1 - Por quê?
Na semana passada, lancei no Instagram (e divulguei posteriormente em outras redes sociais, além deste blog e do meu site) uma série de vídeos intitulada Rapidola. É um nome que eu já usei para diversos fins ao longo dos últimos 9 anos (detalhes mais adiante) e que agora, creio, encontrou seu uso definitivo em minha obra: designar minhas divulgações de poemas. É disto que irei tratar neste texto.
Na semana passada, lancei no Instagram (e divulguei posteriormente em outras redes sociais, além deste blog e do meu site) uma série de vídeos intitulada Rapidola. É um nome que eu já usei para diversos fins ao longo dos últimos 9 anos (detalhes mais adiante) e que agora, creio, encontrou seu uso definitivo em minha obra: designar minhas divulgações de poemas. É disto que irei tratar neste texto.
Os Rapidolas já lançados
O primeiro vídeo, publicado no Instagram às 10h da manhã da segunda, 18.11, traz um poema de minha autoria. Ontem, no mesmo horário, fiz nova publicação semelhante, desta feita em homenagem à minha modelo oficial, Emile Brown Abdon. A ideia é seguir com esta publicação autoral às segundas, se constituindo na minha primeira publicação em rede social a cada semana. (Sobre minha produção autoral, também irei falar mais adiante, só mais um pouquinho de paciência - risos).
Também lancei, na quarta, 20, um Rapidola Especial, lendo um trecho do poema "O Navio Negreiro", que o baiano Castro Alves escreveu em 1868 e que constituiu à época um poderoso manifesto abolicionista - lembremos, apenas 20 anos depois é que o Brasil aboliu oficialmente a escravidão. No vídeo do clássico, utilizei imagens ou de minha própria autoria, ou em domínio público (ou seja, cujos autores morreram há pelo menos 70 anos).
Garimpando
O desenhista americano Jack Kirby (1917-1994) dizia que É impossível recuperar a origem de uma ideia. Já eu acredito que isso é possível, desde, é claro, que você registre de alguma forma as etapas que lhe levaram a ter a ideia e seu posterior desenvolvimento.
Tenho feito isto, na última década, especialmente nas redes sociais (e mais recentemente em aplicativos de mensagens). Com o tempo, o volume do que publicamos numa rede social acaba tornando difícil o acesso rápido a uma publicação específica - principalmente se estivermos falando do Facebook, que implantou e depois limou sem aviso uma ferramenta de pesquisa de postagens. Então a forma mais prática de fazer isso é baixando todas as suas informações. A primeira vez que fiz isso deve ter sido em janeiro de 2014 - digo isto porque no dia 19 daquele mês eu postei uma pergunta em meu mural a respeito de como faria para baixar. Ninguém respondeu e eu acabei descobrindo por conta própria.
Para baixar suas informações usando um notebook, entre no Facebook, acesse Configurações (clicando na setinha branca apontada para baixo ao lado do ponto de interrogação na barra superior azul) e, no menu da esquerda, clique em "Suas informações no Facebook". Depois, onde diz "Baixe suas informações", clique em "Visualizar". Em "Solicitar cópia", você pode escolher que informações quer e em que intervalo de datas; feito isso, clique em "Criar arquivo". Dentro de algumas horas, ou poucos dias, você irá receber no seu e-mail um link para baixar o que selecionou.
Bem, eu já devo ter feito isso outras duas vezes de 2014 para cá. A consequência mais memorável desses processos anteriores foi o lançamento, em 5.7.14, do blog Apontam Estudos, atualmente desativado. O blog, que foi atualizado até 28.3.15, se propunha a ser uma antologia de publicações que eu fizera em meu Facebook pessoal (embora eu tenha chegado a produzir ao menos um artigo diretamente para publicar no blog). Se por um lado a publicação de frases, poemas e até pequenas crônicas em um blog resolvia a questão do acesso a esse conteúdo, por outro a profusão de textos curtos e sem título criava uma dificuldade de como publicá-los - descartei a ideia de dar um título a cada post, que então era identificado pela data em que eu escrevera o respectivo texto no Facebook. Porém, muitas vezes havia mais de um texto escrito em determinada data e selecionado para postagem no blog. Enfim, além de não ter encontrado um foco temático, nem despertado o interesse dos internautas, somado a esses aspectos de navegação, o blog acabou sendo abandonado por mim a partir do surgimento da ferramenta "On this day" (no Brasil, "Lembranças") do Facebook, em março de 2015.
Em outra ocasião, já em 2017, esses antigos posts do Facebook deram origem, neste blog, a duas páginas, hoje desativadas: "Cliques", reunindo frases sobre Fotografia, e "Papo de Cinema", cujo título me parece dispensar maiores explicações.
A mais recente cópia que solicitei dos meus arquivos do Facebook, em 27 de outubro deste ano, ia na onda dessa página "Cliques" - a ideia era garimpar posts com frases minhas ou de outros fotógrafos, com a Fotografia por tema, e que eu houvesse postado em meu Facebook. Comecei então a fazer esse garimpo, relendo tudo o que postei naquele rede desde 21.3.11, e passando para um arquivo de texto os links das postagens que ainda me parecem dignas de alguma atenção. A rigor eu não tinha definido ainda o que exatamente eu faria com esse material, embora vagamente pensasse em postar neste blog e/ou no site.
Aliás, não tinha definido ainda, e ainda não defini (risos). Isso porque, no meio do caminho, o garimpo quase mudou de direção. Aliás, mudou de fato, embora eu tenha seguido com a proposta original, de pinçar minhas publicações sobre Fotografia, e logo em seguida começado a reler tudo novamente, para dar conta da nova proposta.
O desenhista americano Jack Kirby (1917-1994) dizia que É impossível recuperar a origem de uma ideia. Já eu acredito que isso é possível, desde, é claro, que você registre de alguma forma as etapas que lhe levaram a ter a ideia e seu posterior desenvolvimento.
Tenho feito isto, na última década, especialmente nas redes sociais (e mais recentemente em aplicativos de mensagens). Com o tempo, o volume do que publicamos numa rede social acaba tornando difícil o acesso rápido a uma publicação específica - principalmente se estivermos falando do Facebook, que implantou e depois limou sem aviso uma ferramenta de pesquisa de postagens. Então a forma mais prática de fazer isso é baixando todas as suas informações. A primeira vez que fiz isso deve ter sido em janeiro de 2014 - digo isto porque no dia 19 daquele mês eu postei uma pergunta em meu mural a respeito de como faria para baixar. Ninguém respondeu e eu acabei descobrindo por conta própria.
Para baixar suas informações usando um notebook, entre no Facebook, acesse Configurações (clicando na setinha branca apontada para baixo ao lado do ponto de interrogação na barra superior azul) e, no menu da esquerda, clique em "Suas informações no Facebook". Depois, onde diz "Baixe suas informações", clique em "Visualizar". Em "Solicitar cópia", você pode escolher que informações quer e em que intervalo de datas; feito isso, clique em "Criar arquivo". Dentro de algumas horas, ou poucos dias, você irá receber no seu e-mail um link para baixar o que selecionou.
Bem, eu já devo ter feito isso outras duas vezes de 2014 para cá. A consequência mais memorável desses processos anteriores foi o lançamento, em 5.7.14, do blog Apontam Estudos, atualmente desativado. O blog, que foi atualizado até 28.3.15, se propunha a ser uma antologia de publicações que eu fizera em meu Facebook pessoal (embora eu tenha chegado a produzir ao menos um artigo diretamente para publicar no blog). Se por um lado a publicação de frases, poemas e até pequenas crônicas em um blog resolvia a questão do acesso a esse conteúdo, por outro a profusão de textos curtos e sem título criava uma dificuldade de como publicá-los - descartei a ideia de dar um título a cada post, que então era identificado pela data em que eu escrevera o respectivo texto no Facebook. Porém, muitas vezes havia mais de um texto escrito em determinada data e selecionado para postagem no blog. Enfim, além de não ter encontrado um foco temático, nem despertado o interesse dos internautas, somado a esses aspectos de navegação, o blog acabou sendo abandonado por mim a partir do surgimento da ferramenta "On this day" (no Brasil, "Lembranças") do Facebook, em março de 2015.
Em outra ocasião, já em 2017, esses antigos posts do Facebook deram origem, neste blog, a duas páginas, hoje desativadas: "Cliques", reunindo frases sobre Fotografia, e "Papo de Cinema", cujo título me parece dispensar maiores explicações.
A mais recente cópia que solicitei dos meus arquivos do Facebook, em 27 de outubro deste ano, ia na onda dessa página "Cliques" - a ideia era garimpar posts com frases minhas ou de outros fotógrafos, com a Fotografia por tema, e que eu houvesse postado em meu Facebook. Comecei então a fazer esse garimpo, relendo tudo o que postei naquele rede desde 21.3.11, e passando para um arquivo de texto os links das postagens que ainda me parecem dignas de alguma atenção. A rigor eu não tinha definido ainda o que exatamente eu faria com esse material, embora vagamente pensasse em postar neste blog e/ou no site.
Aliás, não tinha definido ainda, e ainda não defini (risos). Isso porque, no meio do caminho, o garimpo quase mudou de direção. Aliás, mudou de fato, embora eu tenha seguido com a proposta original, de pinçar minhas publicações sobre Fotografia, e logo em seguida começado a reler tudo novamente, para dar conta da nova proposta.
***
2 - Como?
"Tenha um hobby"
E que nova direção foi esta? Para explicar melhor, é necessário mencionar um vídeo postado pelo consultor e palestrante Eduardo Mesquita no IGTV em 27 de outubro, intitulado "Tenha um hobby". É preciso dizer também que, exatamente nessa ocasião, eu estava seguindo de certa forma um conselho que recebi de Mesquita há mais de dois anos: o de gravar regularmente vídeos para postar nas redes sociais.
Evidentemente que equipamento para fazer isso eu tenho, apenas não costumava gravar esses vídeos com frequência, até pouco tempo, porque não me agrada gravar apenas por gravar, o que poderia me levar a compartilhar detalhes da minha rotina diária irrelevantes para quem fosse assistir. Mas, como dizia, nesse período estava gravando vídeo todo dia para os Stories do Instagram por ter algo a divulgar: a minha Promoção Verão de ensaios fotográficos para Maceió. Aproveito para agradecer à minha modelo parceira em Alagoas, Larissa Nayane, haver sugerido o nome da promoção, além de me auxiliar divulgando a iniciativa.
A fim de esclarecer dúvidas sobre a promoção, fiz vídeos diários para os Stories entre 25 de outubro e 1 de novembro. Antes mesmo de gravar o último vídeo, eu já estava apaixonado pelo processo em si de fazer essas gravações e postagens todo dia, e me perguntava de que forma poderia dar continuidade a isto. Principalmente depois de ver o vídeo do Mesquita. Lembrei de várias experiências de produção de conteúdo para as redes; quero citar especialmente duas.
Uma é o quadro "Liège Canta", em que a cantora Liège pede a seus seguidores que sugiram músicas para ela cantar nos Stories do Instagram - e, mesmo Liège sendo uma compositora de mão cheia, o quadro está aberto para pedidos musicais os mais diversos. A outra experiência nasceu nos Stories e recentemente chegou ao IGTV: falo do FemiNews, um informativo com as principais notícias de cada semana destacando lutas e conquistas feministas. editado pela cantora Lívia Mendes.
Impossível não pensar também no canal Buenas Ideias, que o jornalista Eduardo Bueno mantém no YouTube, falando de História do Brasil - embora nesse caso estejamos falando no tema principal da carreira de Bueno há décadas, o fato é que por esses dias eu estava justamente maratonando os episódios do programa "Não Vai Cair no Enem", que Bueno apresenta em seu canal, e pensando sobre qual tema eu poderia fazer uma série de vídeos também. (Um parêntese: no âmbito do canal, as rimas improvisadas com que Bueno abre cada programa poderiam, a meu ver, ser consideradas um hobby.)
Enfim, foi nesse fluxo de pensamento que eu estava às 13h45 do dia 30 de outubro, quando encontrei no meu garimpo do Facebook a seguinte nota:
Evidentemente que equipamento para fazer isso eu tenho, apenas não costumava gravar esses vídeos com frequência, até pouco tempo, porque não me agrada gravar apenas por gravar, o que poderia me levar a compartilhar detalhes da minha rotina diária irrelevantes para quem fosse assistir. Mas, como dizia, nesse período estava gravando vídeo todo dia para os Stories do Instagram por ter algo a divulgar: a minha Promoção Verão de ensaios fotográficos para Maceió. Aproveito para agradecer à minha modelo parceira em Alagoas, Larissa Nayane, haver sugerido o nome da promoção, além de me auxiliar divulgando a iniciativa.
A fim de esclarecer dúvidas sobre a promoção, fiz vídeos diários para os Stories entre 25 de outubro e 1 de novembro. Antes mesmo de gravar o último vídeo, eu já estava apaixonado pelo processo em si de fazer essas gravações e postagens todo dia, e me perguntava de que forma poderia dar continuidade a isto. Principalmente depois de ver o vídeo do Mesquita. Lembrei de várias experiências de produção de conteúdo para as redes; quero citar especialmente duas.
Uma é o quadro "Liège Canta", em que a cantora Liège pede a seus seguidores que sugiram músicas para ela cantar nos Stories do Instagram - e, mesmo Liège sendo uma compositora de mão cheia, o quadro está aberto para pedidos musicais os mais diversos. A outra experiência nasceu nos Stories e recentemente chegou ao IGTV: falo do FemiNews, um informativo com as principais notícias de cada semana destacando lutas e conquistas feministas. editado pela cantora Lívia Mendes.
Impossível não pensar também no canal Buenas Ideias, que o jornalista Eduardo Bueno mantém no YouTube, falando de História do Brasil - embora nesse caso estejamos falando no tema principal da carreira de Bueno há décadas, o fato é que por esses dias eu estava justamente maratonando os episódios do programa "Não Vai Cair no Enem", que Bueno apresenta em seu canal, e pensando sobre qual tema eu poderia fazer uma série de vídeos também. (Um parêntese: no âmbito do canal, as rimas improvisadas com que Bueno abre cada programa poderiam, a meu ver, ser consideradas um hobby.)
Enfim, foi nesse fluxo de pensamento que eu estava às 13h45 do dia 30 de outubro, quando encontrei no meu garimpo do Facebook a seguinte nota:
Gois na Flip
Adriana Calcanhotto, responsável pela seleção dos poemas e ilustrações da “Antologia ilustrada da poesia brasileira”, que a Casa da Palavra lança na Flip, está frustrada. Não conseguiu incluir na obra versos de Cecília Meireles e Manuel Bandeira por causa de questões de direitos autorais.
— Descobri por que há poucas antologias. A burocracia é tanta para conseguir a cessão dos poemas que é fácil desistir da ideia.
(Ancelmo Gois, O Globo, 3.7.13)
De imediato me veio à mente a resposta para a minha busca: eu poderia gravar vídeos lendo poesias brasileiras que já se encontrem em domínio público, contornando assim a dificuldade encontrada por Adriana Calcanhotto. Além dos vídeos com os poemas em si, me ocorreu gravar também outros, um para cada poema selecionado, contando um pouco da vida e da obra de seu autor.
Embora de fato esta ideia tenha me entusiasmado de imediato, segui no garimpo de frases ligadas à Fotografia. Porém, o tema "poesia - gravar - vídeos" já estava em minha mente como o passo seguinte, de modo que ler os pequenos poemas que, com maior ou menor frequência, eu venho publicando no Facebook desde 2012, foram me levando a uma mudança - ou melhor, uma ampliação - de planos: além de gravar poemas clássicos, eu iria também, pela primeira vez na vida, gravar poemas de minha própria autoria.
A evolução das ideias foi vertiginosa: em 3 de novembro, ao perceber a quantidade de poemas existentes no meu Facebook (eu sinceramente achava que eram muito menos), cheguei a cogitar de publicar uma antologia; no dia seguinte, já me propunha a gravar um vídeo semanal com eles, num processo complementar ao da gravação dos clássicos. Em função dessa ideia, segui gravando pequenos vídeos para os Stories nesses dias, sem entretanto anunciar nada do projeto de poemas.
A evolução das ideias foi vertiginosa: em 3 de novembro, ao perceber a quantidade de poemas existentes no meu Facebook (eu sinceramente achava que eram muito menos), cheguei a cogitar de publicar uma antologia; no dia seguinte, já me propunha a gravar um vídeo semanal com eles, num processo complementar ao da gravação dos clássicos. Em função dessa ideia, segui gravando pequenos vídeos para os Stories nesses dias, sem entretanto anunciar nada do projeto de poemas.
Então me preparei para no dia 12 de novembro gravar 6 poemas de cada (meus e clássicos), além de 6 programas comentando os clássicos. Aluguei um quarto por um dia numa pousada aqui em Maceió mesmo e...
... quando cheguei lá, soube que a pousada estava sem internet. Pensei rápido, se valia mesmo a pena ficar (eu ainda não havia pago) e concluí que sim, afinal poderia gravar os meus próprios poemas. Para os clássicos, em especial para os programas comentando, é que era imprescindível a conexão com a web (quero fazer um programa como se estivesse conversando com os espectadores, e não lendo um texto de cabo a rabo). Nos dias seguintes, gravei, em casa mesmo, a locução d'"O Navio Negreiro" e editei os vídeos, definindo então a estreia do autoral na segunda, 18, e o clássico, entrando como especial, em 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
***
3 - O quê?
O nome Rapidola
Em 1 de novembro - ou seja, antes mesmo de cogitar em incluir meus próprios poemas no processo -, o nome do programa já estava escolhido: Rapidola. Isso porque a ideia é que nem os programas nem os vídeos com poemas sejam muito extensos. Justamente o contrário do vídeo que gravei em 7 de novembro comentando o tema da Redação do Enem deste ano, "Democratização do acesso ao cinema no Brasil", que ficou com 20 minutos e 42 segundos!
Conheci a palavra "rapidola" em 19.1.10, ao fazer uma entrevista via MSN com a cantora paraense Juliana Sinimbú. Propus a ela conversarmos por 15 minutos, e publicar o papo no blog Som do Norte em seguida. Ao divulgar a postagem em seu Fotolog, Juliana definiu a conversa com "um bate papo rapidola e muito bacana". Pesquisando na internet, descobri que o termo significava algo feito de forma rápida, e era usado em pelo menos três estados: Amazonas, Pará e Maranhão.
Ali nesse frase eu encontrei o nome que buscava para o informativo do Som do Norte, que comecei a enviar por e-mail para cadastrados no blog em 10.2.10 (excepcionalmente nesse dia, o conteúdo foi postado no blog). Embora não fosse mais que uma reunião de links (com publicações do próprio blog e de outros que cobriam a cena musical nortista), o Rapidola repercutia bastante, de modo que com o tempo acabou ganhando um blog próprio, para funcionar como um arquivo online das edições enviadas. O Rapidola-blog entrou no ar em 12.9.12, sendo atualizado até 9.2.14.
No final de 2016, fiz uma tentativa de relançar o envio do informativo por e-mail para assinantes, só não o fazendo... por falta de assinaturas (risos). Então em janeiro de 2017 fiz uma postagem, que era pra ser a primeira, do Rapidola no blog Jornalismo Cultural, reunindo os links do que eu publicara em todos os meus espaços na internet naquela semana - ou seja, de alguma forma sendo redundante com os posts A Semana, que publico neste blog desde junho de 2016.
Só agora em 2019, portanto, retomo o uso regular do nome, desta feita para identificar minhas iniciativas que tenham a ver com poesia. Aliás, nada melhor para encerrar o texto que cumprir o prometido no começo do artigo e falar brevemente sobre minha produção poética.
Poeta digital
Nunca me defini ou me apresentei como poeta, por principalmente dois motivos:
Mas o fato é que tenho sim uma produção poética relativamente extensa. Os dois mais antigos poemas que localizei são de 1987, incluídos no meu segundo livro, A Garota no Bar, lançado em 1990. O livro trouxe ainda um poema escrito originalmente em 1989 para minha coluna no jornal Gazeta Em Dia, de Bento Gonçalves (RS), onde cheguei a publicar ao menos mais dois poemas: uma homenagem ao jogador Zico, que tinha anunciado a despedida dos gramados em dezembro de 1989 (em 1991, mudou de ideia e voltou a jogar, atuando até 1994 no futebol japonês) e um outro intitulado "Carnaval", saído já em 1990. "Carnaval" foi um dos meus poemas incluídos na antologia Poeta, Mostra a Tua Cara - Vol. 2, organizada pelo jornalista e poeta Ademir Antonio Bacca em 1992.
Além de eventualmente publicar poemas em meus espaços na imprensa de Bento Gonçalves - em 1991, por exemplo, narrei em versos no jornal Semanário minha participação no 2º Congresso Brasileiro de Poesia, organizado por Bacca e realizado em Nova Prata (RS) -, cheguei a fazer poemas comentando fatos da atualidade (uma crônica em versos, digamos, ao estilo do que Carlos Drummond de Andrade fazia nos anos 1970 para o Jornal do Brasil) para o espaço de comentário que mantive de 1990 a 1992 na Rádio Revista, também de Bento Gonçalves. Alguns dos poemas de jornal e de rádio deste começo dos anos 90 chegaram a ser publicados no site Brasileirinho (2002-16) e no blog Jornalismo Cultural (2011-19).
Depois de 1992, eu só voltei a escrever poemas com regularidade nas redes sociais, já nesta década. Por muito tempo eu postei preferentemente no Twitter, enviando o que postava lá para o mural do Facebook (em termos informáticos, pode-se dizer que eu usava o Facebook como backup do Twitter! - gargalhadas). Isto, em primeiro lugar, acabou configurando minha produção poética na década, já que até 7.11.17 o Twitter adotava um limite de 140 caracteres (creio que venha daí, em parte, minha preferência estilística pelo poema curto de três versos). E em segundo lugar, acabou garantindo a sobrevivência dos meus versos, já que há poucos meses, após baixar meu arquivo do Twitter e não conseguir abrir, acabei por deletar minha conta daquela rede social.
Poemas maiores que 140 caracteres eu publicava diretamente no Facebook (e um deles acabou ganhando republicação no Som do Norte). Também tenho alguma poesia escrita diretamente como legenda de foto no Instagram e até mesmo como status no Whatsapp (nesses casos, para evitar que a poesia se perca, eu posto de imediato no mural do Facebook). É em função disso que o garimpo ainda não acabou (o que tem sido muito legal, eu redescobrir textos meus dos quais nem lembrava! ;)
De todo modo, só há poucos dias, mais exatamente na sexta, 22 de novembro, eu resolvi incluir "poeta" nas minhas biografias em redes sociais. Mas não apenas poeta, e sim "poeta digital". Adotei a expressão de imediato após ouvi-la naquele mesmo dia, como uma forma de outros personagens da novela Bom Sucesso (TV Globo) se referirem ao poeta Mário Viana, interpretado pelo ator Lúcio Mauro Filho. No capítulo desse dia, Mário acabava de se tornar um estrondoso sucesso na internet... dizendo um poema seu em vídeo no Instagram (olhaí!).
Agradecimentos
Em 1 de novembro - ou seja, antes mesmo de cogitar em incluir meus próprios poemas no processo -, o nome do programa já estava escolhido: Rapidola. Isso porque a ideia é que nem os programas nem os vídeos com poemas sejam muito extensos. Justamente o contrário do vídeo que gravei em 7 de novembro comentando o tema da Redação do Enem deste ano, "Democratização do acesso ao cinema no Brasil", que ficou com 20 minutos e 42 segundos!
Conheci a palavra "rapidola" em 19.1.10, ao fazer uma entrevista via MSN com a cantora paraense Juliana Sinimbú. Propus a ela conversarmos por 15 minutos, e publicar o papo no blog Som do Norte em seguida. Ao divulgar a postagem em seu Fotolog, Juliana definiu a conversa com "um bate papo rapidola e muito bacana". Pesquisando na internet, descobri que o termo significava algo feito de forma rápida, e era usado em pelo menos três estados: Amazonas, Pará e Maranhão.
Ali nesse frase eu encontrei o nome que buscava para o informativo do Som do Norte, que comecei a enviar por e-mail para cadastrados no blog em 10.2.10 (excepcionalmente nesse dia, o conteúdo foi postado no blog). Embora não fosse mais que uma reunião de links (com publicações do próprio blog e de outros que cobriam a cena musical nortista), o Rapidola repercutia bastante, de modo que com o tempo acabou ganhando um blog próprio, para funcionar como um arquivo online das edições enviadas. O Rapidola-blog entrou no ar em 12.9.12, sendo atualizado até 9.2.14.
No final de 2016, fiz uma tentativa de relançar o envio do informativo por e-mail para assinantes, só não o fazendo... por falta de assinaturas (risos). Então em janeiro de 2017 fiz uma postagem, que era pra ser a primeira, do Rapidola no blog Jornalismo Cultural, reunindo os links do que eu publicara em todos os meus espaços na internet naquela semana - ou seja, de alguma forma sendo redundante com os posts A Semana, que publico neste blog desde junho de 2016.
Só agora em 2019, portanto, retomo o uso regular do nome, desta feita para identificar minhas iniciativas que tenham a ver com poesia. Aliás, nada melhor para encerrar o texto que cumprir o prometido no começo do artigo e falar brevemente sobre minha produção poética.
Poeta digital
Nunca me defini ou me apresentei como poeta, por principalmente dois motivos:
- 1º, sempre me considerei um escritor, e na minha cabeça se você é escritor você escreve (ou pode escrever) conto, poesia, teatro, romance etc, incluindo o Jornalismo - que o colombiano Gabriel García Márquez (1927-2014) definia como um ramo da Literatura.
- 2º, na minha cabeça eu não teria uma produção poética muito expressiva em volume - impressão amplamente desmentida pelo levantamento que venho fazendo da minha produção, levantamento que aliás ainda não acabou! Sem contar que com toda essa onda eu tenho escrito novos poemas quase diariamente :)
Mas o fato é que tenho sim uma produção poética relativamente extensa. Os dois mais antigos poemas que localizei são de 1987, incluídos no meu segundo livro, A Garota no Bar, lançado em 1990. O livro trouxe ainda um poema escrito originalmente em 1989 para minha coluna no jornal Gazeta Em Dia, de Bento Gonçalves (RS), onde cheguei a publicar ao menos mais dois poemas: uma homenagem ao jogador Zico, que tinha anunciado a despedida dos gramados em dezembro de 1989 (em 1991, mudou de ideia e voltou a jogar, atuando até 1994 no futebol japonês) e um outro intitulado "Carnaval", saído já em 1990. "Carnaval" foi um dos meus poemas incluídos na antologia Poeta, Mostra a Tua Cara - Vol. 2, organizada pelo jornalista e poeta Ademir Antonio Bacca em 1992.
Além de eventualmente publicar poemas em meus espaços na imprensa de Bento Gonçalves - em 1991, por exemplo, narrei em versos no jornal Semanário minha participação no 2º Congresso Brasileiro de Poesia, organizado por Bacca e realizado em Nova Prata (RS) -, cheguei a fazer poemas comentando fatos da atualidade (uma crônica em versos, digamos, ao estilo do que Carlos Drummond de Andrade fazia nos anos 1970 para o Jornal do Brasil) para o espaço de comentário que mantive de 1990 a 1992 na Rádio Revista, também de Bento Gonçalves. Alguns dos poemas de jornal e de rádio deste começo dos anos 90 chegaram a ser publicados no site Brasileirinho (2002-16) e no blog Jornalismo Cultural (2011-19).
Depois de 1992, eu só voltei a escrever poemas com regularidade nas redes sociais, já nesta década. Por muito tempo eu postei preferentemente no Twitter, enviando o que postava lá para o mural do Facebook (em termos informáticos, pode-se dizer que eu usava o Facebook como backup do Twitter! - gargalhadas). Isto, em primeiro lugar, acabou configurando minha produção poética na década, já que até 7.11.17 o Twitter adotava um limite de 140 caracteres (creio que venha daí, em parte, minha preferência estilística pelo poema curto de três versos). E em segundo lugar, acabou garantindo a sobrevivência dos meus versos, já que há poucos meses, após baixar meu arquivo do Twitter e não conseguir abrir, acabei por deletar minha conta daquela rede social.
Poemas maiores que 140 caracteres eu publicava diretamente no Facebook (e um deles acabou ganhando republicação no Som do Norte). Também tenho alguma poesia escrita diretamente como legenda de foto no Instagram e até mesmo como status no Whatsapp (nesses casos, para evitar que a poesia se perca, eu posto de imediato no mural do Facebook). É em função disso que o garimpo ainda não acabou (o que tem sido muito legal, eu redescobrir textos meus dos quais nem lembrava! ;)
De todo modo, só há poucos dias, mais exatamente na sexta, 22 de novembro, eu resolvi incluir "poeta" nas minhas biografias em redes sociais. Mas não apenas poeta, e sim "poeta digital". Adotei a expressão de imediato após ouvi-la naquele mesmo dia, como uma forma de outros personagens da novela Bom Sucesso (TV Globo) se referirem ao poeta Mário Viana, interpretado pelo ator Lúcio Mauro Filho. No capítulo desse dia, Mário acabava de se tornar um estrondoso sucesso na internet... dizendo um poema seu em vídeo no Instagram (olhaí!).
Agradecimentos
- Pelo diálogo, pelos conselhos ou simplesmente por me ouvirem por hooooras falando entusiasmadamente sobre o projeto do novo Rapidola, agradeço à jornalista Paula Brasileiro, à poeta Mary Paes e à atriz Fernanda Gonçalves.
Maceió, 28.11.19
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