista Anderdez). Já não lembro exatamente o que Nanna cantou ao final, mas certamente eram músicas do show Brasilidade, que ela estreara em maio e que cheguei a dirigir em setembro - possivelmente canções de seu pai, Alfredo Reis, como "A Tentação" ou "Nêga" (esta, uma parceria de Alfredo com Antônio Carlos Maranhão). 


  • Atualização 25.12.19 - Neste ano, Elaine Valente lançou-se como cantora, adotando o nome artístico de Ellie Valente.

18/09/2016

A Semana nº 13

  • Esta foi uma semana de poucas postagens por aqui. Vocês lembram que eu falei que estava mandando o notebook para revisão por causa dos parafusos caindo, né? Então, a assistência informou que se manifestaria em 72h contando de segunda, 12, porém no Amapá a terça, 13, é feriado estadual, de modo que só tive o note de volta na sexta, 16.... Enfim, segue a vida. 





  • Na terça, 13, foi divulgado esse cartaz, o primeiro em que sou chamado de cineasta. O motivo é a exibição de meu curta-metragem Tia Chiquinha (2015) no 5ª Cultural Encontro de Artes Integradas no Empório Santa Oliva na quinta, 22, a partir das 19 horas. Será a primeira exibição de uma obra minha no Rio de Janeiro, e de um filme da série As Tias do Marabaixo na Região Sudeste. 

  • E hoje, domingo, 18, entrou no ar o domínio fabiogomesfotocinema.com.br, que no momento apenas encaminha para este blog. A ideia é ter em breve conteúdo diferenciado nos dois espaços, mantendo este com as atualizações diárias e o site servindo mais como uma referência institucional do meu trabalho. Aguardem as novidades! 

17/09/2016

2 anos da exposição As Tias do Marabaixo

Fotos: Prsni Nascimento -15.9.14


Na quinta, 15, completaram dois anos da abertura da exposição As Tias do Marabaixo no Amapá Garden Shopping (Macapá). A mostra reuniu 16 fotografias de minha autoria e esteve aberta ao público durante todo o horário de funcionamento do shopping, até o final do mês de setembro de 2014 - ou seja, 16 dias ininterruptos. 

É sem dúvida alguma o ponto alto até aqui da minha carreira como fotógrafo. Já defini este evento certa vez como a maior homenagem que já recebi (uma homenagem, aliás, no qual eu presto também a minha homenagem às Tias Biló, Chiquinha, Zefa, Zezé e à dona Natalina). 

Não foi a primeira exibição pública das fotos que fiz durante as filmagens das entrevistas com as Tias (realizadas em maio e junho de 2014 e filmadas pela equipe da Graphite Comunicação, que contratei). A exposição já havia sido mostrada em agosto no Barracão Dona Gertrudes do Berço do Marabaixo e na Escola Estadual Oneide Pinto Lima. Cheguei a propor à gerência de Marketing do shopping que fossem usados os banners que já estavam prontos, porém não foi difícil para Kelly Paulino, que me formulou o convite para expor, me mostrar que este material ficaria meio 'diluído' num espaço grande como os corredores do Garden. Por esse motivo, o shopping bancou o custo de novas ampliações das imagens, em papel fotográfico, sem adicionar seu logotipo ou qualquer outra coisa às fotos, e me presenteando com estas cópias ao final da mostra. Um gesto raro vindo de uma empresa, temos que convir.

Aliás, como um todo, a proposta do estabelecimento era muito além das minhas melhores expectativas - simplesmente foi criado um ambiente dentro do shopping para a exposição.  Quem chegava pela entrada principal primeiro via o cartaz (foto ao lado - a imagem escolhida apresenta Tia Chiquinha ao lado da dançadeira Laís Maciel) e mais adiante, ao final do corredor, encontrava o balcão onde posei para a foto feita pela amiga de sempre Prsni Nascimento, mais dois manequins (um adulto e um infantil) com roupas das dançadeiras do Marabaixo, cedidas por Celia Ayres, e as fotos, fixadas em cavaletes de madeira, cada uma com sua respectiva legenda, e sem nada mais que desviasse a atenção das imagens. Sobre o balcão havia ainda o livro de assinaturas dos visitantes, um manequim com uma das camisas das Tias (as camisas estavam à venda desde agosto; a princípio achei que a exposição iria impulsionar as vendas, mas só uma camisa foi vendida, e ainda assim no último dia) e os cartões-postais, outro presente que recebi do Amapá Garden. Os postais foram uma ideia da própria Kelly, que no dia da reunião onde combinamos tudo sobre a exposição, em 13 de agosto, já tinha prontos alguns modelos. No total, foram 5, que durante o período da mostra eram trocados por notas de compras dentro do shopping.


Kelly Paulino com os postais em homenagem
a Tia Zefa (à esquerda) e Natalina

Procurei estar todos os dias, ao menos por algumas horas, no shopping durante o período da exposição. Recebi a visita de algumas escolas e de duas turmas da Unifap (a Universidade Federal do Amapá, localizada exatamente em frente ao Garden), das professoras Piedade Lino Videira (autora de um importante livro sobre o Marabaixo, lançado em 2009: Marabaixo, dança afrodescendente: significando a identidade étnica do negro amapaense) e Iris Moraes. Várias equipes de reportagem também estiveram no local, seja me entrevistando, seja captando imagens. 

Porém nenhuma visita foi mais importante do que a de três das próprias homenageadas. Tia Zezé esteve presente na abertura (foto acima).

Posteriormente, também foram conferir a exposição as famílias de Tia Zefa e Natalina. 

Josefa Ramos e Tia Zefa - visita à exposição 
em 21.9.14 (Foto: Fabio Gomes)

Natalina apreciando o postal com  sua foto
- 28.9.14 (Foto: Fabio Gomes)


Após o final desta exposição, as fotos encomendadas pelo Garden não foram mais exibidas publicamente. Nas mostras seguintes - tanto aqui em Macapá, na Fortaleza de São José de Macapá e nas escolas estaduais Cecilia Pinto e Raimunda Virgolino, além da Unifap e do Centro Cultural Tia Biló; quanto na itinerância por Tocantins, Bahia e Rondônia -, os visitantes tiveram contato com os banners originais, que têm a vantagem de já terem impressa junto a cada imagem a sua respectiva legenda. 

Tenho certeza que a realização desta exposição, em especial nesse momento em que eu recém acabara de filmar as entrevistas, foi fundamental para a grande repercussão que o projeto As Tias do Marabaixo ganhou junto à sociedade macapaense, gerando mais adiante desdobramentos como o lançamento de uma série de cinco curtas-metragens, em 2015, já exibidos no Amapá, Tocantins, Bahia, Rondônia e Pará (além de mostrados parcialmente em emissoras de televisão do Amapá e do Pará) e o projeto do livro com uma seleção de fotos que fiz de festas de Marabaixo de 2013 até 2016. Estou trabalhando na finalização do livro; a edição propriamente dita depende da captação de valores, mas acredito que ele possa ser lançado até o próximo ano. O projeto será concluído com o lançamento do documentário de longa-metragem, que irá contar com material captado entre 2012 e 2016. Devido ao custo de finalização de um longa ser bastante elevado, não há como estimar no momento uma data para o lançamento deste filme. 


16/09/2016

Belezas Naturais: Calçadas coloridas pelos jambeiros

Ao voltar para Macapá, na semana passada, após 4 meses fora, um aroma me chamava a atenção por onde eu ia. A princípio, criado que fui em Bento Gonçalves (RS), julguei que fosse cheiro...de uva! (risos), porém não demorei a me dar conta do absurdo....

Uma breve caminhada pelas ruas centrais logo me levou à conclusão correta: era o aroma do jambo, cuja época acontece justamente agora, me levando a tuitar isto no sábado, 10:



Como ainda não existe uma forma de gravar cheiros (que falha, hein Humanidade!), resolvi postar para ilustrar este momento uma foto que fiz logo que cheguei a Macapá para minha primeira temporada prolongada (4 meses e 4 dias), em maio de 2013. A foto integra o álbum intitulado Belezas Naturais: Jambeiros Vermelhos, Calçadas Rosas, disponível na minha página profissional no Facebook. 



11/09/2016

A Semana nº 12

  • Na segunda, 5, o blog atingiu 5.000 visitas desde que entrou no ar em junho. A marca foi atingida por volta das 3h da manhã. Fico feliz em ver que o volume de acessos vem se mantendo alto - basta dizer que, hoje, menos de uma semana depois, o total de visitas já é de 6.295! 




  • Na quinta, 8, depois de uma breve pausa nas postagens devido ao final da viagem (retornando de Cuiabá via Brasília), fiz o primeiro post no blog já de volta à Região Norte (de volta eu, né, porque o blog 'nasceu' nordestino, em Maceió). O textão de reestreia fez um balanço da viagem recém-finda: 10.049 km pelo Brasil. A partir do retorno a Macapá, tenho optado por fazer o(s) post(s) diário(s) no final da tarde, e não pela manhã, como vinha sendo a norma ao longo desses quase três meses. A ideia é aumentar a possibilidade de publicar fotos feitas no próprio dia. O que você acha da mudança? Que horário seria melhor? Opinem :) 

  • Falando em pausa, mal saímos de uma e já entramos em outra.... Explico: apesar de eu ter mandado meu notebook para uma revisão em junho, quando me encontrava em São Luís - onde constatei que alguns parafusos dele estavam se soltando -, adivinhem o que está acontecendo? Sim, OS PARAFUSOS CONTINUAM SE SOLTANDO :P ... Então nada melhor que aproveitar esse momento de retorno à base para resolver isso, se possível de vez né (a assistência técnica da loja onde comprei o note prometeu soldar os parafusos para que eles não mais se soltem. Oremos!). Enfim, voltaremos a blogar assim que possível! 

Hasta la vista, babys!


Eu por Sergio Malcher




Sergio Malcher é um fotógrafo autônomo, natural e residente em Belém, que se dedica a registrar a vida cultural da capital do Pará. Até onde sei, não possui site ou blog próprios, veiculando assim sua produção no Instagram e no Facebook, desde 2011, pelo menos (aqui, o link dos álbuns de fotos de sua página pessoal; vários deles são álbuns públicos). Muitas vezes, inclusive, utilizei fotos suas para ilustrar resenhas de shows publicadas no Som do Norte.

Atuando na mesma área, com gostos musicais semelhantes, era frequente nos encontrarmos em shows e eventos no período em que morei em Belém (2010-14). Em algumas dessas ocasiões, Sergio me brindou com um registro de seu olhar. 

Escolhi para hoje esta foto feita em 13 de outubro de 2012, um sábado, dia de Arrastão do Círio (um dos cortejos promovidos pelo Arraial do Pavulagem - que já destaquei como Beleza Cultural aqui no blog -, no caso este é durante o Círio de Nazaré, tendo iniciado em 2000). O Arrastão saiu da Praça dos Estivadores, em frente à Estação das Docas, depois de concentrar na escadinha do início da av. Presidente Vargas (local que sempre será representativo para mim, pois foi exatamente no trecho da Baía do Guajará junto à escadinha que, em maio, eu espargira as cinzas de minha mãe, falecida em janeiro). O cortejo seguiu por diversas ruas do Centro Velho de Belém em direção à Praça do Carmo.

Confesso que, devido ao calor daquela manhã, eu e mais alguns amigos atalhamos, não seguindo a procissão toda, já nos dirigimos à praça, onde o cortejo chegou perto do meio-dia, tendo início o show do Arraial, mais os convidados - Lia Sophia, Luê, Nanna Reis, Mário Mousinho e Arthur Espíndola. Uma roda de carimbó homenageou Mestre Cupijó, falecido no mês anterior. 

É possível notar, ao fundo da foto, as tradicionais fitas dos promesseiros do Círio, que também já destacamos aqui no blog


10/09/2016

Coisas do Mundo: Frase no muro em Macapá



A foto de hoje parece um meme, ou uma montagem, mas é uma foto mesmo. A imagem foi feita no final da tarde de 17 de junho de 2015. Essa frase ainda está nesse mesmo lugar, um muro da rua General Rondon, quase esquina com a av. Cora de Carvalho, no centro de Macapá. 

Os retângulos que vemos são a sombra, projetada na parede (parecendo até parte da pintura), das placas indicando o nome das ruas. 

No mesmo dia, postei a foto como capa do meu Facebook pessoal, com a legenda hilariantes, inclusive


09/09/2016

Belezas Naturais: Praça Floriano Peixoto (Macapá)

Quando voltei da viagem dos 11.920 km, ano passado (leia sobre ela aqui), encontrei várias praças da área central de Macapá em reforma. Ao fim da minha mais recente viagem, a dos 10.049 km, apenas uma daquelas praças segue em obras, a Floriano Peixoto, justamente a que eu considero a mais linda da cidade. Creio ter havido algum atraso na reforma, afinal as obras já haviam iniciado antes de novembro de 2015 e ainda não foram concluídas (embora nessa reportagem do G1 Amapá, publicada em abril, a prefeitura prometesse a entrega da praça reformada em junho deste ano).

Uma coisa que me preocupa em relação às obras previstas para a praça é citada quase ao final do texto da jornalista Jéssica Alves linkado acima: a "retirada de árvores". Espero que isso se atenha ao que for estritamente necessário, afinal é justamente a vegetação exuberante que dá uma beleza toda especial a esse recanto do centro da cidade.

A foto de hoje é, naturalmente, de antes da reforma: foi feita em 18 de abril de 2015, creio que ainda com a Canon T3i Rebel (seria, portanto, uma das últimas antes de ela pifar de vez. Foi uma bela despedida, convenhamos).





08/09/2016

10.049 km pelo Brasil

Movimento captado pela janela do furgão
na passagem por Arapiraca-AL -  13.7.16


Em novembro passado, publiquei um texto com titulo semelhante ao deste (foi o 11.920 km pelo Brasil), relatando a viagem que eu fizera por Pará, Tocantins, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas divulgando os curtas e a exposição de fotos do projeto As Tias do Marabaixo. Consegui exibir os filmes em três desses estados, e expor as fotos em dois, além de criar a Oficina de Cinema Independente (e por criar entendam ter a ideia, organizar o conteúdo, vender e realizar a primeira edição, filmar um curta durante a Oficina e lançá-lo no YouTube, tudo isso ainda durante a viagem!). Também aproveitei para apresentar meus projetos culturais (e também os de artistas que represento) a Secretarias de Cultura municipais e estaduais e a unidades da rede SESC (este aspecto já não posso considerar bem-sucedido, pois nos 10 meses que se seguiram à viagem nenhuma das entidades que visitei entrou em contato, nem ao menos para dizer que receberam meu e-mail e estariam "analisando" as propostas - risos. Vivemos uma época sem disfarces). 

A viagem deste ano foi menos épica, pode-se dizer, embora a princípio seus planos fossem mais ambiciosos do que os de 2015. Este ano o roteiro não foi definido por mim, e sim traçado pelas inscrições que recebi entre fevereiro e abril durante o lançamento da Campanha #VamosSonharJuntos, visando levantar fundos para a edição do livro de fotos d'As Tias do Marabaixo. A princípio, eu iria para 30 cidades em 16 estados, totalizando quatro regiões brasileiras (apenas do Sul ninguém se manifestou). Digo a princípio porque eu sabia que em casos assim é comum ter alguma desistência. O que eu não esperava é que fossem tantas, e praticamente em sequência! Isso até já contei num texto publicado no blog Cinema Independente na Estrada, intitulado Ajustando o Rumo, então me limito aqui a dizer que, após fazer o último ensaio em Macapá em 7 de maio, apenas no começo de agosto, já em Rondonópolis (Mato Grosso), é que voltei a fazer ensaios da campanha. Fui até o Pará, Maranhão, Paraíba e Alagoas sem que nenhuma das pessoas inscritas tenha feito o ensaio ou ao menos me comunicado previamente da desistência (ou, no caso, da impossibilidade) de cumprir com o combinado. Não é preciso ser um Nobel de Economia para concluir que se as despesas continuam mesmo com inexistência de receita, não se poderá chegar a um bom resultado financeiro. 

Enfim, em Alagoas resolvi suspender a viagem, aguardando o momento de ir para Mato Grosso participar de um evento e realizar ensaios na capital e no interior - de toda essa programação, o único item que se confirmou foi o ensaio com a modelo Bruna Xavier, em Rondonópolis (que você já pôde ver aqui como Modelo da Semana e também no Ensaio de Agosto). 

Mesmo que o objetivo principal da viagem - financiar a edição do livro - não tenha sido atingido, de modo algum creio que deva lamentar esse novo "rolezão". Vejamos:

1) Em Belém, ministrei a segunda Oficina de Cinema Independente; 

2) Em São Luís, fui entrevistado por uma equipe da TV UFMA para um documentário sobre os 100 anos do Samba (contados a partir do lançamento de "Pelo Telefone"); também irão participar do doc figuras do porte de Paulinho da Viola e Beth Carvalho;

3) Ainda em São Luís, encomendei e recebi meu primeiro equipamento fotográfico adquirido via internet, a nova câmera Nikon L330; 

4) Já em Maceió, pude enfim lançar esse blog, uma ideia que tive em São Luís - e que, como já contei aqui e aqui, vinha de certa forma perseguindo há algum tempo.

Além disso, mais como uma curiosidade & satisfação pessoal, agora são apenas dois Estados do Brasil onde ainda não estive: Rio Grande do Norte e Espírito Santo (já que estamos desviando para curiosidades, acrescento que, dos 25 estados que conheço, em apenas um não estive na capital: Sergipe). 

Enfim, de volta a Macapá, onde cheguei hoje, vou ainda atender algumas inscrições feitas para a Campanha aqui no começo do ano, e no mais é seguir a vida, buscando outras alternativas para a edição do livro. Sim, ele será publicado, embora agora eu não tenha como precisar uma data para isto. De todo modo, já na segunda-feira retomo o trabalho de edição da obra. 


04/09/2016

A Semana nº 11

  • Na quarta, 31 de agosto, perto do meio-dia o blog atingiu a marca de 4.000 acessos desde que entrou no ar. 
  • Quarta aliás marcou o início de três dias com recordes de acessos por aqui. Ainda no último dia de agosto, superamos a marca anterior de 213 visitas (estabelecido em 6 de agosto) - e superamos com folga, foram 242 acessos no dia 31 - o que inclusive não aguentei esperar o domingo e já revelei no textão Vivendo, fotografando e aprendendo, no dia seguinte. A marca foi quase igualada na quinta, 1, com 241 visualizações de nossos conteúdos. Já na sexta, 2, nada menos que 252 pessoas folhearam nossos álbuns online, como mostra o print abaixo. :D




Algo que me chama a atenção nesse aumento do fluxo de pessoas por aqui é que não há, como era comum nos meus blogs anteriores, concentração de interesse em apenas um ou outro post. Ao contrário, pelas estatísticas fornecidas pelo Blogger é fácil perceber que este (novo?) público acaba se interessando em visitar a imensa maioria dos 81 posts que estavam no ar até o sábado, 3. O que, pensando em termos de quem produz e veicula este conteúdo, é muito mais interessante, pois mostra que o trabalho como um todo é válido, e não apenas este ou aquele post. A todos que dedicam uma parte de seu dia para conferir este humilde blog, o meu mais sincero agradecimento! 

  • O textão da quinta também inaugurou uma nova prática aqui no blog: a postagem de fotos feitas com o meu modestíssimo celular LG Quad Chip, fotos estas que já tiro com o aplicativo do Facebook aberto, pois do contrário, se salvar no cartão do próprio celular, não consigo nem passar para o notebook nem enviar por e-mail (ou seja, a foto nasce e morre no celular). Como a resolução desse celular não é nenhuma maravilha, eu demorei muito pra me permitir divulgar esse material aqui, mas vi que o único cuidado mesmo é não publicar a foto em tamanho maior que o 'médio', acima disso já haveria distorção. Dito isso, vamos a outra foto-do-celular, a despedida de Cuiabá: um face-capacho existente no hostel onde estou. A foto foi feita na sexta, 2.




  • Eu falei despedida de Cuiabá? SIM, este post é o último que faço na atual temporada no Mato Grosso. As postagens serão retomadas na quinta, 8, já em Macapá
#PartiuAmazonia