29/06/2019

Arquivo 2013: Feriado fora do eixo em Macapá


Macapá - Ontem, feriado do Dia do Trabalhador, a Casa Fora do Eixo Amapá desenvolveu duas programações gratuitas. Em sua nova sede, no bairro do Beirol (zona sul da capital), houve shows com as bandas Heloim e Mysterial (foto).

No sábado que passou, 27 de abril, a Mysterial tocara no Liberdade ao Rock, anunciando a despedida de sua vocalista Vanessa Rafaelly, que está de viagem marcada para Curitiba, onde vai se aperfeiçoar em Música. Mas o show de ontem é que representa de fato a despedida. Foi uma performance curta e insana, como geralmente são os shows de heavy metal. O set list alternou músicas em inglês e português, e o vocal de Vanessa foi do lírico ao gutural, entusiasmando o (pouco) público presente, que bateu cabeça a valer. 

Não cheguei a acompanhar o show da Heloim, pois nessa hora ainda estava participando da sessão de cinema que acontece todas as quartas, 18h, no Conjunto Habitacional Mucajá, próximo à Casa Fora do Eixo. A foto do cartaz que anunciava o evento dava bem a ideia do que se passa - o filme é projetado, a partir de um notebook, na parede de um dos prédios do conjunto, reunindo um público majoritariamente mirim: a faixa de idade dos espectadores ontem variava entre 2 a 14 anos, se tanto. Isso é que é formação de plateia!

Alguns levam cadeiras de casa, outros vêem da janela, a maioria senta no meio-fio e curte. Pra quem quiser fazer um lanche, há próximo uma carrocinha vendendo pastel e suco (tudo por R$ 1!). Nem o breve corte de luz (que durou pouco mais de um minuto) esfriou o entusiasmo da galera. 

O programa de ontem incluiu um clipe de rap, uma edição do TV Juventude explicando a origem do nome da Orla Santa Inês, um curta sobre o bairro macapaense Novo Horizonte (curiosamente, na hora em que foi anunciado que se explicaria o porquê do nome, foi mostrado uma história sobre uma vaca que apareceu um dia boiando no lago do bairro, o que levou o lugar a ser conhecido por muito tempo como Lago da Vaca...) e, ao final, o longa O Filho de Rambow, recentemente exibido (24 de abril) também no Clube de Cinema. Este longa eu não cheguei a ver, pois foi a hora em que me dirigi à Casa Fora do Eixo para acompanhar o show da Mysterial. 

Ah, sim: na hora em que foi exibido o filme sobre o bairro Novo Horizonte, foi feita uma votação e a gurizada presente em peso votou pela realização de um filme sobre o Mucajá. Aguardemos! 

  • Making-off do texto - Publicado no blog Jornalismo Cultural em 2.5.13. 



Vídeo: Vida de Fotógrafo 1

Vídeo gravado para o IGTV em Belém (PA), em 8.6.19, no qual conto a abordagem que recebi, em meio a um ensaio com uma modelo, por parte de alguém que se dizia representante de uma revista estrangeira. Seria mesmo? Confira! '




Clique na imagem

28/06/2019

Arquivo 2013: Lançamento da Mixtureba Comix 3


Macapá - Aconteceu na noite da terça, 30 de abril, no Centro Cultural Franco-Amapaense, o lançamento da terceira edição da revista Mixtureba Comix, uma iniciativa do Coletivo AP Quadrinhos. Como bem lembrou a jornalista cultural Mary Paes (com o microfone, ao lado da mesa, na foto acima), o Coletivo nasceu de um encontro de quadrinhos realizado em janeiro de 2012, quando se constatou que havia vários roteiristas e desenhistas querendo mostrar seus trabalhos, e aí se partiu pra ação. "Não ficamos esperando que algo caísse do céu, corremos atrás e fizemos", falou Mary, e só posso louvar a iniciativa. De fato, ficar esperando (e, pior, ainda reclamando) é uma postura muito cômoda!

É claro que não basta decidir fazer, tem que se pensar na viabilidade. A edição lançada terça, que comemora um ano do primeiro número, é recém a nº 3 - ou seja, a periodicidade tem sido quadrimestral, enquanto a intenção inicial era que fosse mensal ou no máximo bimestral. A referência ao aniversário aparece na capa, na qual os heróis Capitão Açaí (presente em todas as edições) e Cute Girl (que estreou neste número) se engalfinham para pegar o único pedaço de bolo que sobrou (enquanto isso, um quadrinho no canto esquerdo pede mais 12 anos para a revista. Assim esperamos!). Mas também chama a atenção que não há um único anúncio numa publicação de 48 páginas. Ou seja, até agora o Coletivo tem bancando a produção do próprio bolso. O que mostra realmente o heroísmo da iniciativa. 


Cada autor falou um pouco sobre a batalha que é ser quadrinista independente no Amapá, e ao final aconteceu uma sessão de autógrafos, ao som da banda Nova Ordem. 


  • Making-off do texto - Publicado no blog Jornalismo Cultural em 2.5.13. Primeiro evento que cobri em Macapá após chegar para passar a primeira temporada longa por lá (que durou 4 meses e 4 dias). Acabaria me mudando para a cidade no ano seguinte. 

25/06/2019

Arquivo 2013: Ocupação Antônio Nóbrega decepciona


São Paulo - Visitei há pouco, no Itaú Cultural, a exposição Ocupação Antônio Nóbrega, que inaugurou no dia 4 e encerra em 19 de maio. Tinha uma boa expectativa, devido às boas mostras que acompanho no Itaú há cerca de 10 anos - o espaço é um destino obrigatório para mim em qualquer visita a São Paulo. Também me animava a boa tradição da série Ocupação - apesar do nome que acho horroroso, afinal ocupação remete a invasão, a alguém tomar algo que não é seu, mas enfim... Como em tantas iniciativas culturais neste país, o nome é horroroso mas a realização costuma ser ótima. No ano passado, precisei vir em dois dias para dar conta da imensidão de (bom) material exposto na Ocupação Angeli.

Desta vez, porém, a exposição não está à altura da tradição da série. A mostra sobre o artista pernambucano radicado em São Paulo simplesmente põe lado a lado figurinos, adereços, instrumentos, fotos, cartazes, sem informação alguma sobre o que se trata cada peça - como se pode ver nestas fotos que fiz na visita. Além disso, é uma mostra que você pode ver em cerca de 10 minutos, pois consiste de um pequeno túnel em formato de U invertido, que leva a uma sala onde - aí sim - está o ponto verdadeiramente interessante da Ocupação: uma sala de exibição de filmes.  



Hoje sendo sexta, está passando em exibição contínua uma filmagem na íntegra de uma apresentação no SESC Pinheiros, em 2010, da aula-espetáculo Naturalmente ou Teoria e Jogo de uma Dança Brasileira. No espetáculo, Nóbrega fala da vontade que teve de codificar uma dança brasileira a partir dos elementos comuns entre as mais diversas manifestações populares, que ele divide em batuques, cortejos e espetáculos. Não se espere, porém, que ao final ele vá propor algo que fosse um 'esperanto' da dança nacional. A ideia, em realidade, é um pretexto para um belo passeio pelos nossos diversos ritmos, tanto com músicas brasileiras (como "Simplicidade", de Jacob do Bandolim) quanto estrangeiras ("Smile", de Charles Chaplin). Aliás, um reparo a fazer ao vídeo, produzido pelo SESC, é a não-identificação das músicas executadas. No mais, o próprio nome do espetáculo já dá uma mostra de como a obra de Nóbrega é uma síntese das influências as mais diversas - "Naturalmente" é um tema de Dominguinhos, enquanto "Teoria e Jogo" vem do título de uma conferência - Teoría y juego del duende - apresentada pelo poeta espanhol Federico García Lorca em 1933.

  • Making-off do texto - Publicado no blog Jornalismo Cultural em 19.4.13, durante minha breve passagem por São Paulo, onde eu fora cobrir o show da cantora Luê e conversar com alunos da PUC-SP sobre Jornalismo Cultural. Desde então não mais retornei a São Paulo (!!!!).

  • As fotos foram feitas com celular.

24/06/2019

A Semana nº 84

  • No domingo, 23, este blog completou 3 anos no ar. Até o momento, são 79.978 acessos, o que significa que o acesso 80 mil deve acontecer nas próximas horas, já que só nas últimas 24h foram 22 visitas. O volume de acessos hoje é bem distante dos primeiros meses: o recorde foi em novembro de 2016, com 7.613 visitas!! Agora em maio, foram apenas 415. De todo modo, considero que vale a pena manter um blog, nem que seja pela liberdade editorial, num período em que as redes sociais estão cada vez mais tolhendo o que você pode postar. Não podemos abrir mão da liberdade! 

  • O post mais visitado da semana foi postado hoje mesmo, segunda, 24: a estreia aqui no blog das antologias das Modelos para Você Enaltecer, trazendo os destaques de dezembro. Veja aqui. 

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ESTATÍSTICAS DO MEU INSTAGRAM

  • Estou com 2562 seguidores, 5 a mais que na semana anterior (10 a 16.6). Meu perfil recebeu 211 visitas na semana de 17 a 23.6, sendo 42 na segunda 17 e 17 na sexta 21. 

  • 10.166 contas me descobriram na semana, sendo 3 mil na segunda e 1,2 mil tanto na quinta 20 quanto na sexta. 

  • Publiquei 69 conteúdos na semana, 33 a menos que na anterior. A foto mais vista foi esta do ensaio com Daniele Rodrigues, postada na quarta 19 e vista 277 vezes desde então. 




  • Novidades em relação à localização do meu público: pela primeira vez, Maceió aparece na primeira colocação, junto com Belém e Macapá, todas com 14%. No quarto lugar, São Paulo volta a ter 6% e Murici-AL retorna à quinta posição, com 2%. Mundialmente, o Brasil lidera como sempre com 92%; os Estados Unidos retornam ao ranking, com 1%, e Albânia, Nigéria e Índia figuram com menos de 1% cada. 

  • As mulheres seguem predominando com 70%, com empate nas faixas etárias de 18 a 24 anos e de 25 a 34, ambas com 36%. No geral, a faixa de 25 a 34 lidera com 37%, e entre os homens a mesma faixa com 41%. 

  • Tive 1,7 mil seguidores online em todos os dias da semana, menos do domingo 23 (foram 1,6 mil). As maiores concentrações foram de segunda a quarta e ainda na sexta. 


21/06/2019

Arquivo 2007: Vandalismo contra estátua de Drummond em Porto Alegre


NOTA: Antes de iniciar a republicação de textos antigos meus com fotos de minha autoria ou sobre Fotografia aqui no blog, eu tive uma seção também chamada Arquivo no blog Jornalismo Cultural, em 2013. Porém, diferentemente de agora, há 6 anos a seção se resumiu ao post que reproduzo abaixo (risos). Estou reunindo esta parcela da minha produção aqui porque em breve o blog Jornalismo Cultural sairá do ar. O texto foi publicado em 16.1.13, durante breve temporada minha na capital gaúcha, e trouxe a íntegra de uma nota publicada no antigo site Jornalismo Cultural em 2007. 


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Foto: Fabio Gomes

Porto Alegre - A foto acima foi tirada por mim (num celular, não reparem) na tarde desta terça, 15 de janeiro, e mostra a estátua de autoria de Xico Stockinger que representa os poetas Carlos Drummond de Andrade e Mario Quintana e que fica na Praça da Alfândega, na capital gaúcha. Quando do ataque à estátua de Noel Rosa, no Rio de Janeiro, na semana passada, os noticiários lembraram que outra imagem alvo de constantes ataques é a de Drummond, que fica na praia de Copacabana, da qual sempre são arrancados os óculos. Será por isto que, em sua obra, Stockinger representou Drummond e Quintana sem óculos? Não sei.

De todo modo, acredito ser esta uma boa ocasião para iniciar aqui no blog a republicação de notas que ficavam na capa do antigo site Jornalismo Cultural entre 2007 e 2008, e que depois eram agrupadas na página de Arquivo (que ainda existe, você pode ler tudo em http://jornalismocultural.com.br/arquivo.html). A nota abaixo fala do único ataque que tenho conhecimento contra a referida estátua de Stockinger, artista austríaco radicado em Porto Alegre, que faleceu em 2009, a quatro meses de completar 90 anos. A Feira do Livro mencionada acontece anualmente na praça desde 1955, da última semana de outubro ao final da primeira quinzena de novembro.

Ah, sim, meses depois, talvez já em 2008, passei pela praça após a restauração da obra, comandada pelo próprio Stockinger, e verifiquei que o livro estava bem preso (tentei puxar, de leve, algumas pessoas em volta esboçaram um vago protesto, mas no fim tudo acabou bem :) 

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Vandalismo contra estátua de Drummond em Porto Alegre

Algum vândalo atacou nesta semana a estátua que simboliza Carlos Drummond de Andrade vindo trazer um livro a Mario Quintana; a obra em bronze é de autoria de Xico Stockinger e fica numa das vias da Praça da Alfândega, no Centro de Porto Alegre. Talvez o ataque já tivesse acontecido antes, e só tenha sido notado agora porque a praça está sendo preparada para a Feira do Livro.

O dano efetivo à obra de Stockinger foi a retirada do livro das mãos de Drummond. Estive na praça na manhã desta quinta, 18, verificando que a peça de bronze era presa apenas por dois pinos de encaixe, um no punho esquerdo, outro no indicador direito de Drummond; não há qualquer sinal de violência, tudo indica que o autor do furto não precisou fazer força. Em parte, isso é bom, pois torna fácil a reposição da peça subtraída. Sugiro que ao menos se procure fixar de modo mais eficaz o novo livro, já que seria utópico imaginar que se possa contar com uma atenção especial da segurança pública para uma obra de arte. 

(19.10.2007)



17/06/2019

A Semana nº 83



  • O post mais visto do blog na semana foi publicado na quarta, 12: uma foto do ex-governador Leonel Brizola que fiz em 2001, junto a um texto de 2004: Leonel Brizola, o criador do Sambódromo. Consolida-se assim a seção "Arquivo" como a que tem gerado maior interesse no blog. 

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ESTATÍSTICAS DO MEU INSTAGRAM

  • Estou com 2558 seguidores, 14 a mais do que na semana anterior (3 a 9.6). Meu perfil recebeu 177 visitas na semana de 10 a 16.6, sendo 35 no sábado 15 e 18 na quarta 12. Uma boa explicação para a mudança é que voltei a anunciar para fora do Pará na sexta. 

  • Meu perfil foi descoberto por 6.657 contas nesta semana, sendo 2,9 mil no sábado e 147 na quarta.

  • Publiquei 107 conteúdos na semana, 60 a mais que na anterior. A publicação mais vista foi esta foto da modelo Suzan Arraes, feita ano passado, que entrou no ar no sábado e já foi vista 264 vezes. 



  • Meu público segue concentrado em Belém e Macapá (ambas com 14%), seguidas por Maceió (13%) , São Paulo (que caiu um ponto, para 5%) e Rio de Janeiro (2%). Mundialmente o Brasil lidera com 92%, seguido de Argentina, Panamá, Irã e Itália (menos de 1% cada). 

  • As mulheres são 70% do meu público, predominando as faixas etárias de 18 a 24 anos e de 25 a 34, ambas com 36%. A faixa de 25 a 34 também predomina entre o público em geral (38%) e entre os homens (43%). 

  • Tive 1,7 mil seguidores online em todos os dias da semana, exceto o domingo 16 (foram 1,6 mil). A maior concentração foi de segunda 10 a sexta 14. 

  • Voltei a anunciar nacionalmente, então os resultados do Gerenciador de Anúncios do Facebook já espelham uma realidade mais diversificada. O horário de maior resposta aos meus anúncios é às 22h (7,74%), seguido das 21h (7,12%). Os estados que mais interagem com meus anúncios são: a Bahia (12,81%), o Pará (11,17%), a Paraíba (11,06%), Pernambuco (10,69%) e Alagoas (9,08%).

12/06/2019

Arquivo 2004: Leonel Brizola, o criador do Sambódromo



O ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, falecido na segunda, 21, será sempre lembrado como o líder da Campanha da Legalidade (que em 1961 garantiu a posse de João Goulart como presidente) e como um grande incentivador da educação. Ele também ficará na história do carnaval carioca, como o responsável pela construção do Sambódromo.

De acordo com Sérgio Cabral, em seu livro As Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lumiar, 1996), a idéia do Sambódromo surgiu em 1983, para solucionar um impasse que vinha se arrastando, com a queixa da sociedade em relação ao monta-desmonta das arquibancadas, que deixava a Marquês de Sapucaí livre para o trânsito apenas 4 meses por ano. Após cogitações de realizar o desfile na Av. Presidente Vargas ou no Maracanã (!!!), Brizola anunciou em 11 de setembro que o desfile seria mesmo na Sapucaí, após a construção no local da Passarela do Samba - nome que em seguida o povo esqueceu, para consagrar o espaço como Sambódromo. As obras, supervisionadas pelo filho do governador, João Otávio Brizola, iniciaram em seguida, ficando prontas às vésperas do carnaval.

O desfile de 1984, o primeiro a ser realizado no Sambódromo, foi o único em que se cumpriu a finalidade social da obra projetada por Oscar Niemeyer. O espaço sob as arquibancadas, destinado a que a população carente pudesse assistir ao desfile, a partir de 1985 foi ocupado por mesas e cadeiras, vendidas por preços maiores que os dos lugares de arquibancada, só perdendo para o custo dos camarotes (felizmente, o espaço dos camarotes seguiu sendo aproveitado por 210 salas de aula fora do período de desfiles).

A obra foi muito criticada. O carnavalesco Fernando Pamplona questionou a decisão do secretário de Cultura, Darcy Ribeiro, de não querer decorar o Sambódromo, contrariando uma tradição do carnaval e indo contra concurso da Riotur para decoração com resultado já anunciado. O diretor de harmonia da Beija-Flor, Laíla, viu como negativa a distância entre os sambistas e os espectadores das arquibancadas, esfriando o desfile. O Jornal do Brasil questionava a origem dos recursos para o projeto - o próprio João Otávio admitiu à Última Hora o estouro do orçamento: a previsão inicial era de 5 bilhões de cruzeiros, mas o Sambódromo custou 24 bilhões.

Criticado ou não, Brizola agiu em relação a este assunto, guardadas as devidas proporções, de forma semelhante à Legalidade: identificou uma dificuldade, imaginou o melhor modo de resolvê-la e fez. Seu Sambódromo mudou o carnaval do Rio de Janeiro e inspirou obras semelhantes em São Paulo, Porto Alegre e Belo Horizonte.

  • Making-off do texto - Texto publicado no Mistura & Manda do site Brasileirinho em 28.6.2004, uma semana após o falecimento de Leonel Brizola, e republicado no blog Jornalismo Cultural em 25.8.18 a propósito do aniversário de 57 anos do Movimento da Legalidade. Em 25.8.61, o presidente Jânio Quadros renunciou e os ministros militares se opuseram à posse do vice-presidente eleito, João Goulart. Brizola organizou a resistência da sociedade civil a partir de Porto Alegre, garantindo a posse de Goulart no dia 7 de setembro.

  • A foto que ilustra o post, mostrando Leonel Brizola nos estúdios da Rádio Guaíba (Porto Alegre), é inédita e foi feita quando o ex-governador esteve no RS para a comemoração dos 40 anos da Legalidade, em agosto de 2001. Brizola participou do programa Espaço Aberto, comandado por Armando Burd (à direita). Vemos também à esquerda o radialista Fernando Veroneze. Em 2001 o dia 25 de agosto caiu num sábado, então como o programa ia ao ar de segunda a sexta, a foto ou é do dia 24 (sexta, o mais provável) ou 27 (segunda). Foi a única vez que vi Brizola vivo.

  • A Guaíba tinha um estúdio na esquina das ruas Caldas Júnior com Andradas, visível da rua através de um vidro (o que no jargão de rádio se chama "aquário"). Tirei a foto com minha Zenit de filme, aproximando a objetiva o máximo possível do vidro, de modo a reduzir o reflexo. Creio ter obtido um bom resultado ao captar esta imagem. 

  • Posteriormente, estive no velório de Brizola, no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho, na noite de 23 de junho de 2004. O ex-governador foi velado entre a tarde deste dia e a tarde do dia seguinte, seguindo então seu corpo para ser sepultado em São Borja (RS).

10/06/2019

A Semana nº 82

  • Novamente o post mais visto da semana aqui no blog saiu do Arquivo: publiquei na sexta, 7, fotos que fiz da estátua em homenagem a Elis Regina em Porto Alegre, há 6 anos, junto com um relato sobre a polêmica de onde a escultura deveria ser fixada. Leia leia leia.

  • No sábado, 8, estreei no IGTV o quadro "Vida de Fotógrafo", onde vou compartilhar com vocês histórias acontecidas comigo nesses 28 anos (!) fotografando. Na estreia, o dia em que a modelo que posava para mim e eu fomos abordados por um representante da mídia internacional (ririri). Assista clicando aqui.

  • E hoje, segunda, 10, pela manhã, postei a primeira 'antologia' das Modelos para Você Enaltecer no IGTV, resultado de uma enquete que fiz há algum tempo no Instagram com as seguidoras votando em rever as fotos das modelos em outra plataforma. Nesta primeira leva, foram incluídas as fotos de minha autoria publicadas na revista eletrônica em dezembro. 

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ESTATÍSTICAS DO MEU INSTAGRAM

  • Estou com 2542 seguidores, 2 a mais do que na semana anterior (de 27.5 a 2.6). Meu perfil recebeu 141 visitas na semana de 3 a 9.6, sendo 32 no sábado 8 e 14 tanto na terça 4 quanto na quarta 5.

  • Meu perfil foi descoberto por 459 contas nesta semana, sendo 213 no domingo 9 e 52 na terça. 

  • Publiquei 43 conteúdos na semana, 23 a menos que na anterior. A publicação mais vista no feed é um vídeo-gambiarra postado no domingo e que já acumula 262 visualizações. E por que gambiarra? Porque eu subi um vídeo no sábado (a estreia do 'Vida de Fotógrafo', citada acima) direto pelo celular e fiquei surpreso ao ver que desta forma não gerava a famosa prévia para o feed e a TL. Fiz então minha própria prévia, porque sou desses (risos). 

  • As cidades onde meu público se concentra seguem sendo Belém e Macapá, ambas com 14%, seguidas por Maceió (13%), São Paulo (6%) e Murici-AL (2%). Em termos mundiais, o Brasil lidera com 92%, seguido por Argentina, Nigéria, Índia e Irã, todos com menos de 1% cada. 

  • 70% do meu público é feminino, e destas as faixas etárias predominantes são as de 18 a 24 anos e de 25 a 34 anos, ambas com 36%. No público em geral, predomina a faixa de 25 a 34 (38%), o mesmo que entre os homens (42%). 

  • Tive 1,7 mil seguidores online em todos os dias da semana, com maior concentração na segunda 3, na terça, na sexta 7 e no sábado 8. 

  • Como estou anunciando no momento apenas para o Pará, logicamente o Gerenciador de Anúncios do Facebook aponta este estado como origem de 100% das interações aos meus anúncios. Desde o dia 1.6, o horário onde as interações predominam são as 20h (8,38%), seguido das 18h (7,26%).  

07/06/2019

Arquivo 2013: Elis Regina: quem vê estátua não vê polêmica

Porto Alegre - Quem vê hoje a estátua de Elis Regina junto à Usina do Gasômetro, no centro da capital, não imagina a polêmica que envolveu a instalação do monumento. Abordei o tema em duas notas publicadas no Mistura e Manda do site Brasileirinho.

A primeira saiu no Mistura nº131, de 6 de março de 2006:

"Monumento a Elis Regina

Recebemos na segunda, 6, release da Câmara Municipal de Porto Alegre, dando conta de foi aprovada por unanimidade projeto da vereadora Clênia Maranhão para a criação de um monumento em homenagem à cantora Elis Regina. De acordo com o texto assinado pela jornalista Rejane Silva, "Será uma escultura de Elis, como se estivesse cantando, integrada a um fundo feito em concreto e com o seu nome em alto relevo". O local será ainda definido pela Prefeitura.

A homenagem com certeza é mais do que merecida, afinal é vergonhoso constatar o pouco que existe em Porto Alegre lembrando sua ilustre filha, a maior cantora do Brasil: além do Acervo Elis Regina, na Casa de Cultura Mário Quintana (CCMQ), há apenas o nome de dois espaços em centros culturais (a própria CCMQ e Usina do Gasômetro) e uma placa na Vila do IAPI, seu segundo e último endereço porto-alegrense.

Agora, o que me causa espanto é um dos itens do projeto ora aprovado: "A obra será doada pela iniciativa privada, por recursos de captação com base na Lei de Incentivo à Cultura (LIC)". Não sei se deveria me espantar, afinal, de uns tempos pra cá é assim que as coisas têm funcionado na área cultural no Brasil. Mas não consigo achar natural o ente público criar coisas que só vão existir se pagas por entidades privadas. Se não houver interesse publicitário de empresas colocarem sua marca junto ao monumento, Elis seguirá sem homenagem na cidade onde nasceu. Triste."

Fotos: Fabio Gomes - 10.01.13


O projeto acabou encontrando uma empresa interessada, como vamos ver na segunda nota, saída no Mistura nº 180, de 16 de março de 2008:


"Onde vai ficar a estátua de Elis Regina?

Uma estátua em homenagem a Elis Regina está pronta desde a metade de 2006, mas não foi inaugurada até agora por falta de acordo quanto ao local onde ela deva ficar. A questão foi debatida numa reunião no Salão Nobre da Presidência da Câmara Municipal de Porto Alegre, na tarde da quarta, 12.

De um lado, a Companhia Zaffari, que doa o monumento à cidade, quer que ele seja instalado junto à Usina do Gasômetro, no Centro. De outro, moradores do bairro do IAPI, zona Norte da Capital, onde a cantora morou dos 7 aos 18 anos, lembram que já houve uma votação popular que, por maioria absoluta, decidiu pela instalação no IAPI.

- Qual a identificação de Elis com a Usina? - questiona Marisa Ramos, amiga de infância de Elis. Marisa mantém contato com a mãe de Elis, dona Ercy Carvalho Costa, que mora em São Paulo, e diz que dona Ercy também quer a estátua no IAPI.

O argumento apresentado pela Cia. Zaffari para que se prefira a Usina não resiste a uma análise mais detida. O publicitário Luiz Coronel, que representou a empresa, alegou o temor do vandalismo; a secretária-adjunta municipal da Secretaria Municipal da Cultura (SMC), Ana Fagundes, acrescentou que a opção primeira do prefeito José Fogaça era mesmo pelo IAPI, mas observou que "há mais de 200 monumentos e bustos necessitando de restauração devido ao vandalismo". Aos antigos vizinhos da maior cantora do país, ofereceu-se a possibilidade de instalar no local um busto de Elis, obra em bronze do escultor russo Iuri Petrov.

Enfim, o tema segue em discussão; a Associação dos Moradores da Vila dos Industriários (Amovi) deverá promover um debate nos próximos dias para examinar a questão.

Modestamente, quero contribuir para o debate com as seguintes observações:

1 - O vandalismo a monumentos não começou agora; já existia igualmente em 2006, e não pareceu então ser impecilho para que se propusesse a construção do monumento.

2 - Quantos dos "200 monumentos e bustos necessitando de restauração devido ao vandalismo" estavam no IAPI? Até onde sei, a maioria dos monumentos depredados em Porto Alegre localiza-se na área central.

3 - Se não havia intenção de cumprir o decidido na votação que definiu pela instalação no IAPI (ou, por outra, se o local já estava decidido de saída), por que se colocou a questão em votação?

4 - O que leva o Zaffari e a SMC a acreditar que a estátua de Elis no IAPI poderia ser depredada, e o busto feito por Petrov não?????"

** Resumo da ópera: a estátua ficou mesmo na Usina, e desconheço se o busto oferecido ao IAPI foi mesmo instalado. Ah, sim, obviamente todas as perguntas que fiz ficaram sem respostas...

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  • Making-off do texto - Creio que o artigo em si seja bastante autoe-explicativo (risos). Publicado no blog Jornalismo Cultural em 17.1.13, durante o mês que passei em Porto Alegre -  mesma ocasião em que fiz as fotos do post, com celular. As perguntas do final seguem sem resposta.