29/01/2021

2020, ano de reflexão

Desde que o blog é blog, publico aqui a cada começo de ano um balanço da minha carreira no ano que recém-acabou (veja aqui os Balanços de 2016 a 2019). Em relação a 2020, eu não sabia bem o que fazer. Não só eu: há quem tenha optado por simplesmente pular essa etapa, como o YouTube, que pela primeira vez deixou de publicar sua retrospectiva. Ontem cheguei a iniciar um texto, cujo formato seria uma variação dos balanços anteriores, mas a escrita não avançou. Pensei em também não fazer nada, mas depois me veio à mente que não podemos simplesmente fingir que um ano inteiro não aconteceu. Não dormimos em 31 de dezembro de 2019 e acordamos já em 1 de janeiro de 2021, não é? Então, vamos lá.

Se fosse para comparar  resumidamente o ano passado com os anteriores, eu poderia dizer que 2020 foi um ano de reflexão, enquanto os outros foram anos de ação. É lógico que você nem só age nem só reflete (até porque não recomendo a ninguém agir sem refletir!). O fato é que, até 2019, você tinha uma possibilidade maior de planejar/refletir e já agir em seguida. Em 2020 (mais exatamente a partir de 20 de março, data em que iniciou a quarentena em Maceió), planejar e refletir continuou sendo possível, já agir... nem tanto.


Aconteceram, é claro, ações ótimas em 2020. Publiquei um e-book - Rapidola (um aperitivo) -, escrevi um livro (Memórias Poéticas, a sair em breve). Fiz dois ensaios fotográficos com modelos, e algumas saídas fotográficas para fotografar paisagens (ilustrando o post, foto feita ao pôr-do-sol numa ilha nas proximidades de Maceió). Gravei em vídeo mais de 40 poemas autorais e 20 clássicos da Literatura Brasileira, fazendo também uma série de lives poéticas. 

Outras ações chegaram a ser planejadas (outro ensaio, a volta para Belém, a publicação das Memórias ainda em 2020...), mas não puderam sair do plano das ideias (eu ia dizer sair do papel, mas há anos não uso mais papel para escrever - risos ecológicos). Não se perde por esperar: as boas ideias podem ser realizadas assim que houver circunstâncias favoráveis. E o tempo ajuda a mostrar quais ideias eram ruins e devem, portanto, ser descartadas. 

Não sendo possível, em boa parte do tempo, agir, houve tempo de sobra para refletir. E também para planejar, mas - na medida em que, até hoje, não há um calendário nacional de vacinação que abranja todas as faixas etárias - considero frustrante seguir planejando ações sem ter a menor ideia de quando elas serão executáveis. Evidentemente, em algum momento voltará a ser possível dividir meu ano entre Belém e Maceió, além de circular por outros estados nos quais exista demanda pelos meus ensaios. Quando isso se dará? Não sei, e também não é algo que eu possa resolver. Então o que me cabe é seguir em frente, fazendo o que está ao meu alcance. O que tiver que acontecer, irá acontecer. 


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