Macapá - Aconteceu na noite da terça, 30 de abril, no Centro Cultural Franco-Amapaense, o lançamento da terceira edição da revista Mixtureba Comix, uma iniciativa do Coletivo AP Quadrinhos. Como bem lembrou a jornalista cultural Mary Paes (com o microfone, ao lado da mesa, na foto acima), o Coletivo nasceu de um encontro de quadrinhos realizado em janeiro de 2012, quando se constatou que havia vários roteiristas e desenhistas querendo mostrar seus trabalhos, e aí se partiu pra ação. "Não ficamos esperando que algo caísse do céu, corremos atrás e fizemos", falou Mary, e só posso louvar a iniciativa. De fato, ficar esperando (e, pior, ainda reclamando) é uma postura muito cômoda!
É claro que não basta decidir fazer, tem que se pensar na viabilidade. A edição lançada terça, que comemora um ano do primeiro número, é recém a nº 3 - ou seja, a periodicidade tem sido quadrimestral, enquanto a intenção inicial era que fosse mensal ou no máximo bimestral. A referência ao aniversário aparece na capa, na qual os heróis Capitão Açaí (presente em todas as edições) e Cute Girl (que estreou neste número) se engalfinham para pegar o único pedaço de bolo que sobrou (enquanto isso, um quadrinho no canto esquerdo pede mais 12 anos para a revista. Assim esperamos!). Mas também chama a atenção que não há um único anúncio numa publicação de 48 páginas. Ou seja, até agora o Coletivo tem bancando a produção do próprio bolso. O que mostra realmente o heroísmo da iniciativa.
Cada autor falou um pouco sobre a batalha que é ser quadrinista independente no Amapá, e ao final aconteceu uma sessão de autógrafos, ao som da banda Nova Ordem.
- Making-off do texto - Publicado no blog Jornalismo Cultural em 2.5.13. Primeiro evento que cobri em Macapá após chegar para passar a primeira temporada longa por lá (que durou 4 meses e 4 dias). Acabaria me mudando para a cidade no ano seguinte.
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