Na parte 1 deste texto eu contei porque comecei a reler tudo o que eu tinha postado no Facebook desde 2011.
Na parte 2, como esse garimpo me levou à decisão de gravar poemas em vídeo. Hoje, concluo falando do nome escolhido para o projeto e comento minha trajetória enquanto poeta digital.
O nome Rapidola
Em 1 de novembro - ou seja, antes mesmo de cogitar em incluir meus próprios poemas no processo -, o nome do programa já estava escolhido: Rapidola. Isso porque a ideia é que nem os programas nem os vídeos com poemas sejam muito extensos. Justamente o contrário do vídeo que gravei em 7 de novembro comentando o tema da Redação do Enem deste ano, "Democratização do acesso ao cinema no Brasil", que ficou com 20 minutos e 42 segundos!
Conheci a palavra "rapidola" em 19.1.10, ao fazer uma entrevista via MSN com a cantora paraense Juliana Sinimbú. Propus a ela conversarmos por 15 minutos, e publicar o papo no blog Som do Norte em seguida. Ao divulgar a postagem em seu Fotolog, Juliana definiu a conversa com "um bate papo rapidola e muito bacana". Pesquisando na internet, descobri que o termo significava algo feito de forma rápida, e era usado em pelo menos três estados: Amazonas, Pará e Maranhão.
Ali nesse frase eu encontrei o nome que buscava para o informativo do Som do Norte, que comecei a enviar por e-mail para cadastrados no blog em 10.2.10 (excepcionalmente nesse dia, o conteúdo foi postado no blog). Embora não fosse mais que uma reunião de links (com publicações do próprio blog e de outros que cobriam a cena musical nortista), o Rapidola repercutia bastante, de modo que com o tempo acabou ganhando um blog próprio, para funcionar como um arquivo online das edições enviadas. O Rapidola-blog entrou no ar em 12.9.12, sendo atualizado até 9.2.14.
No final de 2016, fiz uma tentativa de relançar o envio do informativo por e-mail para assinantes, só não o fazendo... por falta de assinaturas (risos). Então em janeiro de 2017 fiz uma postagem, que era pra ser a primeira, do Rapidola no blog Jornalismo Cultural, reunindo os links do que eu publicara em todos os meus espaços na internet naquela semana - ou seja, de alguma forma sendo redundante com os posts A Semana, que publico neste blog desde junho de 2016.
Só agora em 2019, portanto, retomo o uso regular do nome, desta feita para identificar minhas iniciativas que tenham a ver com poesia. Aliás, nada melhor para encerrar o texto que cumprir o prometido no começo do artigo, lá na terça, e falar brevemente sobre minha produção poética.
Poeta digital
Nunca me defini ou me apresentei como poeta, por principalmente dois motivos:
Mas o fato é que tenho sim uma produção poética relativamente extensa. Os dois mais antigos poemas que localizei são de 1987, incluídos no meu segundo livro, A Garota no Bar, lançado em 1990. O livro trouxe ainda um poema escrito originalmente em 1989 para minha coluna no jornal Gazeta Em Dia, de Bento Gonçalves (RS), onde cheguei a publicar ao menos mais dois poemas: uma homenagem ao jogador Zico, que tinha anunciado a despedida dos gramados em dezembro de 1989 (em 1991, mudou de ideia e voltou a jogar, atuando até 1994 no futebol japonês) e um outro intitulado "Carnaval", saído já em 1990. "Carnaval" foi um dos meus poemas incluído na antologia Poeta, Mostra a Tua Cara - Vol. 2, organizada pelo jornalista e poeta Ademir Antonio Bacca em 1992.
Além de eventualmente publicar poemas em meus espaços na imprensa de Bento Gonçalves - em 1991, por exemplo, narrei em versos no jornal Semanário minha participação no 2º Congresso Brasileiro de Poesia, organizado por Bacca e realizado em Nova Prata (RS) -, cheguei a fazer poemas comentando fatos da atualidade (uma crônica em versos, digamos, ao estilo do que Carlos Drummond de Andrade fazia nos anos 1970 para o Jornal do Brasil) para o espaço de comentário que mantive de 1990 a 1992 na Rádio Revista, também de Bento Gonçalves. Alguns dos poemas de jornal e de rádio deste começo dos anos 90 chegaram a ser publicados no site Brasileirinho (2002-16) e no blog Jornalismo Cultural (2011-19).
Depois de 1992, eu só voltei a escrever poemas com regularidade nas redes sociais, já nesta década. Por muito tempo eu postei preferentemente no Twitter, enviando o que postava lá para o mural do Facebook (em termos informáticos, pode-se dizer que eu usava o Facebook como backup do Twitter! - gargalhadas). Isto, em primeiro lugar, acabou configurando minha produção poética na década, já que até 7.11.17 o Twitter adotava um limite de 140 caracteres (creio que venha daí, em parte, minha preferência estilística pelo poema curto de três versos). E em segundo lugar, acabou garantindo a sobrevivência dos meus versos, já que há poucos meses, após baixar meu arquivo do Twitter e não conseguir abrir, acabei por deletar minha conta daquela rede social.
Poemas maiores que 140 caracteres eu publicava diretamente no Facebook (e um deles acabou ganhando republicação no Som do Norte). Também tenho alguma poesia escrita diretamente como legenda de foto ou Stories no Instagram e até mesmo como status no Whatsapp (nesses casos, para evitar que a poesia se perca, eu posto de imediato no mural do Facebook). É em função disso que o garimpo ainda não acabou (o que tem sido muito legal, eu redescobrir textos meus dos quais nem lembrava! ;)
De todo modo, só há poucos dias, mais exatamente na sexta, 22 de novembro, eu resolvi incluir "poeta" nas minhas biografias em redes sociais. Mas não apenas poeta, e sim "poeta digital". Adotei a expressão de imediato após ouvi-la naquele mesmo dia, como uma forma de outros personagens da novela Bom Sucesso (TV Globo) se referirem ao poeta Mário Viana, interpretado pelo ator Lúcio Mauro Filho. No capítulo desse dia, Mário acabava de se tornar um estrondoso sucesso na internet... dizendo um poema seu em vídeo no Instagram (olhaí!).
Agradecimentos
Em 1 de novembro - ou seja, antes mesmo de cogitar em incluir meus próprios poemas no processo -, o nome do programa já estava escolhido: Rapidola. Isso porque a ideia é que nem os programas nem os vídeos com poemas sejam muito extensos. Justamente o contrário do vídeo que gravei em 7 de novembro comentando o tema da Redação do Enem deste ano, "Democratização do acesso ao cinema no Brasil", que ficou com 20 minutos e 42 segundos!
Conheci a palavra "rapidola" em 19.1.10, ao fazer uma entrevista via MSN com a cantora paraense Juliana Sinimbú. Propus a ela conversarmos por 15 minutos, e publicar o papo no blog Som do Norte em seguida. Ao divulgar a postagem em seu Fotolog, Juliana definiu a conversa com "um bate papo rapidola e muito bacana". Pesquisando na internet, descobri que o termo significava algo feito de forma rápida, e era usado em pelo menos três estados: Amazonas, Pará e Maranhão.
Ali nesse frase eu encontrei o nome que buscava para o informativo do Som do Norte, que comecei a enviar por e-mail para cadastrados no blog em 10.2.10 (excepcionalmente nesse dia, o conteúdo foi postado no blog). Embora não fosse mais que uma reunião de links (com publicações do próprio blog e de outros que cobriam a cena musical nortista), o Rapidola repercutia bastante, de modo que com o tempo acabou ganhando um blog próprio, para funcionar como um arquivo online das edições enviadas. O Rapidola-blog entrou no ar em 12.9.12, sendo atualizado até 9.2.14.
No final de 2016, fiz uma tentativa de relançar o envio do informativo por e-mail para assinantes, só não o fazendo... por falta de assinaturas (risos). Então em janeiro de 2017 fiz uma postagem, que era pra ser a primeira, do Rapidola no blog Jornalismo Cultural, reunindo os links do que eu publicara em todos os meus espaços na internet naquela semana - ou seja, de alguma forma sendo redundante com os posts A Semana, que publico neste blog desde junho de 2016.
Só agora em 2019, portanto, retomo o uso regular do nome, desta feita para identificar minhas iniciativas que tenham a ver com poesia. Aliás, nada melhor para encerrar o texto que cumprir o prometido no começo do artigo, lá na terça, e falar brevemente sobre minha produção poética.
Poeta digital
Nunca me defini ou me apresentei como poeta, por principalmente dois motivos:
- 1º, sempre me considerei um escritor, e na minha cabeça se você é escritor você escreve (ou pode escrever) conto, poesia, teatro, romance etc, incluindo o Jornalismo - que o colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014) definia como um ramo da Literatura.
- 2º, na minha cabeça eu não teria uma produção poética muito expressiva em volume - impressão amplamente desmentida pelo levantamento que venho fazendo da minha produção, levantamento que aliás ainda não acabou! Sem contar que com toda essa onda eu tenho escrito novos poemas quase diariamente :)
Mas o fato é que tenho sim uma produção poética relativamente extensa. Os dois mais antigos poemas que localizei são de 1987, incluídos no meu segundo livro, A Garota no Bar, lançado em 1990. O livro trouxe ainda um poema escrito originalmente em 1989 para minha coluna no jornal Gazeta Em Dia, de Bento Gonçalves (RS), onde cheguei a publicar ao menos mais dois poemas: uma homenagem ao jogador Zico, que tinha anunciado a despedida dos gramados em dezembro de 1989 (em 1991, mudou de ideia e voltou a jogar, atuando até 1994 no futebol japonês) e um outro intitulado "Carnaval", saído já em 1990. "Carnaval" foi um dos meus poemas incluído na antologia Poeta, Mostra a Tua Cara - Vol. 2, organizada pelo jornalista e poeta Ademir Antonio Bacca em 1992.
Além de eventualmente publicar poemas em meus espaços na imprensa de Bento Gonçalves - em 1991, por exemplo, narrei em versos no jornal Semanário minha participação no 2º Congresso Brasileiro de Poesia, organizado por Bacca e realizado em Nova Prata (RS) -, cheguei a fazer poemas comentando fatos da atualidade (uma crônica em versos, digamos, ao estilo do que Carlos Drummond de Andrade fazia nos anos 1970 para o Jornal do Brasil) para o espaço de comentário que mantive de 1990 a 1992 na Rádio Revista, também de Bento Gonçalves. Alguns dos poemas de jornal e de rádio deste começo dos anos 90 chegaram a ser publicados no site Brasileirinho (2002-16) e no blog Jornalismo Cultural (2011-19).
Depois de 1992, eu só voltei a escrever poemas com regularidade nas redes sociais, já nesta década. Por muito tempo eu postei preferentemente no Twitter, enviando o que postava lá para o mural do Facebook (em termos informáticos, pode-se dizer que eu usava o Facebook como backup do Twitter! - gargalhadas). Isto, em primeiro lugar, acabou configurando minha produção poética na década, já que até 7.11.17 o Twitter adotava um limite de 140 caracteres (creio que venha daí, em parte, minha preferência estilística pelo poema curto de três versos). E em segundo lugar, acabou garantindo a sobrevivência dos meus versos, já que há poucos meses, após baixar meu arquivo do Twitter e não conseguir abrir, acabei por deletar minha conta daquela rede social.
Poemas maiores que 140 caracteres eu publicava diretamente no Facebook (e um deles acabou ganhando republicação no Som do Norte). Também tenho alguma poesia escrita diretamente como legenda de foto ou Stories no Instagram e até mesmo como status no Whatsapp (nesses casos, para evitar que a poesia se perca, eu posto de imediato no mural do Facebook). É em função disso que o garimpo ainda não acabou (o que tem sido muito legal, eu redescobrir textos meus dos quais nem lembrava! ;)
De todo modo, só há poucos dias, mais exatamente na sexta, 22 de novembro, eu resolvi incluir "poeta" nas minhas biografias em redes sociais. Mas não apenas poeta, e sim "poeta digital". Adotei a expressão de imediato após ouvi-la naquele mesmo dia, como uma forma de outros personagens da novela Bom Sucesso (TV Globo) se referirem ao poeta Mário Viana, interpretado pelo ator Lúcio Mauro Filho. No capítulo desse dia, Mário acabava de se tornar um estrondoso sucesso na internet... dizendo um poema seu em vídeo no Instagram (olhaí!).
Agradecimentos
- Pelo diálogo, pelos conselhos ou simplesmente por me ouvirem por hooooras falando entusiasmadamente sobre o projeto do novo Rapidola, agradeço à jornalista Paula Brasileiro, à poeta Mary Paes e à atriz Fernanda Gonçalves.
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