10/11/2016

Acredite em você!

Em 8 de janeiro, publiquei no LinkedIn artigo intitulado O dia de acreditar em seu potencial é hoje, no qual eu comemorava a notícia de que meu curta Tia Biló passara a integrar o acervo itinerante do FestCineAmazônia, de Porto Velho (RO). Agora em novembro, o mesmo curta, como já noticiei aqui na terça, foi selecionado para exibição na Mostra Cine Redemoinho, em Angra dos Reis (RJ).

Uau, que sorte hein!, alguém poderia dizer. E eu responderia: na verdade, não. Os dois acontecimentos são frutos de uma decisão minha de inscrever meu trabalho em todos os editais, festivais, canais e todos os outros "ais" possíveis. Organizei meu tempo para que à noite, após ter feito o que estava destinado àquele dia (incluindo um novo post aqui no blog), eu possa garimpar oportunidades como estas. Talvez você considere que são relativamente poucos resultados para justificar tanta dedicação; então eu lhe direi que, se não houver dedicação, aí mesmo é que não haverá resultado algum. Afinal, vamos pensar: as oportunidades que chegam ao meu conhecimento estão disponíveis na internet, para todos (não, não disponho de 'informações privilegiadas' - risos). Cabe a mim enviar meu trabalho/ inscrição/ proposta e ficar no aguardo do resultado.

Ajuda muito também você não ficar especialmente preocupado com o resultado. Seja qual for o prêmio - exibição, publicação, prêmio em dinheiro, todas essas, várias outras possibilidades -, o negócio é seguir vivendo, atento, claro, aos prazos informados para divulgação dos resultados. E sempre tendo em mente o binômio "beleza & paciência" - se você for premiado, beleza; se não for, paciência. É apenas um edital, não um veredito definitivo sobre seu trabalho, sua capacidade, sua vida. E também, diferentemente do que foi dito inúmeras vezes ao longo deste ano, ninguém vai viver de editais; eles são lançados para financiar ações específicas, e vários aliás nem envolvem dinheiro. Por exemplo, os dois editais que citei no primeiro parágrafo :)

Se você tiver um trabalho artístico que possa virar livro, seja na área da fotografia, seja na da ilustração, ou mesmo da escrita (ficção, não-ficção, poesia, teatro e todos os vários etcs), saiba que os editais visando publicação são bem raros. Mas isto não é motivo para desanimar, seu livro pode ser publicado por você mesmo. Há várias formas de fazer isso: você pode contratar uma gráfica, imprimir X exemplares e depois cuidar da distribuição e divulgação, ou contratar quem faça isso. Ou você pode utilizar plataformas online onde o internauta poderá adquirir seu livro seja em formato digital (o chamado e-book), seja impresso (aqui você pode optar por edições por demanda, onde só haverá impressão do seu livro quando ocorrer uma venda, o que é uma extraordinária redução de custos, de necessidade de estoques, e mesmo de desmatamento. Pense na Amazônia!). E há ainda o audiobook - já pensou alguém caminhando pela Lagoa ouvindo no iPod um poema seu?

Enfim, talvez como nunca antes na história desse mundo, as oportunidades estão aí, à disposição de todos, Tanto as que lhe são oferecidas quanto as que você mesmo pode criar. Ano passado, por exemplo, coloquei meus curtas num pen-drive e minha exposição de fotos numa mala e circulei com o projeto As Tias do Marabaixo por três estados (Tocantins, Bahia e Rondônia), realizando três sessões dos curtas, duas exposições das fotos e uma edição da Oficina de Cinema Independente. Sem edital nem patrocínio, tudo na cara e na coragem. Se você quer que os outros acreditem em seu trabalho, comece dando o exemplo: acredite em você!
;)



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