Em 3 de agosto, dia em que o Som do Norte completou 5 anos no ar, Patrícia Bastos fez um grandioso show ao ar livre em Macapá, em frente à Casa do Artesão (espaço que até recentemente não era utiilizado para shows, apenas raramente para apresentações de teatro de rua).
A base do repertório do show foi o CD Zulusa, lançado em 2013, e premiado como o melhor CD brasileiro daquele ano pelo site Embrulhador. Neste show, o primeiro que fez com o repertório do disco em Macapá após ser premiada como a melhor cantora regional do Brasil no Prêmio da Música Brasileira, em maio, Patrícia contou com uma banda composta por músicos de três estados: Dante Ozzetti (violão) e Du Moreira (baixo), de São Paulo; o Trio Manari (percussão), do Pará; e Fabinho (violão e guitarra), do Amapá - todos, à exceção do último, participaram da gravação do disco. O show encerrou a programação do evento Macapá Verão, que durante o mês de julho e o primeiro final de semana de agosto levou atrações musicais para os balneários e locais de lazer da capital.
O show iniciou com "Canoa Voadeira" e, após alguns ajustes no som, prosseguiu com "Zulusa", cujo refrão a numerosa e calorosa platéia cantou junto com Patrícia.
Seguiram-se "Incantu", com bela performance de Nazaco Gomes na percussão, e "Boi de Rua", que o público acompanhou com palmas o tempo todo e cantou a uma só voz com Patrícia, que em seguida permitiu-se uma incursão ao trabalho anterior, cantando "Demônio de Batom", do CD Eu Sou Caboca (2009).
Entre uma canção e outra, a cantora saudava amigos que identificava no meio do público, inclusive a paraense Lucinha Bastos, que cantara no Marco Zero na véspera com seus colegas de Trilogia (Nilson Chaves e Mahrco Monteiro).
De volta ao repertório do Zulusa, Patrícia cantou "No Laguinho", outra da qual o público participou ativamente, principalmente do final, que cita o marabaixo "Aonde tu vai, rapaz?", que remonta aos tempos da criação do bairro do Laguinho (1945).
A artista anunciou então a primeira participação especial, a de seu irmão Paulo Bastos. Juntos, os dois cantaram a inédita "Espartano".
A guitarra de Fabinho destacou-se bastante nas canções seguintes, "Causou" e "Mais Uma", esta bastante aplaudida.
Chamou-se então o convidado seguinte, o percussionista Nena Silva, que tocou caixa de marabaixo acompanhando o clássico "Mal de Amor", que todos na praça cantaram do começo ao fim.
O público foi sempre um show à parte
Após cantar "Linha Cruzada", Patrícia passou o microfone ao percussionista Kleber Benigno, que chamou Nena Silva de volta ao palco - de onde ele não mais saiu até o final do show. Nesse retorno, Nena brilhou tocando tambor em "O Batuque", canção do grupo Senzalas que Patrícia regravou no Zulusa (música esta que neste show ganhou toques de guitarrada, através da guitarra de Fabinho).
Com "Rodopiado" e "U Amassu i u Dubradú" (que contou com o coro e a dança da platéia), Patrícia pretendeu encerrar o show, mas basta ver como a galera estava nesse momento para constatar que isso seria impossível...
... então, após poucos minutos fora do palco, Patrícia retornou para encerrar em grande estilo com "Jeito Tucuju" e "Gogó do Nego".
- Making-off do post - Publicado no Som do Norte em 25.8.14 com o título Foi Show: Zulusa.
- Uma foto deste show já havia sido publicada aqui no blog há 2 anos.
- Existe na minha fan page do Facebook um álbum com 315 fotos deste show.
- O grande intervalo entre o dia do show e a data da publicação se deveu a um grande colapso na rede de internet de Macapá (o primeiro que me atingiu; houve inúmeros outros posteriormente. O último que vivenciei durou 21 dias em fevereiro de 2019).
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