Uma conhecida piada sobre ecologia diz que se não salvarmos logo o meio ambiente, em breve teremos que nos preocupar em salvar o ambiente inteiro. Pra variar, esta é mais uma das tantas vezes em que, brincando, dizemos uma coisa muito séria.
Digo isto porque desde o último dia 23, data da edição do decreto presidencial extinguindo a Reserva Nacional do Cobre e Associados (Renca), tenho visto muita desinformação circulando a respeito dos efeitos que a medida pode acarretar. O grau de desinformação não diminuiu com a edição de novo decreto, no dia 28, definindo as regras para a exploração mineral na área da antiga Renca, na divisa do Pará com o Amapá, em plena Amazônia. A maior das desinformações é dizer que o decreto do dia 28 anulava o anterior, quando na verdade ele mantém a extinção da reserva.
Maior floresta tropical do planeta, a Amazônia está ameaçada pelo recente decreto presidencial que libera a mineração junto a áreas de proteção ambiental e terras indígenas. Assine a petição da Avaaz e impeça que a floresta Amazônica vire um deserto!
Em defesa de uma medida que já nasceu indefensável, o presidente Michel Temer e seus poucos apoiadores têm dito que a mineração na área da antiga Renca não interfere nas reservas ambientais e indígenas vizinhas. A afirmação só pode ser atribuída a desinformação ou má fé. Uma atividade como a mineração exige o deslocamento de maquinários pesados, o que naturalmente será feito por terra, passando forçosamente pelas áreas de proteção ambiental e terras indígenas próximas.
Tudo isto fica mais evidente se lembrarmos que a Renca havia sido instituída em 1984, pouco tempo depois da verdadeira "corrida do ouro" acontecida em Serra Pelada, no Pará, e em como a mineração degradou ambientalmente toda aquela região. Além de máquinas, podemos esperar o afluxo de um numeroso contingente de pessoas, seja para trabalhar para as empresas mineradoras, seja para prestar serviços para estes trabalhadores e empregadores. Eventualmente, estas pessoas poderão acessar as áreas de proteção ambiental e as reservas indígenas, acelerando o desmatamento e modificando o modo de vida daquelas populações originárias. Percebem então como tudo está interligado e a extinção da reserva mineral não é algo tão "inocente" assim?
Tudo isto fica mais evidente se lembrarmos que a Renca havia sido instituída em 1984, pouco tempo depois da verdadeira "corrida do ouro" acontecida em Serra Pelada, no Pará, e em como a mineração degradou ambientalmente toda aquela região. Além de máquinas, podemos esperar o afluxo de um numeroso contingente de pessoas, seja para trabalhar para as empresas mineradoras, seja para prestar serviços para estes trabalhadores e empregadores. Eventualmente, estas pessoas poderão acessar as áreas de proteção ambiental e as reservas indígenas, acelerando o desmatamento e modificando o modo de vida daquelas populações originárias. Percebem então como tudo está interligado e a extinção da reserva mineral não é algo tão "inocente" assim?
Ilustrando o post, duas fotos que fiz com o celular do pôr-do-sol no Rio Madeira, em Porto Velho, em 8 de novembro de 2015 e que eu só tinha publicado em meu Facebook pessoal. Na segunda foto, posicionei o celular atrás de um óculos de sol, o que me levou a escrever "com filtro" na legenda da publicação.
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