19/10/2017

Pra frente é que se anda

Neste domingo, 15, eu estava - como de hábito - andando pela orla de Maceió e fazendo alguns registros com minha câmera Nikon S3500, até que, quando fui desligá-la, vi uma mensagem "Erro de lente", seguido de um ponto de exclamação em vermelho (!) e a partir dali o equipamento não mais funcionou. Eu não conseguia nem ligar a câmera, nem desligar. Lamentei, claro, cheguei a pesquisar assistências técnicas da empresa aqui na cidade pra mandar consertar na segunda, mas ainda no domingo descartei a ideia. Me dei conta de que mandar consertá-la simplesmente não fazia sentido.



Última foto da Nikon S3500:
grupo de capoeira encerra apresentação de maculelê
- Ponta Verde, 15.10.17, 17h17


Não que eu a usasse pouco. Ao contrário! Na atual temporada em Maceió, desde o final de junho, já fiz mais de 2 mil fotos, a imensa maioria com a Nikon S3500. A mesma coisa nos memoráveis três meses que passei na Bahia, em 2015, quando ela gerou cerca de 1.500 registros. Aliás, sem dúvida este é o aparelho que mais usei para fotografar nos últimos três anos.

Já não lembro a data exata em que eu havia comprado a Nikon S3500, mas com certeza foi em 2014. Recordo que ao fotografar a Festa de São Jorge no Formigueiro, em Macapá, em 23 de abril daquele ano, percebi que a Canon T3i Rebel chamava muito a atenção, fazendo-me sentir muito exposto em um evento noturno ao ar livre. Talvez eu tenha feito esta aquisição em agosto, após o show Zulusa da cantora Patrícia Bastos junto à Casa do Artesão, no dia 3, na qual usei a Canon. Quando fiz registros do show Tática, de Brenda Melo, em 6 de setembro, já foi com a Nikon.


Primeiro show registrado com a Nikon S3500:
Tática, de Brenda Melo - Macapá, 6.9.14


A partir dali, esta câmera compacta passou a ser minha companhia constante nas caminhadas no fim de tarde pela orla de Macapá. Servia também como equipamento reserva nas coberturas onde a Canon era ainda o equipamento titular.

Porém, em maio de 2015, de uma hora pra outra a Canon emperrou, passando então a Nikon a ser a titular. A usei, por exemplo, na cobertura do Ciclo do Marabaixo 2015 e em todas as fotos da Campanha de Valorização do Marabaixo. Foi com ela nessa condição de titular que embarquei para minha maior viagem até aqui - a dos 11.920 km pelo Brasil, incluindo a já citada temporada na Bahia. Quando estava em Salvador, ainda tentei mandar consertar a Canon, mas ela voltou da assistência quase tão ruim quanto havia chegado lá.

A Nikon ficou então sendo a titular - foi com ela que registrei o Encontro dos Tambores 2015 e todos os ensaios da Campanha Vamos Sonhar Juntos em Macapá e Belém, no começo de 2016 (e também alguns eventos do Ciclo do Marabaixo) - até o começo da viagem dos 10.049 km, quando então adquiri outra Nikon, a L330.

Desde maio de 2016, portanto, a L330 vem sendo usada principalmente para os ensaios pagos e fotos para projetos mais relevantes, voltando a S3500 para seu papel de instantâneos do dia-a-dia.

Não que ela não fosse boa. Ao contrário, senão não poderia ter sido minha titular durante praticamente um ano. Basta dizer que a partir de registros dela fiz esta imagem da Bahia exposta em Florianópolis (abaixo), a maior parte do material do curta Você é África, Você é Linda, e TODO o material do meu oitavo curta, Visitando os Tukano-Dessana, recentemente exibido num festival em São Gonçalo (RJ). Além de parte do material do vídeo Play - inclusive mesmo o material do vídeo que captei com a L330 foi adaptado para ficar com o visual dos registros da S3500 #ui #desculpa
Por estas e outras, já a chamei uma vez de "intrépida" num textão aqui do blog (este).

Pôr-do-sol na Bahia de Todos os Santos
- Salvador, ago/15


Se eu a usava tanto e ela era boa, então por que, como afirmei lááá no começo do texto, não fazia sentido mandar consertar a Nikon S3500? Pelos seguintes motivos:

Ela era boa, não ótima. À noite, aliás, já a partir do entardecer, já não captava bem. Era um equipamento para luz do dia, apenas.

O conserto custaria no mínimo o valor de um modelo igual, usado - encontrei vários no Mercado Livre em torno de R$ 250, mais do que paguei pelo próprio equipamento (R$ 200, lá por agosto/setembro de 2014).

A Nikon não fabrica mais a S3500; pelo que vi na minha pesquisa no domingo, foi substituída pela A100, que apresenta as mesmas características, inclusive não ser boa com fotos noturnas. Só que o valor da A100 já está muito próximo do que paguei pela Nikon L330 ano passado - só que esta veio para ser titular; não há porque gastar o mesmo com um equipamento reserva.

E quando cheguei neste ponto foi que me caiu a ficha: qual o sentido em comprar hoje uma câmera compacta? O valor que eu gastaria numa Nikon A100, por exemplo, com certeza será melhor empregado num smartphone, que, além de fazer fotos e filmar, já permite o envio direto para o Instagram e demais redes sociais. Este é o caminho a seguir. Pra frente é que se anda!


  • Em tempo: Só pra constar nos autos (risos): por volta do dia 10 de setembro, outro equipamento meu, a minifilmadora Sony HD Blogger, também parou de funcionar. Com ela filmei parte do curta Você é África, Você é Linda e todo o curta Tia Zezé no Encontro dos Tambores, ambos de 2015. Pelo visto, é tempo de renovação!

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