30/11/2017

Um ano no Instagram

No domingo, 26, fez um ano que criei minha conta no Instagram. Abaixo, um print do meu perfil de quatro dias atrás. De lá pra cá, publiquei mais duas fotos e ganhei mais 10 seguidores. Meu número de seguidos caiu, para 7.500. 






Na verdade, embora eventualmente chegue a 7.501 ou 7.502, parece que o limite de pessoas que você pode seguir no 'Insta' é mesmo 7.500, embora eu nunca tenha lido isso em lugar nenhum. Ao menos foi após atingir esta cifra que não tenho conseguido seguir novas contas. Se alguém souber como resolver isto (ou mesmo se não há solução), por favor me avise. 

Em texto que publiquei aqui em julho sobre divulgação de trabalho fotográfico, falei de como o Instagram é de longe o site onde meu trabalho fotográfico consegue atingir mais gente, ao passo que no Facebook quem mais interage são meus amigos, e o blog tem uma audiência pequena (porém fiel - risos). Não há muito o que acrescentar ao que disse naquele artigo há 4 meses - inclusive continuo sem conseguir acessar o Direct :/ ... 
É uma pena que a abertura do Instagram para outras plataformas que não smartphones ou tablets não veio acompanhada dos mesmos serviços colocados à disposição de quem tem o acesso móvel. 

Ainda para mostrar como o Instagram de fato domina seu mercado, quero contar que um dia antes de completar meu "instaversário" (risos) mandei mensagem a uma grande modelo asiática, para que ela me indicasse sites confiáveis que conectem fotógrafos com modelos, já que eu estava desistindo de vez de usar o Model Mahyem (desativei novamente minha conta lá, e desta vez creio que não retorne). Ela me respondeu:

Agora eu uso apenas Facebook, Instagram e Purple Port

De fato, na categoria o Purple Port me parece o melhor site. A lamentar, apenas, que haja poucos profissionais de fora da Europa por lá (predominam as contas britânicas). Mas quem sabe isso possa mudar, não é? Para quem tem curiosidade, convido a clicar neste link para conhecer o "PP", como o chamamos na intimidade. 

27/11/2017

Belezas Culturais: Estátua de Mãe Preta



Na praça 13 de Maio, bairro do Poço, em Maceió, existe uma estátua em homenagem à Mãe Preta. 

O pedestal do monumento tem uma placa com a seguinte inscrição:

Os maceioenses à Mãe Preta pelo muito que devemos a ela.

13 - 05 -1968

Administração Divaldo Suruagy

(Suruagy era o prefeito de Maceió na ocasião)

Pesquisando na internet, não consegui descobrir o autor da escultura, caso alguém souber e puder me informar, agradecerei e atualizarei o post. 

Fiz as fotos em 24 de agosto, com a Nikon S3500. 


25/11/2017

Coisas do Mundo: Muro em Porto Alegre


Sempre procuro estar atento aos dizeres nos muros das cidades onde estou, seja morando ou em viagem. 

Fiz esta foto em alguma esquina de Porto Alegre, em dezembro de 2013.

  • O site Olhe os Muros publicou em 8.2.13 foto do mesmo muro, um pouco mais aberta e informando ser na Rua Riachuelo, Centro Histórico da capital gaúcha. 

  • O blog A Caneta Desfigurada publicou em 24.4.14 poema inspirado neste grafitti, sem indicação de autoria, intitulado justamente Dobro a esquina e já sou outro quem caminha.




22/11/2017

Vídeo: Associação Cultural Raízes da Favela Dica Congó - UNA

Nesta semana, em que está sendo novamente realizado em Macapá o Encontro dos Tambores - o primeiro que não acompanho desde 2012 -, quero compartilhar com vocês este vídeo que filmei há dois anos.  

Gravado em 23 de novembro de 2015 no Centro de Cultura Negra (Macapá), o vídeo traz a apresentação completa da Associação Cultural Raízes da Favela. Realizei esta filmagem a convite da diretora do grupo, Elísia Congó (com o microfone na foto ao lado)(inclusive a filmadora, uma Sony, foi emprestada por ela). Não foi nossa primeira parceria: meses antes, ela me chamara para ser o fotógrafo da Campanha de Valorização do Marabaixo

Em 2014, quando iniciei o projeto As Tias do Marabaixo, conheci Elísia, que naquele ano era uma das festeiras do Ciclo do Marabaixo. Parte das filmagens do documentário inédito e das fotos da exposição itinerante foi produzida em sua casa. 





20/11/2017

Belezas Culturais: Estátua de Ganga Zumba

Em 20 de novembro do ano passado, destacamos aqui no blog o monumento em homenagem a Zumbi dos Palmares existente em Salvador. Hoje, em mais um Dia da Consciência Negra, destacamos outro dos líderes do Quilombo dos Palmares, Ganga Zumba. 

Ganga Zumba é homenageado na orla de Maceió através de uma praça com seu nome, junto à praia de Cruz das Almas, e de uma estátua que se ergue nessa praça, estando o homenageado voltado para o mar. Obra do artista pernambucano José Faustino, a estátua foi inaugurada, juntamente com a praça, em 1984. Em 2010, a estátua foi retirada do local durante as obras de revitalização da praça. Após ser dada como desaparecida em 2013, a estátua foi localizada em um depósito e, depois de restaurada, reinaugurada em 19 de novembro de 2015.




Posteriormente, em março de 2016, foram instalados junto ao monumento uma placa identificando o homenageado (que pode ser vista na foto acima), outra placa com o nome da praça e ainda um totem contando a história de Ganga Zumba. A segunda placa e o totem já não se encontravam na praça na primeira vez que estive nela, em 9 de agosto, data em que fiz as fotos que ilustram este post. Já passei algumas vezes pelo local desde então (a mais recente na sexta, 17), e nunca vi nem placa nem totem (fotos deles podem ser vistas aqui). Reproduzo do site Cada Minuto o texto que havia no totem:

Sobre Ganga Zumba

Nascido em 1630, Reino do Kongo, Ganga Zumba é de origem jaga, povo guerreiro de Angola. 

Filho da princesa Aqualtune, trabalhou na organização do primeiro Estado Negro nas Américas, em Palmares. 

Foi o primeiro grande líder do Quilombo dos Palmares, ou Janga Angolana, na Capitania de Pernambuco atual estado de Alagoas, Brasil. Reconhecido, historicamente, como um grande estadista, exímio guerreiro e também estrategista em lutas. 

Era tio de Zumbi e reinou durante mais de quarenta anos, levando o Quilombo dos Palmares ao apogeu e ao reconhecimento como nação pela Coroa Portuguesa 

Demarcou espaços e lugares históricos na luta contra a escravidão. 

Ganga Zumba foi traído e morto em 1678, e os seus seguidores foram reescravizados pelos portugueses.



São visíveis as marcas de emendas junto 
ao ombro direito e no braço esquerdo da estátua


16/11/2017

Botando o acervo pra jogo

Quem acompanha regularmente este blog pode ter percebido que tenho postado menos - o que de modo algum significa que tenha perdido o interesse pelo blog, ou por Fotografia de um modo geral (muito antes pelo contrário!!!). Este é, digamos, um outro lado da liberdade de se ter um blog da qual falei na recente entrevista a Fernanda Pompeu: ter um blog possibilita postar muito, postar pouco ou mesmo não postar nada pelo tempo que o blogueiro achar melhor. Eu ao menos sou radicalmente contra postar algo apenas por postar. É o mesmo que, em entrevista à VEJA no começo de 1986, Herbert Vianna louvou em Chico Buarque: só gravar quando sente que tem algo a dizer (a mesma atitude que inspirou Os Paralamas do Sucesso a espaçar o lançamento de seus discos a partir de meados dos anos 1990). 




É evidente que, em se falando de Fotografia, o ter algo a dizer difere um pouco, por exemplo, de quando priorizei as entrevistas no blog Som do Norte, entre 2014 e 2015 - se o entrevistado não responde, ou mesmo não envia as respostas na data combinada, você de fato não tem o que postar. Felizmente, com o tamanho do meu acervo fotográfico, de fato não corro esse risco (risos). Lembro que, ano passado, em São Luís, quando comentei com uma amiga a ideia de criar este blog, uma das perguntas dela foi sobre se eu tinha muita foto guardada (resposta: simmmm!), e a outra era se eu pretendia continuar fotografando (resposta: simmmmmmmm!), donde concluímos que não seria por falta de material que o blog não iria pra frente. 

O relativo "vácuo" recente foi ocasionado porque eu estava focado em finalizar meu primeiro livro de fotos, As Tias do Marabaixo - Cultura Tradicional do Amapá em Fotografias, uma seleção de imagens que fiz em festas de Marabaixo em Macapá entre 2013 e 2016, mais a repercussão do projeto até julho de 2017. O projeto estava parado desde o começo de 2016; há quase um ano, quando retornei a Macapá, tentei retomá-lo, o que de fato só foi possível a partir de agosto, já aqui em Maceió. Revisei o texto inteiro, reeditei algumas fotos da parte já pronta (que ia até 2015), acrescentei material referente a 2016 e 2017 e revisei o layout da obra, elaborado pelas designers Laryssa Tavares e Ana Lidia Moraes, de Goiânia. O livro portanto está pronto para edição, cabendo-me agora ir em busca de recursos para publicá-lo.

É aqui que o já mencionado imenso acervo de imagens que já produzi pode se revelar de grande valia, nos vários sentidos da palavra. Afinal, é geralmente ao acervo que um fotógrafo recorre ao elaborar projetos de exposições, ao se inscrever em concursos e editais, e ainda para a venda em bancos de imagens. Isto acontece porque dificilmente é exigido que a foto tenha sido produzida recentemente, ao contrário do que se pede em festivais de cinema. A rigor, você só precisará produzir fotos especificamente para determinado concurso caso você não tenha nada mesmo sobre o tema exigido. Daí a importância de, paralelamente ao trabalho com ensaios fotográficos, o fotógrafo produzir imagens também para si.

Esta produção "para si" é que possibilitará desenvolver projetos autorais como livros e exposições, e sustentará a oferta de fotos em bancos de imagens e concursos - enfim, botar o acervo pra jogo. 


:) 

* Ilustrando o post, duas fotos feitas no Parque Estadual 
Lagoa da Jansen, em São Luís, em junho de 2016


10/11/2017

Bem-vindo, Vinícius!



Em 28 de maio, fiz em Belém meu primeiro "ensaio de casal grávido", a convite de minha amiga Vanessa Trópico e de seu noivo Augusto Ribeiro. O casal utilizou minhas fotos como forma de noticiar a todos que esperavam seu filho Vinícius - que nasceu nesta segunda, 6. Ao casal e ao seu bebê, nossos votos de felicidades! 

Esta é uma das fotos que mais gosto daquele ensaio e que até hoje permanecia inédita. Nela, além de captar o encantamento e a expectativa do casal com a vinda do filho, aproveitei o vidro espelhado da parede de um restaurante para "entrar" na imagem, incluindo ainda a nossa assistente de produção do ensaio, Érica Trópico, sobrinha de Vanessa. Também aparecem na imagem pessoas que circulavam naquela manhã de domingo pelo parque Mangal das Garças. 



04/11/2017

Coisas do Mundo: Rua da Poesia



No caminho que leva da Praça Dorival Caymmi ao Farol de Itapuã, no famoso bairro praiano de Salvador, há uma série de ruas transversais à artéria principal, a Professor Souza Brito (antiga Estrada do Farol de Itapuã) que têm nomes peculiares, homenageando várias artes e gêneros literários - são as ruas da Poesia, da Prosa, do Romance, da Canção e da Música. 

Fiz a foto que ilustra o post com um tablet em 17 de outubro de 2013, quando estava em busca da antiga residência do poeta Vinicius de Moraes no bairro (encontrei). 


02/11/2017

É errando que se aprende

Cresci ouvindo, no Rio Grande do Sul, este ditado que dá título ao texto (até pensei em chamá-lo Vivendo e aprendendo, mas ficaria muito parecido com o título deste artigo que publiquei aqui no ano passado). Embora é claro que possamos aprender também com nossos acertos, e mesmo com erros alheios, o fato é que nenhuma das outras opções virou dito popular :) 

Bueno, há uma semana eu caminhava no final da tarde por uma rua de Maceió quando tocou meu telefone. Atendi, e era uma senhora que havia pego meu cartão em algum estabelecimento comercial e queria saber quanto eu cobraria para "tirar cinco a dez fotos".



(Costumo dizer que começar a abordagem a um fotógrafo perguntando pelo preço é o mesmo que o paciente chegar num consultório e de cara perguntar pro médico que remédios deve tomar...)

Ok, dessa vez a questão não era relativa a apenas uma foto (como neste texto de agosto), mas o raciocínio não difere muito. Respondi à senhora que a quantidade não influi muito no valor final, já que o fotógrafo sai preparado para fazer 5, 10 ou 200 fotos, e que no caso ela, enquanto cliente, é que optava por receber 5 ou 10. Nesse meio tempo ela me disse também que as fotos eram para publicidade de sua loja virtual. Não consegui saber muito mais que isso, já que a possível cliente estava de fato muito preocupada com o valor que eu iria cobrar. E aí cometi o erro que intitula o texto: com base em uma conversa de, até ali, talvez 4 minutos (a duração da ligação foi de 5min42), passei um valor, que a pessoa considerou muito alto, agradeceu e se despediu, perceptivelmente decepcionada. 

Meu erro foi dar um orçamento num telefonema, sem conhecer mais as necessidades da possível cliente, e sem saber se ela chegou a conhecer o meu trabalho (embora no cartão, além do telefone, conste meu Instagram, não necessariamente ela o acessou). 

A rigor, só tenho preço de trabalho definido para o pacote de ensaio fotográfico. Fora isso, é difícil pré-definir valores, porque cada cliente vem com necessidades bastante específicas, principalmente quando se trata de publicidade. Não tem como determinar um valor que vá abranger a todas as possíveis consultas  - naturalmente, as demandas de uma confecção serão bem diferentes da de um restaurante ou de um salão de beleza. 

Enfim, mais tarde, me dei conta de que o que deveria ter feito ao atender era informar à pessoa que eu me encontrava na rua, pedir por favor que voltasse a ligar dali a X minutos, quando eu já estivesse em casa, e então conversar com mais calma para entender as necessidades daquele trabalho específico e ver como (e por quanto) poderia melhor atendê-lo. 

Queria falar ainda a respeito da questão de clientes pedirem poucas fotos (o que tem me acontecido com bastante frequência) que é de fato uma ilusão pensar que quando você pede cinco, dez ou mesmo uma foto o fotógrafo faça de fato apenas cinco, dez ou mesmo uma e consiga atingir a qualidade que você espera e pela qual está pagando. 

No exemplo que mencionei, em que a cliente queria cinco fotos, digamos que eu fizesse mesmo apenas cinco, e na hora de editar eu percebesse que em uma delas a modelo estava de olhos fechados, em outra houve um leve desfoque que não possa ser corrigido na edição e em uma terceira o flash não tenha funcionado a contento. Então das cinco fotos só restam duas com a qualidade que a cliente precisa, porém esta quantidade não atende à sua necessidade. É por isto que se você diz que quer/precisa cinco fotos, possivelmente o fotógrafo faça 40 ou mesmo 50, para ter depois bastante opções de escolha para se chegar ao melhor resultado que tanto fotógrafo quanto cliente esperam. Aliás, particularmente penso que nem faz muito sentido fotógrafo, cliente e eventualmente modelo e maquiador/a se mobilizarem para produzir uma, cinco ou dez fotos, se for ver bem isto até deveria ser mais caro (risos). 





* Ilustrando o post, raríssimas fotos que fiz em Salvador 
com a Canon T3i, em 28 de setembro de 2015, 
logo depois da revisão e antes de ela emperrar 
de vez e eu vendê-la.