31/08/2017

Preservar o ambiente por inteiro

Uma conhecida piada sobre ecologia diz que se não salvarmos logo o meio ambiente, em breve teremos que nos preocupar em salvar o ambiente inteiro. Pra variar, esta é mais uma das tantas vezes em que, brincando, dizemos uma coisa muito séria.  

Digo isto porque desde o último dia 23, data da edição do decreto presidencial extinguindo a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), tenho visto muita desinformação circulando a respeito dos efeitos que a medida pode acarretar. O grau de desinformação não diminuiu com a edição de novo decreto, no dia 28, definindo as regras para a exploração mineral na área da antiga Renca, na divisa do Pará com o Amapá, em plena Amazônia. A maior das desinformações é dizer que o decreto do dia 28 anulava o anterior, quando na verdade ele mantém a extinção da reserva. 

Maior floresta tropical do planeta, a Amazônia está ameaçada pelo recente decreto presidencial que libera a mineração junto a áreas de proteção ambiental e terras indígenasAssine a petição da Avaaz e impeça que a floresta Amazônica vire um deserto!

Em defesa de uma medida que já nasceu indefensável, o presidente Michel Temer e seus poucos apoiadores têm dito que a mineração na área da antiga Renca não interfere nas reservas ambientais e indígenas vizinhas. A afirmação só pode ser atribuída a desinformação ou má fé. Uma atividade como a mineração exige o deslocamento de maquinários pesados, o que naturalmente será feito por terra, passando forçosamente pelas áreas de proteção ambiental e terras indígenas próximas.

Tudo isto fica mais evidente se lembrarmos que a Renca havia sido instituída em 1984, pouco tempo depois da verdadeira "corrida do ouro" acontecida em Serra Pelada, no Pará, e em como a mineração degradou ambientalmente toda aquela região. Além de máquinas, podemos esperar o afluxo de um numeroso contingente de pessoas, seja para trabalhar para as empresas mineradoras, seja para prestar serviços para estes trabalhadores e empregadores. Eventualmente, estas pessoas poderão acessar as áreas de proteção ambiental e as reservas indígenas, acelerando o desmatamento e modificando o modo de vida daquelas populações originárias. Percebem então como tudo está interligado e a extinção da reserva mineral não é algo tão "inocente" assim?




Ilustrando o post, duas fotos que fiz com o celular do pôr-do-sol no Rio Madeira, em Porto Velho, em 8 de novembro de 2015 e que eu só tinha publicado em meu Facebook pessoal. Na segunda foto, posicionei o celular atrás de um óculos de sol, o que me levou a escrever "com filtro" na legenda da publicação.


30/08/2017

Vídeo: O passeio da preguiça


Clique na imagem


Prosseguindo com a semana especial de publicações valorizando a Amazônia, trago hoje este vídeo inédito que gravei em 17 de novembro de 2015 em uma ilha do Rio Negro, nas proximidades de Manaus. Nele, vemos um bicho-preguiça passeando pelo chão da ilha, perto de crianças (o pé descalço de uma delas é visto ao final do vídeo). Estas crianças costumam brincar com a preguiça, sempre que ela desce da árvore onde permanece a maior parte do tempo e da qual só se afasta um dia por semana. 

Esta mesma preguiça já foi vista aqui no blog em um post da série Belezas Naturais, em 29 de julho do ano passado. 

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29/08/2017

Modelo da Semana: Leandrah Britto (2)


Dando sequência à nossa semana em homenagem à Amazônia, trago hoje nova foto de Leandrah Britto, atriz e produtora cultural amapaense que já foi nossa Modelo da Semana em 12 de julho do ano passado. A foto é do ensaio que fizemos em 16 de março daquele ano. 

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A Semana nº 37

  • Na quarta, 23, publiquei no Som do Norte o artigo "O Marabaixo no Amazonas", ilustrado com fotos que fiz do livro O Sahiré e o Marabaixo, do antropólogo Nunes Pereira, que tem o único relato de festas de Marabaixo fora do Amapá. 

  • Na sexta, 25, o Cine Tamoio Festival anunciou os 111 (!) filmes selecionados para a sua 2ª edição, que acontece em São Gonçalo (RJ) de 18 a 22 de setembro. Entre os escolhidos, está o meu oitavo curta-metragem, Visitando os Tukano-Dessana, ainda inédito (mesmo na internet, devido a exigências de regulamentos de outros festivais). É a segunda vez que um filme de minha autoria será apresentado no Estado do Rio, e o primeiro festival competitivo para o qual sou selecionado. Filmei o curta em 2015 numa aldeia indígena em uma ilha do Rio Negro, próximo a Manaus, e editei o material em abril deste ano, quando me encontrava em Belém. 



  • E ontem, segunda, 28, este blog registrou um expressivo número de visitas - 311 no total, sendo 251 apenas da França (!), certamente em torno das 17h, quando tivemos um pico de 232 acessos - agora a França passou a ser o 3º país que mais visita o blog, logo após o campeão Estados Unidos e o vice Brasil. O post mais lido foi o Belezas Culturais com Patrícia Bastos, publicado ontem mesmo com 23 visualizações. O volume foi expressivo, mas ainda não bateu o recorde de acessos ao blog, estabelecido em 20 de setembro de 2016: 497 acessos em um único dia. 

28/08/2017

Belezas Culturais: Patrícia Bastos

Esta semana será toda de fotos que fiz na Amazônia, como forma de divulgar a importância da região, ameaçada pelo recente decreto presidencial que libera a mineração junto a áreas de proteção ambiental e terras indígenas (falei sobre isto aqui). Assine a petição da Avaaz e impeça que a floresta Amazônica vire um deserto!

Para Beleza Cultural da semana, escolhi esta foto do show Zulusa, que a cantora amapaense Patrícia Bastos apresentou em 3 de agosto de 2014 em frente à Casa do Artesão de Macapá, a poucos metros do Rio Amazonas, para o qual ela apontava na hora em que cliquei. Leia a resenha do show no Som do Norte.




  • Atualização: A cantora Patrícia Bastos curtiu esta foto tão logo eu a postei no Instagram, e dois minutos após comentou:

  • "Linda lembrança e para que continuemos a ter orgulho de morarmos na beira do Rio mais belo eu assino #TemerTireasmãodaNossaFloresta


26/08/2017

Coisas do Mundo: Canindé do São Francisco

Nesta semana, dois fatos vieram de algum modo lembrar o quanto o ser humano é minúsculo diante do planeta Terra e do próprio Universo. O primeiro foi o eclipse solar total da segunda, 21. O outro foi, na quarta, 23, o decreto presidencial que extingue uma reserva mineral que abrange parte dos estados do Pará e do Amapá, abrindo a região para exploração de garimpo ilegal e pondo em risco reservas ambientais e áreas indígenas. 

Não foi exatamente pensando nisto que postei na quinta, 24, no Instagram esta foto feita no Cânion do Xingó, em Canindé do São Francisco (SE), em 13 de julho de 2016. Ao selecionar imagens para me inscrever em um edital de Fotografia, me deparei com esta tradução visual do que falei acima. 


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25/08/2017

Belezas Naturais: Corais da Ponta Verde

Confesso que, mesmo após quase 100 dias em Maceió, somando-se aí meus períodos do ano passado e deste, ainda não sei porque a Ponta Verde tem este nome. Suponho, porém, que seja em função destes corais que continuamente se vêem sobre a areia (em geral no "lado Jatiúca" da praia), dando a impressão, olhando-se de longe, de que teria crescido grama na areia (!). 

Esta foto foi feita no "lado Pajuçara" da praia, perto do pequeno mirante próximo à enseada da Ponta Verde e da estátua de Graciliano Ramos, em 17 de agosto. 



24/08/2017

Quem tira as fotos das suas férias?

A pergunta do título causou espanto a você? Sempre foi você mesmo e/ou alguém de sua família que tirou as próprias fotos nas férias, e contratar alguém para fazer isso nunca lhe passou pela cabeça? Certamente não terá sido espanto maior do que senti hoje ao ler o artigo assinado apenas como "Da Redação" e publicado na seção "Dicas de Fotografia" do site iPhoto Channel: A nova moda de contratar fotógrafos profissionais para acompanhar turistas.

Fiquei espantado sim, por pelo menos dois motivos. O primeiro é por ver um site de uma editora de livros didáticos sobre Fotografia chamar de "moda" uma possibilidade de trabalho para nós fotógrafos - a rigor, os potenciais clientes da empresa que publicou a matéria! Soa como se o tema abordado fosse uma excentricidade qualquer. O segundo motivo para espanto é que o mesmíssimo site iPhoto publicou, há pouco mais de um mês (21 de julho) artigo assinado por Cid Costa Neto intitulado Uma empresa que proporciona fotógrafos particulares para a sua viagem - vamos relevar que daquela feita o artigo tenha saído na seção "Curiosidades"... 

Inclusive relendo o artigo de Costa Neto encontrei mais um motivo para espanto em relação ao texto de hoje - o site El Camino, tema do texto de julho, foi solenemente ignorado na matéria de hoje. Passa a impressão que a redação não lê/consulta o próprio site!


Uma publicação compartilhada por Fabio Gomes Foto & Cinema (@fabiogomes.fotocinema) em


Bem, apesar do caráter de curiosidade/excentricidade/moda que o site da iPhoto queira passar, este é um caminho, sim, para fotógrafos profissionais em todo o mundo, e há alguns sites que já estão investindo em ser uma ponte entre viajantes e fotógrafos. Além do El Camino (que aqui na América do Sul atua apenas na Colômbia) e do Flytographer (mencionado hoje pela iPhoto e que tem apenas duas brasileiras, do Rio de Janeiro, credenciadas), há ainda o ShotMyTravel (algo como Fotografe minha viagem), que tem brasileiros credenciados em Belo Horizonte, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo. Vale citar também o WeClickYou, com fotógrafos cadastrados em 17 cidades do Brasil. Uma iniciativa nacional, o site Panggea, entrou no ar em julho para captar fotógrafos interessados em se cadastrar. Cheguei a mandar meu material, porém no momento a página se encontra fora do ar.

Estou certo de que estamos falando de uma tendência/vertente de mercado e não de uma "modinha" passageira - tanto que, no meu novo cartão de visita, o primeiro serviço que menciono é a fotografia de passeios. Aliás, um dos meus objetivos ao mudar para Maceió foi justamente este - prestar este serviço ao crescente e contínuo fluxo de turistas que visitam a capital alagoana o ano inteiro.



Evidentemente que tenho consciência de que há quem queira tirar as fotos das próprias férias e não vê porque gastar com isso. Tudo bem, não é porque muita gente prefere cozinhar em casa que os restaurantes irão fechar as portas, não é? Sempre haverá aquelas pessoas que querem ter como recordações fotos de boa qualidade, em que todos da família apareçam (o membro da família que faz as fotos sempre fica de fora das imagens) e também sem ter que se virar com o difícil equilíbrio do pau-de-selfie (responsável por muitas imagens tortas que você vê no Instagram).

Para se ter uma ideia do potencial deste mercado, logo na semana que cheguei a Maceió - antes portanto de fazer qualquer anúncio dos meus serviços -, quando ainda estava num hostel, fui contratado por um rapaz que se hospedou no mesmo quarto que eu para tirar fotos suas na praia da Ponta Verde, imagens estas que ele logo postou no Facebook. Nos hotéis onde tenho deixado meu cartão, costumo escutar que os hóspedes sempre perguntam por fotógrafos locais, mas que, fora eu, nenhum deles tem o costume de deixar contato nos hotéis. Pra encerrar, relembro aqui trecho do texto sobre o incrível Um dia na praia em Maceió:
Aproveitei para fazer uma rara imagem do letreiro [Eu amo Maceió] sem ninguém, e nisso um casal com um bebê chegou e pediu para eu fotografá-los com o celular deles. Missão dada, missão cumprida! 


21/08/2017

Belezas Culturais: Imagem de São Francisco



Junto a uma escarpa (ou falésia) esculpida pela Natureza junto ao Rio São Francisco (na altura dos cânions existentes junto à hidrelétrica de Xingó, no município sergipano de Canindé do São Francisco), alguém colocou esta imagem de São Francisco, esculpida pelo ser humano.

Fiz a foto durante passeio turístico pelos cânions, em 13 de julho do ano passado. A visita já rendeu também este post


19/08/2017

Feliz Dia Mundial da Fotografia!


Em 1839, neste dia 19 de agosto, um evento no Instituto da França, em Paris, anunciava ao mundo uma nova invenção: a Fotografia, através do processo do daguerreótipo, uma criação conjunta dos franceses Joseph Nicèphore Niépce (falecido em 1833) e Louis-Jacques Mandé Daguerre. Em função disto, na data de hoje se comemora o Dia Mundial da Fotografia (se alguém souber quando a comemoração foi instituída, me avise nos comentários, não consegui descobrir).

Há exatamente um ano, para marcar a data, postei no blog esta imagem da Lagoa da Jansen.

E hoje trago esta imagem que digo apenas que a fiz na Praia da Ponta Verde, em Maceió, na quinta, 17. No mais, a imagem fala por si.

=)




18/08/2017

Belezas Naturais: Arco-íris completo



Na sexta, 11, fotografei este arco-íris completo sobre o bairro da Jatiúca, em Maceió. A cor refletida na nuvem sobre o prédio já indica que o fenômeno aconteceu perto do pôr-do-sol, por volta das 17h. 

Digo completo porque, por todos os outros que eu vi e/ou registrei em Belém e Macapá (principalmente nesta, onde a ocorrência do fenômeno é incrivelmente alta, embora eu nunca tenha visto ninguém além de mim falar sobre isto) eram sempre parciais, sempre iniciando à esquerda e indo até o "meio do céu", digamos. Mesmo os duplos eram assim. 

Lembro de arco-íris completos, antes deste, apenas em Porto Alegre (de onde saí em 2010), onde o fenômeno é tão raro a ponto de que toda vez que um aparecia no céu isto era destacado em alguma chamada na capa do Correio do Povo do dia seguinte (não como manchete principal, mas em algum cantinho da primeira página ia constar, com certeza). 

  • O que foi isto? - Já ontem, mais ou menos no mesmo horário, vi este incomum fenômeno, semelhante a um arco-íris, sobre o mar, na praia da Ponta Verde. Seria um arco-íris completo mas que teria nuvens encobrindo parcialmente sua visão por quem estivesse na praia? Jamais saberemos. Mas nem sempre saber é importante para apreciar, não é? =) 




16/08/2017

Vídeo: 53 Revolução Cultural Mutum



Em julho de 2015, estive em Taquaruçu, distrito de Palmas, Tocantins, cobrindo o Mutum - 1ª Mostra de Música Instrumental e Cultura Popular do Tocantins. A viagem rendeu uma resenha do evento, publicada no Som do Norte, e uma entrevista que concedi ao programa de TV Revolução Cultural, que vai ao ar aos domingos pela TV Assembleia (o canal da Assembleia Legislativa do Tocantins na TV a cabo).

Me pediram para falar de dois temas: minhas impressões sobre o Mutum (o que aparece no vídeo acima, de 3:18 a 4:51) e meu projeto As Tias do Marabaixo - trecho que acabou de fora da edição final. O programa foi ao ar em 2 de agosto de 2015; possivelmente a entrevista comigo tenha sido gravada em 12 de julho, o dia final do evento.

Também participam do programa o produtor cultural Diego Britto, idealizador do Mutum, e a quilombola Elais Rodrigues da Silva, da comunidade Barra da Aroeira (Santa Tereza do Tocantins)


11/08/2017

Belezas Naturais: Ilha dos Frades

Uma publicação compartilhada por Fabio Gomes Foto & Cinema (@fabiogomes.fotocinema) em


Fiz essa foto durante um passeio turístico que me levou de Salvador à Ilha dos Frades e em seguida a Itaparica, em 3 de outubro de 2015.

Esta ilha faz parte do município de Salvador, estando no centro da Baía de Todos os Santos.

Na minha cabeça, a ilha sempre se chamou "do Frade" pois é assim, no singular, que Gilberto Gil a menciona em "Ladeira da Preguiça", gravada por Elis Regina em 1973 e pelo próprio Gil no mesmo ano, vindo a ser o dueto dos dois artistas no projeto Phono 73 (ouça).

Formenteira é uma ilha
Onde se chega de barco, mãe
Que nem lá
Na Ilha do Medo
Que nem lá
Na Ilha do Frade
Que nem lá
Na Ilha de Maré
Que nem lá
Salina das Margaridas


10/08/2017

"Tudo is$o por uma foto?"

Agora pela manhã estive num atelier de moda aqui em Maceió, que havia me encomendado fotos publicitárias com modelo. Não tendo chegado a um acerto, quando eu já estava quase saindo, a gerente do local quis saber quanto eu cobraria para fotografar um vestido em um manequim do estabelecimento. Pensei um pouco e falei: Cinquenta reais

Não preciso dizer, né, que a gerente arregalou os olhos e retrucou: Nossa, eu achei que daria no máximo 10 reais... Aí falei que no mínimo eu teria que ir ao atelier duas vezes: uma com minha câmera, com as pilhas carregadas, para fazer a foto - aliás, só uma não, no mínimo eu faria umas 10, é dificílimo você fazer só uma foto e ela sair divina-perfeita-maravilhosa (claro que não é impossível), depois disso retornaria à minha casa para editar as fotos; e voltaria ao atelier com a(s) melhor(es) foto(s) editada(s) em CD. Em resumo, eu não estaria cobrando pelo produto fotografia, e sim pelo meu serviço prestado (leia mais sobre fotografia ser produto ou serviço aqui). Além disso, há a questão de a foto solicitada estar sendo feita sob encomenda para fins publicitários - dificilmente em propaganda é dado o crédito ao fotógrafo, que além disso fica impedido de utilizar essa foto para outros fins. Tudo isso influi no valor. 




Sem dúvida este é um dos temas mais controversos quando se fala em viver de fotografia. Raramente, aliás, pensamos em termos de quanto custa uma foto?, esta é em geral uma dúvida trazida pelos clientes - em parte, um resquício do tempo da fotografia de filme, como mencionei no texto linkado acima, e que só me parece fazer sentido se o cliente quiser comprar uma foto do meu acervo (o que jamais me aconteceu, todos querem fotos feitas especialmente). Claro que já no tempo da foto de filme havia profissionais que cobravam a chamada "saída" (ou seja, as horas que o profissional estará dedicando ao cliente), mas a praxe na época era a venda das fotos reveladas e impressas. A etapa da edição, que hoje cabe ao fotógrafo, não existia; em seu lugar, havia a revelação do negativo, que já não há, e que cabia ao laboratório. Ou seja, por melhor que seja a digitalização da Fotografia, é fato que hoje o fotógrafo tem mais trabalho do que tinha no modelo anterior. E tudo influi no valor. 


Como os clientes querem fotos feitas especialmente, seja o registro de um passeio em família, seja o anúncio de sua loja, o que acaba acontecendo é que cada fotógrafo tem uma tabela de valores de referência, que são adaptados ao que cada cliente especificamente quer (eu, ao menos, trabalho assim). E, logicamente, há os chamados pacotes, que são uma oferta que o profissional faz de determinadas condições por um valor X, ao qual o cliente pode (ou não) aderir - exemplo: o meu pacote de ensaio fotográfico



O quanto cobrar é de fato um equilíbrio bem sutil: por um lado, precisa cobrir a dedicação que o profissional terá (incluindo seu material, seu tempo e seu conhecimento), por outro, precisa ser acessível ao cliente. E aí podemos citar a frase final [SPOILER!] do filme Hitch - Conselheiro Amoroso: "Regra nº 1: Não há regras" [FIM DO SPOILER]. Vejo, em sites, blogs e cursos online, recomendações para que o fotógrafo liste tudo que o seu trabalho envolve, incluindo tabelas para calcular a depreciação do material, mais uma espécie de fundo para renovação do material de trabalho etc etc, chegando-se a um valor X que deve ser dividido pelo número de trabalhos que o profissional espera fazer no mês, chegando-se então ao valor que ele deveria cobrar a cada trabalho.

Penso que aí reside a fragilidade desse cálculo: é impossível você saber quantos trabalhos serão encomendados ao longo do mês - e se você tem vários pacotes, impossível prever quantos serão solicitados de cada modalidade, fora a terrível-mas-real possibilidade de não aparecer encomenda alguma. Vou dar um exemplo que, creio, demonstra como essa linha de raciocínio amparada no número presumido de encomendas é frágil. Digamos que você apurou que seu custo mensal é de R$ 2.000,00, então se você espera ter 4 encomendas, pode cobrar R$ 500,00. Porém o mês avança e lá pro final você consegue só 2. Aí vai fazer o quê? Cobrar R$ 1.000,00 de cada cliente? 



* Fotos feitas ontem na praia de Cruz das Almas, Maceió


08/08/2017

Coisas do Mundo: Banco com mensagem

Ontem postei no Instagram essa foto (que compartilho hoje aqui, usando este recurso pela primeira vez =) 

A imagem foi feita na praia da Ponta Verde, aqui em Maceió, no dia 28 de julho. É uma área da praia com muitos coqueiros (ao fundo se vê parte de vários troncos), e onde estão alguns bancos. Este, voltado para a avenida Álvaro Otacílio, foi grafitado com esta mensagem - um raro caso de banco de praça com algum dizer (eu ao menos nunca vi nenhum, fora é claro bancos com algum anúncio, o que não é o caso deste).  


05/08/2017

Eu por Carla Pereira


Esse divertido registro foi feito por minha amiga Carla Pereira em um shopping center de Manaus, em 18 de novembro de 2015, durante minha breve passagem pela cidade. 

Postei a imagem no dia seguinte em meu Facebook pessoal, com a seguinte legenda:
Sabe aquelas pessoas que não páram de fotografar um minuto sequer? Então.... 

04/08/2017

Belezas Naturais: Paisagem em verdes e azuis



Como é que a mesma água pode ter tantos tons de azuis e verdes diferentes tão pertos uns do outros? Não sei explicar, só apreciar - e trazer para a apreciação de vocês =)

Fiz esta foto na praia da Ponta Verde, aqui em Maceió, no dia 24 de julho.


03/08/2017

Belezas Culturais: Mayara Braga


Hoje quem está de aniversário - ou, como se diz no Norte, de berço - é a cantora amapaense Mayara Braga. A esta pessoa linda, com um talento incrível, os nossos parabéns!

Fiz a foto acima em 7 de agosto de 2014, no Museu Sacaca (Macapá), quando Mayara apresentou seu show Encontro dentro da série Fim de Tarde no Museu, que o local promovia todas as quintas-feiras desde 2012 e que acabou meses depois (infelizmente). Este mesmo show já rendeu o vídeo que produzi a partir de fotos de Letícia Paixão dançando tango (com a inesperada participação de Mayara) e que já postei aqui no blog. 

Foi a primeira vez que algum artista me chamou para fazer o registro oficial de um show, o que muito me honrou, só tenho a agradecer à confiança que Mayara depositou em mim. Fizemos posteriormente alguns outros trabalhos, mas este eu considero especialmente marcante.

A própria Mayara chegou a usar a foto acima na divulgação de outro show seu, realizado meses depois no SESC Centro, dentro da série Projeto Botequim